
MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Desde 2008, "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Colecção Nova Águia: https://www.zefiro.pt/category/zefiro-nova-aguia
Outras obras promovidas pelo MIL: https://millivros.webnode.com/
"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)
A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)
Agostinho da Silvasegunda-feira, 20 de setembro de 2010
domingo, 29 de agosto de 2010
Os pontos nos is
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Mourinho do nosso orgulho

Soy un portugués muy atípico, porque el portugués en general echa de menos a Portugal y yo no. No tengo saudade, quizá porque tengo una familia espectacular, porque estoy enamorado de lo que hago... No tengo saudade, pero tengo mucha pasión. Soy un portugués que no quiere volver, no quiero trabajar en ningún club portugués, no quiero vivir en Portugal, pero soy un portugués al que le gustaría hacer algo importante con mis capacidades.
Proud to be Portuguese
El Sevilla necesitaba dos, tres goles a lo sumo si los lusos 'vacacionaban' en alguna ocasión por las inmediaciones de Palop. Ése eran los cálculos. Pero la realidad fue muy diferente, dolorosa e insultante para las huestes de un equipo que ofreció, sencillamente, la peor imagen de su historia en competiciones europeas. Y eso que van ya casi cien partidos...
Que te meta cuatro goles el 'SuperrequeteBarça' en el Camp Nou es una cosa, por mucho que uno claudique en el túnel de vestuarios, pero que te vengan unos brasileños disfrazados de portugueses y te enseñen, uno por uno, los fundamentos de este deporte, es cosa seria.
El Braga, ese equipo con nombre de chiste que fue recibido entre olés el día del sorteo, desnudó todas las carencias de un equipo, el Sevilla, que se enfrenta a un futuro, en el mejor de los casos, incierto. Sin dinero (al menos faltará un buen pellizco), sin ideas, sin confianza en sus posibilidades y con sus mejores jugadores a las puertas de unas renovaciones que ahora mismo se antojan muy lejanas, sobre todo en el caso de Luis Fabiano.
Porque esta vez no cabe hablar de nada esotérico. De mala suerte o robos arbitrales. El Sevilla fue, simplemente, un monigote en manos de un conjunto 'de verdad' (y duele admitir esto). Un Braga que sabía a lo que jugaba, que defendió de manual, atacó de manual y se aprovechó hasta el abuso de los nervios, la inoperancia y la falta de recursos del Sevilla de Antonio Álvarez.
¿Que el rival cuelga balones sin parar? Ahí están mis defensas para despejar hasta su aliento. ¿Que el rival se duerme en defensa? Ahí están mis delanteros para sacar tajada. Parece sencillo, pero para algunos es ahora física cuántica.
Para el Sevilla, sin ir más lejos. Es difícil, muy difícil, defender peor y atacar de forma más plana y previsible. El gol de Matheus, regalo de Palop (aunque sería muy injusto culpar al valenciano de la debacle), llegó tras dos avisos del Braga. Así que no sorprendió a nadie.
La segunda parte, que debía ser la de la redención nervionense, fue aún peor. Un suplicio para cualquier sevillista de a pie
Cierto es que los locales tuvieron sus opciones. Faltaría más. Lo contrario hubiera sido de juzgado de guardia. Luis Fabiano dispuso de dos oportunidades con empate a cero en el marcador, pero cuesta creer que algo hubiera cambiado si el '9' de Brasil acierta en alguna de ellas.
La segunda parte, que debía ser la de la redención nervionense, fue aún peor. Un suplicio para cualquier sevillista de a pie que ni en sus peores sueños podía imaginar que el Braga le iba a meter cuatro tantos a su equipo del alma. Basta recordar que hasta este martes, ningún rival europeo le había hecho más de dos goles al Sevilla en el Pizjuán. Vamos, una pesadilla propia del genérico cine de terror japonés.
Sadismo en el PizjuánEl segundo acto fue eso, un guión propio del cine más sádico que nos llega del lejano oriente. Lima firmaba el 0-2 y sentenciaba la eliminatoria, pero acto seguido llegaba el 1-2 tras un remate de Luis Fabiano y un regalo de Felipe, guardameta de los 'Guerreros del Miño'.
El Sevilla pudo reengancharse al duelo -y quién sabe si a la eliminatoria- en diez minutos de cierto decoro futbolístico en el que José Carlos y Navas acariciaron el empate, pero fue un espejismo, vistos los acontecimientos.
Así que cuando nadie creía ya en el milagro, Navas (ahora sí) batía a Felipe y establecía un mínimamente esperanzador 2-2 en el electrónico a falta de 6 minutos. Fue peor. Los portugueses se 'cabrearon' y en un santiamén marcaron dos nuevos tantos, obra también de un inspirado Lima que en poco más de media hora dejó a la altura del betún a la zaga nervionense, huérfana de Squillaci y de tantas cosas que cuesta trabajo creer que haya forma de arreglar tal desaguisado.
El 3-4, a la mayor gloria de Kanouté, no sirvió, como se suele decir, ni para maquillar el resultado. Un 3-4 en la previa de Champions cuando uno es el Sevilla y el rival se llama Braga es demasiado doloroso. Una lección de la que alguien debe tomar nota. El sevillismo, que este martes volvió a dar una lección de comportamiento y apoyo incondicional, merece una respuesta.
Fonte: Marca
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Estio em Oslo
Oslo's Harbour, Vitor Vicente, Agosto de 2010
Lagos lado a lado
Com lagos. Árvores altas.
As aladas raízes que nos brotam
Entre navios noruegueses.
Um ou outro alce, lá no alto
As águias.
Aranhas aos saltos, sereias à boca
De semear. O spleen, sempre
O spleen.
O sol que nasce e se põe nas águas
Com o suor frio de um náufrago.
Vitor Vicente
domingo, 22 de agosto de 2010
Estou com o Presidente e com a Razão contra o Ressentimento

