*É um Lusófono com L grande? Então adira ao MIL: vamos criar a Comunidade Lusófona!*

MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
SEDE: Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa)
NIB: 0036 0283 99100034521 85; NIF: 509 580 432
Caso pretenda aderir ao MIL, envie-nos um e-mail: adesao@movimentolusofono.org (indicar nome e área de residência). Para outros assuntos: info@movimentolusofono.org. Contacto por telefone: 967044286.

NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI

Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).

Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).

Desde 2008"a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".

Colecção Nova Águia: https://www.zefiro.pt/category/zefiro-nova-aguia

Outras obras promovidas pelo MIL: https://millivros.webnode.com/

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva
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domingo, 16 de agosto de 2020

Armados e virtuosos

Poder-se-á dizer que existe pelo menos uma «vantagem», um efeito benéfico, uma consequência positiva da onda de violência – que configurou como que um «Verão do Ódio» - que alastrou neste ano de 2020 a diversas grandes cidades norte-americanas, e não apenas a confirmação de que o Partido Democrata é uma organização criminosa, que pratica crimes e que protege e que incentiva criminosos, tanto nacionais como estrangeiros: é que todas as exigências de (mais) «gun control», de controlo de armas, perderam agora e definitivamente toda e qualquer legitimidade, justificação, credibilidade. Não que antes as tivessem. Mas quando se apela ao – e, em alguns casos, já se concretiza o – enfraquecimento das forças policiais, pela redução de salários e de financiamentos e/ou pela diminuição de equipas e de efectivos, torna-se absolutamente irrefutável que os cidadãos cumpridores da lei têm ainda mais motivos para comprarem armas para se protegerem se e quando necessário…
… E tantas foram as compras que no passado mês de Julho elas aumentaram 135% em relação ao que se verificou no mesmo mês de 2019 – aliás, muitos foram os que este ano compraram uma arma pela primeira vez. Nada de muito surpreendente considerando as sucessivas situações absurdas e perigosas que os democratas têm proporcionado um pouco por todo o país, nas cidades e nos Estados que têm a infelicidade de estar sob o seu (des)controlo. Quais? Enquanto soltam pres(idiári)os perigosos, condenados previamente por causa de crimes muito graves como homicídio e violação, alegando o vírus como justificação, e não detêm ou, quando o fazem, soltam imediamente sem fiança os terroristas domésticos que nas últimas semanas se têm dedicado ao fogo posto, à pilhagem e à «caça aos polícias», prendem, ou ameaçam prender, cidadãos que apenas querem reabrir as suas empresas e as suas lojas (bares e restaurantes, cabeleireiros, ginásios), celebrar missa em igrejas, os que não se distanciam o suficiente e/ou não usam máscara. E os que se «atrevem» a defender não só as suas propriedades mas até as próprias vidas contra facínoras que os ameaçam arriscam-se a serem processados por procuradores que, a bem da verdade, mais não são do que criminosos infiltrados – como o casal Mark e Patricia McCloskey, de St. Louis, perseguidos por uma (das muitas e muitos) fantoche(s) de George Soros chamada Kim Gardner.   
