
MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Desde 2008, "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Colecção Nova Águia: https://www.zefiro.pt/category/zefiro-nova-aguia
Outras obras promovidas pelo MIL: https://millivros.webnode.com/
"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)
A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)
Agostinho da Silvaterça-feira, 16 de novembro de 2010
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
O navio-escola "Sagres" começou hoje a rumar em direção a Timor-Leste
O navio largou de Xangai cerca das 09:30 (02:30 em Lisboa) e deverá chegar a Díli no dia 15 de setembro, numa das mais longas etapas da viagem de circum-navegação iniciada há sete meses.
"Correu tudo muito bem (em Xangai) e o cais onde o navio atracou não podia ser melhor, mas temos pena que a 'Sagres' não tenha podido ir a Macau", disse hoje à agência Lusa o embaixador português em Pequim, José Tadeu Soares.
Este texto da agência Lusa foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.
Fonte: Diário de Notícias
domingo, 15 de agosto de 2010
Morreu o mestre Figueiredo Sobral
Faleceu o Pintor Figueiredo Sobral
Biografia
José Maria de Figueiredo Sobral (Lisboa, Portugal 1926). Pintor, desenhista, tapeceiro, gravador, escultor, ceramista, cineasta. Estuda artes gráficas na Escola de Artes Antônio Airoró em Lisboa. Até os 20 anos, trabalha com publicidade e ilustrações, além de escrever poesias, textos teatrais e ser cineasta; e convive com o grupo surrealista português, composto por Antônio Maria Lisboa e Cesariny Vasconcelos.
No final da década de 1960, monta um ateliê dedicando-se primeiro à escultura e, depois, à cerâmica. É também co-fundador da Revista Minotauro e colaborador gráfico do Diário de Notícias E. N. P. Crítico do regime salazarista, é preso várias vezes por razões políticas. Em 1975,
muda-se para Americana, São Paulo, onde executa uma escultura para a entrada da cidade, a convite do ex-prefeito Ralph Biasi.
in http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:cYIrSmlUWKs e
http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=1775&lst_palavras=&cd_idioma=28555&cd_item=1
Figueiredo Sobral nasceu em 1926. Foi discípulo dilecto de Lino António, Paula Campos, e Rodrigues Alves, na Escola de Artes Decorativas António Arroio. Até finais da década de 50, foi criativo gráfico de publicidade e ilustrador de fina sensibilidade de obras poéticas e literárias; colaborador da ENP - Diário de Notícias, veio posteriormente a ser co-fundador da Editora Minotauro. Dedicou-se à poesia, escreveu originais dramatúrgicos, vindo a colaborar também como maquetistacenarista. As suas primeiras aparições como pintor ocorrem nos salões Gerais de Artes Plásticas da SNBA, ainda no rescaldo da Segunda Guerra Mundial. Na segunda metade dos anos 60, sem abandonar a pintura inicia experiências na área da escultura. As suas obras constituem monumentos integrados em espaços urbanos ou decoram lugares públicos, sobretudo em Portugal e Brasil. Os seus trabalhos desenhos e gravuras, aguarelas, colagens, cerâmicas, tapeçarias, pinturas murais e esculturas, pertencem actualmente a acervos de arte estatais,
institucionais e empresariais privados e colecções particulares Europeias, Americanas, Médio Oriente e Australianas. Prémio MAC’2000 – Carreira, atribuído pelo Movimento Arte Contemporânea, Lisboa.
in http://www.movimentoartecontemporanea.com/
Os anjos e as máscaras de um pintor do sonho
por Maria Augusta Silva
27 Março 2005
in Diário de Notícias
Numa relação infinita com o sonho, surpreendente, sempre, nos rostos dos anjos e nas máscaras dos homens, Figueiredo Sobral é um dos grandes mestres das artes plásticas portuguesas. Até 8 de Abril podem ser olhadas de perto as mais de três dezenas de trabalhos que integram a exposição A Pintura e a Escrita, na galeria do MAC-Movimento Arte Contemporânea (Rua do Sol ao Rato, 9C), em Lisboa. O nome de Figueiredo Sobral começou a destacar-se na década de 50
como pintor e ilustrador, levando, inclusive, a sua invulgar sensibilidade para muitas obras literárias. Também ele poeta e dramaturgo, tem colaborações nas páginas do Diário de Notícias e foi co-fundador da editora Minotauro. Os domínios da pintura, desenho, gravura, cerâmica,
colagens, tapeçaria e escultura afirmam-no, logo nos anos 60, com um discurso artístico original e com uma dupla exigência um sentimento do belo e o jogo apaixonante da transfiguração. Servindo-se de diferentes materiais e técnicas, Figueiredo Sobral enunciou o sublime, tanto no
que passa pela manifestação do sagrado como nos seres líricos e cúmplices que se multiplicam na depuração dos seus relevos, nos diálogos das aguarelas, na unidade do amor, na ironia e nos paradoxos da condição humana.