O presidente norte-americano tem recebido duras críticas por defender a construção de uma mesquita a dois quarteirões do World Trade Center.
Obama disse, durante o tradicional jantar do ‘iftar' - a refeição de pausa no jejum do Ramadão - que a oposição ao erguer da mesquita é uma atitude que não se enquadra nos valores da América.
"Como Presidente, acredito que os muçulmanos têm o direito de praticar a sua religião, tal como todas as outras pessoas neste país. E isso inclui o direito de construir um centro de oração e comunitário em propriedade privada na Baixa de Manhattan", disse Obama durante o debate sobre os planos para a construção da mesquita.
"Estamos na América, e o nosso compromisso com a liberdade religiosa deve ser inabalável", acrescentou, lembrando que "a Al-Qaeda não é o Islão" e que, pelo contrário, os seus membros "são uma grande distorção do Islão. Esses não são líderes religiosos - são terroristas que mataram homens e mulheres e crianças inocentes", continuou, acrescentando que a Al-Qaeda matou em todo o mundo mais muçulmanos do que pessoas de outras religiões.
Um dia depois do jantar, Obama referia à CNN que as declarações que proferiu, essencialmente sobre a liberdade religiosa, não se referiam à ideia que está por detrás do projecto: "Não comentei, nem vou comentar, a sensatez de tomar a decisão de pôr ali uma mesquita."
Hoje, Barack Obama voltou a dizer que não se arrepende das suas declarações ou de defender os direitos da liberdade religiosa no país.
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
From the intelectual revival of the europeans

A Short History of the World, H. G. Wells, London, 2006
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Cuba Libre?