Continuando a falar em procuradores que mais não são do que criminosos infiltrados, nesse âmbito é difícil actualmente ser-se mais descarado e mais desavergonhado do que Letitia James, procuradora-geral de Nova Iorque, que decidiu, a 6 de Agosto último, instaurar um processo judicial contra a National Rifle Association indicando como motivo crimes financeiros alegadamente cometidos pelas chefias da associação… mas que também exige a dissolução daquela! É «óbvio» que «não» há qualquer intenção político-partidária – e de interferência na próxima eleição presidencial – por detrás desta manobra. Mas onde é que pensa ela que está? Talvez num país subdesenvolvido do terceiro mundo, por exemplo o Zimbabwe? Contra a escumalha que anda a aterrorizar a sua cidade e o seu Estado há meses ela, porém, não tomou qualquer acção.  Há que reconhecer, no entanto, que os democratas são consistentes: os seus «ódios de estimação» duram décadas e até século(s); não perdoam à NRA ter tido como uma das suas primeiras tarefas, logo após a sua fundação em 1875, armar e treinar negros, antigos escravos, contra os racistas democratas que (infelizmente) sobreviveram aos massacres durante a guerra civil e fundaram o Ku Klux Klan.  
Nos EUA a esquerda sempre secessionista e segregacionista não desiste de envidar esforços para esvaziar, inutilizar, a Segunda Emenda, mas esta está, felizmente, há muito e fortemente enraizada nas leis e nos costumes do país e, assim, tem sido capaz de resistir a todas as investidas ao longo dos anos, até mesmo as mais desesperadas. Todavia, o que dizer de outros países que não têm esta (boa) tradição mas que teriam muito a ganhar se as suas populações estivessem aptas a defenderem-se por si próprias? No Brasil Jair Bolsonaro é alguém que, também neste item, cumpriu enquanto presidente o que prometeu enquanto candidato. Contrariando as dúvidas e os medos de muitos, incluindo em Portugal, o actual chefe de Estado do país irmão assinou, a 15 de Janeiro de 2019, um decreto de flexibilização de porte de armas, e, um ano depois, os números parecem dar-lhe razão: o número de assassinatos ao nível nacional desceu 19%. Tal como Donald Trump, Bolsonaro tem sido alvo de incríveis, de inacreditáveis, e injustos, insultos, por parte de ignorantes e/ou de ideólogos insidiosos – isto é, mentirosos – que raramente ou nunca reservam a sua ira para autênticos ditadores. Acaso é um fascista alguém que afirma «eu quero que o povo se arme, quero uma garantia de que não vai ter um filho da p*t* a aparecer para impor uma ditadura aqui»? Afinal, quem é que anda a mentir de uma forma incontrolável, indecorosa e (quase) impune? Compare-se com o que habitualmente acontece relativamente ao tão (imerecidamente) idolatrado Barack Obama, que, curiosamente, esteve no Brasil em Maio do ano passado, e onde aproveitou para… faltar à verdade no que se refere à posse e ao uso de armas nos EUA; concretamente, afirmou que «qualquer pessoa pode comprar qualquer arma a qualquer altura, sem muita, se é que alguma, regulação… até metralhadoras!» Foi tão mau que nem o PolitiFact conseguiu disfarçar. Porquê a surpresa, contudo? Não faltam exemplos – e eu dei-os durante quase dez anos – do carácter duvidoso do Sr. Hussein. Recordo a sua vinda ao Porto em 2018 para perorar sobre a aldrabice do «aquecimento global»; mas, em 2019, comprou uma mansão junto ao mar por quase 12 milhões de dólares.       
Em Portugal seria bom que alguém como Jair Bolsonaro chegasse ao poder para que na área da (in)segurança pública – e em outras – fossem introduzidas verdadeiras e positivas mudanças. Enquanto tal não acontece, o morticínio de mulheres às mãos de ex-maridos e de ex-namorados ciumentos e enfurecidos prossegue, situação deplorável que denunciei em 2017 num outro blog, e para a qual sugeri uma solução que creio ser eficaz. Solução essa que se mostrou então algo controversa, o que aliás seria previsível, e que constatei em outras duas ocasiões (primeirasegunda) em que a suscitei. E, obviamente, o nosso país não é o único da Europa cujos cidadãos estão praticamente indefesos e à mercê de criminosos e até de terroristas. Ainda nos falta muito para atingirmos a capacidade e a experiência dos Estados Unidos. (Também no Obamatório.)