A mostra agora apresentada no MAC inclui, entre outras, obras como O Nazareno, Mater Dolorosa, Irmã, Soror Saudade me Chamaste e O Tormento de Cristo e de Sísifo. Nesta exposição, Figueiredo Sobral realiza um velho desejo de ter a sua arte (pintura e escultura) de mãos dadas a alguns dos seus escritores eleitos, das mais diferentes épocas Eça, Camilo, Pessanha, Antero, O'Neill, Bocage, João Rui de Sousa, Natália Correia, Florbela Espanca, Fiama, Alberto Lacerda, Manuel Bandeira, Garrett, Umberto Eco.
No dia 7, mestre Figueiredo Sobral vai ser homenageado no MAC, às 19.00. Hermínia Tojal e Mário Barradas , acompanhados à guitarra, vão dizer poemas alusivos à exposição, nomeadamente poesia do pintor.
...
Na verdade, Mestre Figueiredo Sobral é um buscador incessante de materiais e de formas a fim de dar sentido ao seu universo estético como suporte do discurso moderno.Quer utilizando a sua técnica dos relevos, cultivada desde os anos 60, em massa esculpidas num compromisso entre a pintura e a escultura de inspiração surrealizante ou de um realismo fantástico, ou quer expressando-se nas linhas simples de cores suaves das suas oníricas aguarelas ou materializando o pastel na criação esfíngica da boneca, no seu eterno feminino, ou nas visões cósmicas, Mestre Figueiredo Sobral configura a sua obra de grande qualidade no rigor e procura do surpreendente e do imprevisível. O mesmo labor e criatividade se projectam na escultura que merece um
lugar à parte na sua obra e na história da escultura portuguesa. Com larga actividade em Portugal e no Brasil e noutros trabalhos monumentais, em lugares públicos espalhados pelo mundo, aplaudido pela melhor crítica, é tempo que Mestre Figueiredo Sobral ganhe o lugar
universal que lhe compete.O Movimento Arte Contemporânea (MAC) é o espaço cultural que neste momento, muito se orgulha em o ter presente, com a sua excelente exposição individual "A Pintura e a Escrita”.
Álvaro Lobato de Faria
Director coordenador do MAC
"A PINTURA E A ESCRITA" é o título escolhido para esta exposição de pintura de Figueiredo Sobral, no MAC - Movimento Arte Contemporânea, cumprindo um seu velho sonho de aliar a poesia e os seus escritores de cabeceira à sua arte pictórica e escultórica. Deste modo, nestes 37 quadros povoam ecos de Eça de Queirós , em figuras representativas de uma sociedade de final do século XIX, onde a paixão, o vício e a ociosidade se entrelaçam em obras como A Relíquia, O Crime do Padre Amaro e Os Maias , cujo peso é bem sentido por aqueles que se intitularam a si próprios «Os Vencidos da Vida». Mas ainda dessa época , o pintor é fascinado por Camilo , na ironia da Queda dum Anjo e, por essa personagem de Calisto Elói, o político provinciano, que vai
deixando cair as suas asas brancas à medida da sua ascensão, tal como diria Almeida Garrett no belo poema , com o mesmo nome, que é aqui pintado a espátula e a escárneo. É igualmente tocado pelo lado romântico de Camilo, em Amor de Perdição, nesse trio trágico-amoroso de Simão-Teresa-Mariana ou pela poesia de Flores sem Fruto de Garrett ou dos Sonetos de Bocage. Mas é Antero de Quental , o seu companheiro das noites insones, atormentado entre a fé e a descrença num Deus que sonhou e que é corporizado em quadros como «Ignoto Deo», «Na Mão de Deus», «O Crucificado» e «Mater Dolorosa» ou nesse poema contundente e desesperado de Alberto Lacerda, «Deus é uma blasfémia», que o pintor intitula «Carregando a terrível pedra de Sísifo ….Ehh, humanidade!!». No sentido crítico, mesmo no âmbito do sagrado, estão as suas preocupações sociais que são desmitificadas através da ironia, plasmada em tinta e pincel e ilustrada com poemas de Alexandre O’Neill ou de Manuel Bandeira. Num libelo contra a guerra erguem-se as vozes do poeta medieval João Zorro, ou de Fiama Hasse Pais Brandão. O
seu próprio lirismo de pintor-poeta é assumido em poemas como «A morte de Manolete» e «Histórias com gritos de sevilhanas», encarnando a História Ibérica e ecos de Guernica. Portugal e os seus mitos, D.Sebastião e Marquês de Pombal, ressurgem nas suas telas e na voz de Camões ou na sageza histórica de Latino Coelho. A dimensão filosófica de Umberto Eco ou de João Rui de Sousa é captada na subtileza do relevo e da subversão da forma e da cor.Erguem-se, num cântico de amor, D. Quixote e Dulcineia, celebrando o sonho e a aventura dos eternos amantes. A beleza da mulher e a sua nudez visualizam-se na beleza cristalina da poesia de Camilo Pessanha ou de Adalberto Alves. Natália Correia e Florbela Espanca sugerem o mistério do amor, corporizado pelo pintor na sua forma surrealizante e barroca de se exprimir.E, finalmente, numa homenagem à mulher palestina e ao seu povo, Figueiredo Sobral dá vida ao poema de Mahmoud Darwish,(poeta palestino): «Juro! / Que hei-de fazer um lenço de pestanas / onde gravarei poemas aos teus olhos»É esta a mostra que o Mestre nos tem para oferecer, numa fase difícil da sua vida, em que cada vez mais interioriza a sua visão do mundo, isolando-se para se encontrar a sós com a sua arte, num diálogo que só ele entende, como dádiva miraculosa e perene que os deuses lhe ofertaram.