Ana Cássia Rebelo, mais conhecida por Ana de Amsterdam.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Algumas notas (mais ou menos) acerca do Mundial

A Holanda totalizou a terceira presença na final. Todas com saldo negativo. Mais um esforço, holandeses, e podeis bater o recorde de finais malogradas na posse da Alemanha. Regularidade, dentro das quatro linhas, não chega. Requerem-se momentos de magia.
Portugal (prontos) teve o percurso típico. Empatou com uma selecção mediana, goleou uma team terceiro- mundista, empatou um jogo entre solteiros e casados e foi derrotado quando já era a doer. Que mais podemos pedir? Cumprimo-nos (prontos). Mas não estamos tão contentes. Estamos assim-assim (prontos).
Contentes não estarão, certamente, os Alfacinhas da Segunda Circular e as anacrónicas Aljubarrotas que continuam a ser anti-Espanha e a temer a invasão e a perca da independência. Mais ainda por que os “cabrões dos espanhóis nos eliminaram, pá” (Alguns até foram anti-Grécia “pelo que eles nos fizeram no nosso Europeu, fogo”). Devíamos sentir-nos dignificados com o facto de termos sido afastados pelos (agora) campeões do mundo. Mas não há meio que sirva de emenda para estas mentes, para estas gentes. Os seis milhões (“vocês sabem de quem estou a falar”) que agora se roem contra os espanhóis são os mesmo que serão Anti-Besiktas depois de o Benfica levar um banho turco na Champions. (Curioso: desses seis milhões, nem um é árbitro).
Os árbitros também merecem uma nota de destaque. Pela negativa, claro está (pois o silêncio é o melhor elogio para se falar dos senhores do apito). A Espanha não precisava de ganhar o mundial mercê de um golo que nasceu de uma falta sobre um jogador holandês e em que um jogador espanhol tira partido de posição irregular. Foi uma pena. Mas o Mundial, como disse, foi-lhes merecido.
Pela primeira vez, o Mundial decorreu em África. Nem por isso as selecções africanas tiraram partido de jogar em casa (A África do Sul foi até a primeira selecção anfitriã que não passou da fase de grupos). Só o Gana logrou atingir os quartos de final. Do Extremo Oriente, mais precisamente do Japão e da Coreia do Sul, vieram bons ventos.
Quando este parecia um Mundial talhado para as selecções sudakinhas, eis que a Europa se sobrepôs. Como sempre. Como lhe competia. Contra a tradição. Calando-a. Eis a Espanha, primeira equipa europeia a ganhar um Mundial fora do Velho Continente. Eis a Holanda, país europeu por excelência, na final. Eis a Alemanha, nação da Europa-Europa, a um pequeno passo da final. Eis o Uruguai, o mais europeízado dos países sul-americanos, já que a Argentina esteve nas mãos sujas do Deus do Narcotráfico. Esperava-se mais da Inglaterra. Acho que sentiram o peso de jogar quase em casa. É que este era o Mundial da Europa (Continental).
A França foi um fracasso. Os irlandeses, ressentidos com a mão do diabo Henry, regozijaram-se. Torceram contra tudo e contra todos os que jogaram contra a França. Como os franceses ficaram logo pelo caminho, passaram a torcer pelo Brasil. E por tudo e por todos os que fossem latinos. (Nós, latinos, em contrapartida odiamo-nos uns aos outros). Por Portugal, também torceram, mas nem tanto. Somos o parente pobre da família latina. Aos irlandeses é atribuído o mesmo papel na família anglo-saxónica. Por que não se cria uma afinidade Portugal-Irlanda, à semelhança da que existe (espiritualmente) nalgumas cidades banhadas no Mediterrâneo? Seria um sentimento bem mais saudável do que o complexo de inferioridade para com Espanha. Assim sendo, seremos como os Belgas, sempre a sacudir a caspa (ou será cuspo?) que cai dos ombro dos franceses.
Parabéns, Espanha, pelo Mundial. Parabéns, Cristiano, pela paternidade.
sábado, 3 de julho de 2010
Ai, ai Paraguai / Don't cry for me, Maradona