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Sobre mulheres e armas, no DdO

A convite do Delito de Opinião, e nomeadamente de Pedro Correia, escrevi, e foi hoje publicado naquele blog no âmbito da sua rubrica «Convidados», o texto «Mulheres de(s)arma(da)s». Um excerto: «Esta maré de matança misógina não é, não tem de ser, um fenómeno fatal, "natural", inevitável. Há soluções, respostas, para o problema. No entanto, são um pouco "radicais"… para um país que "progressivamente" se tornou demasiado contemporizador para com a criminalidade, chegando ao cúmulo de ter como pena máxima 25 anos de prisão… independentemente do número de homicídios que se cometa – o castigo é idêntico, quer se mate um, dez, cem ou mil!» Agradeço ao DdO e a PC a generosa e honrosa oportunidade.

quinta-feira, 25 de março de 2010

«Eles comem tudo...»

25 Março 2010 - 00h30
Criminalidade

Crime violento baixa mas aumenta o terror


Mário Mendes conta caso de ladrões que usaram armas para roubar uma pastilha e um iogurte.

Conheça todos os pormenores sobre a criminalidade em Portugal na edição papel do jornal 'Correio da Manhã'.

Fonte: Correio da Manhã


sexta-feira, 12 de março de 2010

Criminalidade sem freio, ceifa mais um grande brasileiro...

Adeus, Glauco Villas Boas!


Ler Mais...
Site do Glauco: http://www2.uol.com.br/glauco/

Se um aluno que se suicida é vítima de bulling... isto é ser vítima de quê?

Professor de Música atira-se ao rio para não enfrentar os alunos
por Kátia Catulo

Colegas e familiares asseguram que o professor participou os casos de indisciplina e que a escola de Sintra terá ignorado as queixas.

Na manhã de 9 de Fevereiro, L. V. C. parou o carro no tabuleiro da Ponte 25 de Abril, no sentido Lisboa-Almada. Saiu do Ford Fiesta e saltou para o rio. Há vários meses que o professor de música da Escola Básica 2+3 de Fitares (Sintra), planearia a sua morte. Em Novembro escreveu uma nota no computador de casa a justificar o motivo: "Se o meu destino é sofrer, dando aulas a alunos que não me respeitam e me põem fora de mim, não tendo outras fontes de rendimentos, a única solução apaziguadora será o suicídio".

L. V. C., sociólogo de formação, tinha 51 anos, vivia com os pais em Oeiras, era professor de música contratado e foi colocado este ano lectivo na Escola Básica 2+3 de Fitares, em Sintra. Logo nos primeiros dias terão começado os problemas com um grupo de alunos do 9º ano. A indisciplina na sala de aula foi crescendo todos os dias, chegando ao ponto de não conseguir ser ouvido. Dentro da sala, e ao longo de meses, os alunos chamaram-lhe careca, tiraram-lhe o comando da aparelhagem das mãos, subindo e descendo o volume de som, desligaram a ficha do retroprojector, viraram as imagens projectadas de cabeça para baixo.

Houve vezes em que L. V. C. expulsou os alunos da sala, vezes em que fez participações disciplinares. Foram pelo menos sete as queixas escritas que terá feito à direcção da escola, alertando para o comportamento de um aluno em particular. Colegas e familiares do professor de música asseguram que a direcção não instaurou nenhum processo disciplinar.

O i tentou confirmar esta informação, mas a directora do agrupamento escolar, Cristina Frazão, explicou que só prestaria esclarecimentos mediante autorização da Direcção Regional de Educação de Lisboa. Contactada pelo i, a entidade não respondeu até ao fecho desta edição. A Inspecção-Geral de Educação, também contactada pelo i, remeteu o caso para o Ministério de Educação que, por seu turno, não prestou esclarecimentos.

O i teve acesso a uma das participações feitas pelo professor de música. No dia 15 de Outubro de 2009, L. V. C. dirigiu à direcção da escola uma "participação de ocorrência disciplinar", informando que marcou falta disciplinar a um aluno e propondo que fossem aplicadas "medidas sancionatórias". Invocou vários motivos, entre os quais "afirmações provocatórias", insultos ou resistência do aluno em abandonar a sala.

O professor de música desabafou que não suportava mais dar aulas àquela turma do 9º ano: "Nos últimos meses, já se acanhava perante os seus alunos como se tivesse culpa", explicou ao i um familiar. Atravessar o corredor da escola foi um dos seus pesadelos, é aí que os alunos se concentram quando chove: "Um dia, chamaram-lhe cão." Nos outros dias, deram-lhe "calduços" na nuca à medida que caminhava até à sua sala de aula.

Alguns professores testemunharam a "humilhação" de L. V. C. nos corredores da escola e sabiam que se sentia angustiado por "não ser respeitado pelos alunos". Só não desconfiavam que a angústia se tivesse transformado em desespero. O professor de música não falava com ninguém. Chegava às sete da manhã para preparar a aula. Montava o equipamento de som, carregava os instrumentos musicais da arrecadação até à sala. Deixava tudo pronto e depois entrava no carro: "Ficava ali dentro, de braços cruzados, e só saia para dar a aula." L. V. C. preferia estar no carro em vez de enfrentar uma sala de convívio cheia de colegas: "Era mais frágil do que nós, dava para perceber que não tinha o mesmo estofo."

Sentia os problemas de indisciplina como "autênticos moinhos de vento", conta o psicólogo que o seguiu nos últimos dois anos. L. V. C. tinha acompanhamento psicológico e psiquiátrico e era ainda seguido por uma médica de família: "Todos os técnicos de saúde que o acompanharam aconselharam uma baixa médica porque o seu quadro clínico se agravou", conta o especialista, esclarecendo que o seu paciente "tinha fragilidades psicológicas inerentes a ele próprio". Falhas que se deterioraram. Meses antes da sua morte, pensava com insistência que lhe restava "pouco espaço de manobra".

"Evitava expulsar os alunos porque temia parecer inábil perante a direcção da escola", diz o psicólogo. Fez ainda várias tentativas antes de se sentir encurralado. Mudou os alunos problemáticos de lugar, teve explicações particulares e aprendeu a trabalhar com as novas tecnologias aplicadas à música. Introduziu equipamento multimédia para cativar os adolescentes. Não resultou. Acabaram-se os trunfos. O psicólogo fez uma recomendação à médica de família para passar uma baixa ao seu paciente por "temer o pior". "Tentámos travá-lo, mas ele próprio já não queria parar. Só parou quando se atirou ao Tejo."


Fonte: http://www.ionline.pt/conteudo/50698-professor-musica-atira-se-ao-rio-nao-enfrentar-os-alunos

Eis a reacção da tutela - Incrível, a indiferença, a demagogia oca

DREL aponta “fragilidade psicológica” a docente de Sintra

A Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL) sublinha que professor de música de uma escola do concelho de Sintra, que se suicidou a 9 de Fevereiro, apresentava “fragilidade psicológica” há muito tempo e refere que a prioridade é acompanhar os alunos. A ministra da Educação apela à serenidade e equilíbrio e o CDS-PP quer mudar o estatuto do aluno.


Para o director regional da Educação de Lisboa, os alunos "têm de ser objecto" de preocupação. "Temos de nos esforçar para que estas situações possam ser ultrapassadas. Trata-se de jovens que são na sua generalidade bons alunos e que não podem transportar na sua vida uma situação de culpa que os pode vir a condicionar pela negativa", disse José Joaquim Leitão.
O acompanhamento psicológico dos alunos, já desencadeado pela escola de Fitares, irá ser feito em articulação com uma equipa de psicólogos da DREL.

O professor de música, de 51 anos, foi colocado nesta escola no início do ano lectivo. Apresentou sete participações à direcção da escola, "alertando para o comportamento de um aluno em particular", escreve o jornal "i". A escola propôs-lhe "assistir a aulas de colegas para aprender a lidar com provocações", conta a irmã, também ela professora, ao "Público". Na semana antes do Carnaval, o professor, que estava a passar por uma depressão, parou o carro na Ponte 25 de Abril e atirou-se ao Tejo.

O representante do Governo nas escolas de Lisboa, que esta manhã se deslocou à escola de Fitares, acrescenta que o inquérito quer apurar uma eventual relação entre os actos de indisciplina e o suicídio. A instauração do inquérito surge na sequência da notícia publicada pelos jornais "i" e "Público". Ainda durante a manhã, o Ministério da Educação anunciava querer averiguar o "enquadramento do professor" na escola e os "antecedentes e eventuais acontecimentos que antecederam o suicídio".

"Neste momento, já estão a ser desencadeados os processos para que esse inquérito possa decorrer e possa esclarecer o que se passou e ajudar a escola a ultrapassar esta situação", disse José Joaquim Leitão.

ANP admite situações "não isoladas" que afectam "estabilidade psicológica"

A Associação Nacional dos Professores (ANP) considera que, apesar de "não ser um clima generalizado nas escolas", verificam-se situações que "não são isoladas", que "põem em causa a estabilidade emocional e psicológica dos professores e que os abalam naturalmente".

O presidente da ANP insiste no apuramento da eventual "relação causal" entre os insultos de que era vítima e o suicídio do professor e lamenta o esquecimento a que são votados estes "episódios", para apenas serem lembrados numa situação semelhante futura. As situações de violência nas escolas não são exclusivas de Portugal, mas neste país "fica-se pela discussão".

João Grancho é também responsável da linha telefónica SOS Professor que tem recebido cada vez menos telefonemas: "De 2008/2009 para 2009/2010 a descida das comunicações terá sido de cerca 80 por cento". A descida no número de chamadas "decorre da existência de um quadro legal que aponta para a priorização da prevenção e da investigação, que aponta maior solidariedade e mais vontade das escolas em lidar com o problema", explica.