quinta-feira, 24 de junho de 2010
Censura Canhota

O imbróglio surpreende-me a vários títulos. Em primeiro lugar, pela passividade dos doze subscritores, entre os quais se encontra um capitão de Abril (Marques Júnior) e pessoas com responsabilidades na área cultural. Em segundo lugar, pela indiferença da direita, que não foi capaz de pensar pela sua cabeça. Ninguém no PSD e no CDS-PP achou pertinente homenagear Couto Viana. Teria sido preferível um voto chumbado a voto nenhum. Pelos vistos, os gestos solitários, i.e., não conformes ao diktat partidário, estão reservados à aliança policial-parlamentar. A direita, que tanto barafusta com o monopólio literário da esquerda, mostrou-se incapaz de celebrar o mais corajoso dos seus. Têm vergonha de quê? Quanto ao silêncio dos media, estamos conversados. Couto Viana? Quem é esse gajo?
O assunto vem atrasado? Talvez venha. Mas só ontem à noite tive conhecimento dele. E ainda não me refiz do espanto.
Fonte: Da Literatura
Foto Tudo bons rapazes da Coreia do Norte
Shame on Saramago, Pride in Saramago
José Saramago na Faixa de Gaza
Anúncio do Prémio Nobel da Literatura de 1998
quarta-feira, 16 de junho de 2010
O grande deus Thoreau

Ansiamos por abrir um túnel sob o Atlântico e trazer o velho mundo para perto do novo em algumas semanas, porém, talvez as primeiras notícias a passarem, chegando aos ouvidos dos americanos, sejam de que a princesa Adelaide sofre de tosse convulsa.
Henry David Thoreau, Onde vivi e para que vivi, Quasi Edições, Famalicão, Agosto de 2008, Tradução de Odete Martins
David Henry Thoreau 12 de Julho de 1817 – 6 de Maio de 1862
quarta-feira, 9 de junho de 2010
O Poder de Pound

Ezra Pound, Ensaios, Editora Pergaminho, Lisboa, 1994, Tradução de Jorge Henrique Bastos
Foto: Ezra Weston Loomis Pound (Hailey, Idaho, 30 de outubro de 1885 — Veneza, 1 de novembro de 1972)
sábado, 5 de junho de 2010
O Milhafre de Al Berto
Al Berto, O Anjo Mudo, Contexto, Lisboa, 1993
Alberto Raposo Pidwell Tavares (Coimbra 11 de Janeiro de 1948 - Lisboa 13 de Junho de 1997)
Foto: Virtualia
quinta-feira, 3 de junho de 2010
A Galiza de Fialho de Almeida

Vigo, cidade de trabalho, às 9 horas da noite fecha tudo. Muito pouca gente nas ruas, algum forasteiro. Concertos em três cafés, mas as peças muito espaçadas, piano, rabeca e violino. Um pequeno teatro no Colón, para duetos e sainetes. A gente misturada, plebe e gente melhor. Em geral o galego de certa ordem vai para os seus clubes e casinos. Alguns são ao rés da rua abertos, e aí, em cadeiras de balanço, os sócios repousam-se, luzem-se, vendo passar gente, gostando que lhes admirem a elegância. A mania do sportismo domina. Jogam o cricket e o footbool com os ingleses; têm velódromo, pedalam. São em geral robustos e desempenados –ar inglesado. Até nisso justificam ser a continuação da Irlanda.
É curioso que quanto mais me interno na Galiza, ao contrário do que poderia supor-se, mais o dialecto se parece com o português.
Em face de tudo o que vejo, serras, falaises, águas, gente, edifícios, céus, os que partem, os que chegam, os que eu vejo, os que adivinho, os que não vi nunca, o sentimento da minha mesquinharia, é aflitivo e atentatório do meu orgulho. O que desejava era ser tudo o que vejo e existe, sem perder o sentimento d`ensemble, a consciência lúcida do que sou.
domingo, 23 de maio de 2010
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Ganhada a Copa, a um passo do Scudetto, a 90 minutos da Champions...

José Mourinho foi considerado o melhor treinador do mundo por 200 jornalistas de 96 países que integram a Associação Internacional da Imprensa desportiva.