Existem "órgãos e direcções executivas e entidades que tendem a banalizar o fenómeno", nota Grancho, referindo que casos entre alunos são justificados como "próprios da idade", enquanto entre docentes e alunos são vistos como "problema de autoridade".

A solução para resolver as situações de indisciplina passa por uma "estratégia intencional, sistemática e de um discurso político geral e social que permita concluir e transmitir à sociedade que a escola é um local de rigor, exigência, de qualidade e de relações positivas e pacíficas".

Ministra da Educação pede "serenidade e equilíbrio"

"Queria apelar para a seriedade no tratamento destas questões que tem a ver com a vida das nossas crianças, das famílias e dos professores e que envolvem sofrimento", comentou, no Parlamento, Isabel Alçada, em resposta à abertura de um inquérito à eventual ligação entre a situação das aulas e o suicídio de um professor.

"Temos que ter uma atitude de serenidade e de equilíbrio e temos que pensar que a vida das crianças deve estar acima dos debates e das questões que são postas no dia a dia", repetiu.

Isabel Alçada acrescentou que o Ministério da Educação "tem dado todo o apoio" e "reforçado a autoridade" dos directores.

CDS pede debate de urgência

O CDS-PP apresentou, na Assembleia da República, o pedido de um debate urgente sobre a violência nas escolas. "Consideramos que há um agravamento do ambiente de não responsabilidade nas escolas portuguesas, que isso não só tem a ver com o estatuto do aluno em vigor, que foi um erro", afirmou Paulo Portas.

Reclamando para o CDS a contínua defesa do "reforço de autoridade dos professores", Paulo Portas avança que "tem pronto um projecto de revisão do estatuto do aluno. Eu sempre disse que este estatuto de aluno, nomeadamente quando terminava com a distinção entre faltas justificadas e não justificadas, quando criava um ambiente de condescendência que tinha como único objectivo o sucesso das estatísticas, quando desvalorizava o mérito e diminuía o poder disciplinar ia dar maus resultados e tínhamos toda a razão".


Fonte:

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Esta merece, no mínimo, uma canção do Zé Cabra

Violaram cabra e dono do animal exige casamento

Dois jovens de Matsinho, Gondola, centro de Moçambique, foram apanhados pela polícia a manter relações sexuais com uma cabra e agora os donos do animal exigem indemnização e casamento. O caso está em tribunal.

O caso de "flagrante delito" aconteceu na semana passada, no distrito de Manica, e fonte ligada ao dono da cabra disse à Lusa que o mesmo exige que os jovens sejam condenados em tribunal a casar com o animal.

Os jovens, cuja identidade não foi revelada, terão sido apanhados a manter relações com a cabra no âmbito de uma espécie de ritual satânico.

"No preciso momento que fui ver, a cabra apresentava corrimentos, o sexo estava inchado. Um dos jovens estava nu enquanto segurava a cabeça, e outro a fazer sexo com o animal", contou uma testemunha quando da detenção policial.

Mário Creva, a testemunha, disse que o caso se deu numa pequena mata na zona de Mbucuta, arredores do posto administrativo de Matsinho.

O procurador distrital de Gondola, Leonides Mapasse, confirmou hoje à Lusa ter remetido o caso ao tribunal distrital para efeitos de julgamento.

"Recebi o caso e já remeti ao tribunal. Mas os jovens serão ouvidos em juízo por furto simples qualificado e não necessariamente por prática sexual, pois a nossa Constituição não acomoda este tipo de acto", disse à Agência Lusa Leonides Mapasse.

Fora do processo-crime, acrescentou o magistrado, o ofendido (proprietário da cabra) pode intentar processo civil e moral contra os dois jovens pela prática sexual com a cabra.

O proprietário da cabra, segundo fonte familiar, exige o casamento e que jovens sejam condenados a ressarcir os danos causados à cabra, além de terem de pagar "lobolo", um ritual tradicional que reconhece a união marital e segundo o qual o homem compensa a família da mulher.

Fonte: Jornal de Notícias

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Não se importa de repetir?...

03 Dezembro 2009 - 00h30

Defesa: Chefe de Estado-maior do exército pede clarificação legal
Exército na rua ao lado da polícia

O Chefe de Estado-Maior do Exército quer ver os militares nas ruas a cooperar com as forças de segurança interna, mesmo que para o efeito seja necessário proceder a alterações na lei.

'Os meios policiais são insuficientes para dar resposta às novas formas de conflitualidade, e o Exército tem de cooperar', disse ontem o general Pinto Ramalho num discurso durante o almoço de comemoração dos três anos da revista ‘Segurança e Defesa’, perante o olhar atento do director nacional da PSP, Oliveira Pereira.

'Actualmente há uma fronteira difusa entre a segurança interna e externa. E há capacidades instaladas no Exército para responder a um determinado nível ou grau de ameaça. A primeira linha de resposta deve estar na PSP e na GNR, mas poderemos estar numa circunstância em que isso não chegue e então, naturalmente, o Exército poderá dar resposta, segundo o enquadramento constitucional', afirmou Pinto Ramalho.

O problema está na Lei de Defesa Nacional, que só autoriza a intervenção a título excepcional das Forças Armadas perante ameaças estrangeiras, à excepção de missões de socorro provocadas, por exemplo, por catástrofes naturais. O general defendeu que deve existir uma 'visão pragmática' da questão, que só poderá ser posta em prática com 'uma forma legislativa perfeitamente clarificada'.

O Chefe de Estado-Maior do Exército foi na altura interpelado pelo general Loureiro dos Santos, que defendeu a opinião de Pinto Ramalho. 'Em caso de ameaças transnacionais podem surgir situações de indefinição quanto ao emprego de meios militares, pelo que é necessária uma revisão da Constituição', disse o ex-CEME.

No mesmo discurso, Pinto Ramalho defendeu que os cidadãos com serviço militar cumprido deveriam ter prioridade no recrutamento para as forças de segurança, tal, o que seria 'um incentivo à prestação do serviço militar'.


João C. Rodrigues

Fonte: Correio da Manhã (o diário populista dos «recados»).


Comentário

De há algum tempo a esta parte, a aposta na terceiro mundialização de Portugal parece ser a grande resposta à incapacidade política de solucionar os problemas do País. Forças armadas e forças policiais parecem querer seguir essa tendência de substituir a inteligência pela brutalidade da força.
Num País em que os fluxos migratórios têm sido mal equacionados, ou apenas contextualizados em constructos legais ideológicos, e nunca entendidos em termos pragmáticos, económicos e sociais; em que a Educação está ao abandono, sem nunca se ter elaborado uma política educativa que equacionasse a questão migrante, proporcionando às minorias étnicas um currículo de disciplinas opcionais, que fornecessem conhecimentos da história e cultura dos grupos nacionais de que sejam provenientes, construindo desse modo nesses jovens o orgulho saudável de pertencerem a grupos étnicos distintos, em vez de os deixar entregues ao MTV, aos telemóveis, ao hi5 e ao MSN; em que nunca houve um plano sensato de aculturação das minorias étnicas (sim, escrevi aculturação, é que eu sou pragmático, e nesta questão borrifo nos «paraísos lusos» direitistas e esquerdistas), que lhes permitisse enquadrar-se como Portugueses; em que se está a esquecer a aplicação do juris solis, em que a toda a criança nascida em território português lhe deveria ser concedida, de imediato, a Nacionalidade Portuguesa (e não me venham com desculpas burocráticas!, se não houver «papelada» da parte dos pais, dois Portugueses como testemunhas bastam!); etc, etc – vem agora o senhor Chefe de Estado-Maior do Exército largar uma bacorada destas para a comunicação social!

Pois bem, no dia em que eu vir o Exército Português nas ruas a «combater o crime», juntar-me-ei aos marginais. Nesse dia a questão passará por mim a ser entendida como política, e terei toda a justificação para disparar contra quem me oprime.

K. N.

Já agora mais uma Nota:

Qualquer resposta ao actual regime, que seja o reeditar de ideologias e «soluções» a que a História já fez o funeral, seria a vergonha da Nação, perante os nossos pares europeus e o mundo: «os medíocres dos Portugueses que não sabem viver em democracia»!
O lugar das Forças Armadas Portuguesas é nos quartéis e não a entupir a via pública: corredores da civilidade e da cidadania.
Toda a mudança de regime só deve acontecer, depois de se ter algo para onde mudar. E este deve ser o trabalho do patriotismo: encontrar essa via, e que ela ainda seja democrática.