Elsa Rodrigues dos Santos
Lisboa, 9 de Março de 2005
in http://www.movartecontemporanea.blogspot.com/
Esta é uma Homenagem prestada pelo Casamarela 5B jornal online ao Pintor Figueiredo Sobral no dia em que a memória de si se vai juntar aos rostos dos seus "sonhados" anjos.
PUBLICADA POR MARIA JOÃO FRANCO EM 8:56 AM ETIQUETAS: NOTÍCIAS
Q U E M S O M O S
A Casa Amarela 5B -Jornal Online surge da vontade de vários artistas, de, num esforço conjunto, trabalharem no sentido de criar uma relação forte com o público e levando a sua actividade ao seu conhecimento através do seu jornal online.
Este grupo de artistas achou por bem dedicar o seu trabalho pintor Nelson Dias, cuja obra terá sido muito pouco divulgada em Portugal, apesar de reconhecido mérito na banda desenhada, a nível nacional e internacional e de várias vezes premiado em bienais de desenho e pintura.
Direcção e coordenação: Maria João Franco.
terça-feira, 30 de março de 2010
Em defesa do Museu Nacional de Arqueologia
EM DEFESA DO MUSEU NACIONAL DE ARQUEOLOGIA
Subscreva em: http://peticao.com.pt/mna
Mantenha-se informado e comente em: http://gamna.blogspot.com
Divulgue por todos os seus contactos
Quando há cerca de um ano o anterior Governo colocou a hipótese da transferência do Museu Nacional de Arqueologia (MNA) para a Cordoaria nacional, o seu Grupo de Amigos (GAMNA) chamou logo a atenção para os riscos inerentes, dos quais o mais importante é o da segurança geotécnica do local e do próprio edificado da Cordoaria, para aí se poderem albergar as colecções do Museu Nacional português com colecções mais volumosas e com o maior número de peças classificadas como “tesouros nacionais”.
Após as últimas eleições pareceu ser traçado um caminho que permitia encarar com seriedade esta intenção política. A ministra da Cultura afirmou à imprensa que fora pedido ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) um parecer acerca das referidas condições geotécnicas e que seria feito projecto de arquitectura coerente, respeitador tanto da Cordoaria Nacional como do programa do Museu. Ao mesmo tempo garantiu que esse complexo seria totalmente afecto ao MNA, sem a instalação antecipada de outros serviços no local. Sendo assim, deixaria também de ser necessário alienar espaços do MNA nos Jerónimos, a título de garantia da ocupação antecipada da Cordoaria.
Causa, pois, profunda estranheza a sucessão de acontecimentos das últimas semanas, os quais vão ao ponto de comprometer ou até inviabilizar a continuidade da gestão do Director do Museu, que nos cumpre elogiar pelo dinamismo que lhe conseguiu imprimir e de cujos interesses se constitui, perante todos nós, em legítimo garante.
O estudo tranquilizador que se dizia ter sido pedido ao LNEC, deu afinal lugar a parecer meramente pessoal do técnico convidado para o efeito. O GAMNA, encomendou estudo alternativo, que vai em sentido contrário. O Director do Museu recolheu, ele próprio, outros pareceres, dos mais reputados especialistas da área da engenharia sísmica, que igualmente
corroboram e ampliam as preocupações existentes. É agora óbvia a necessidade da realização de um programa de sondagens e de verificações in loco, devidamente controlado por entidade idónea, de modo a poder definir com rigor a situação da Cordoaria em matéria de riscos sísmicos, maremoto, efeito de maré, inundação e infiltração de águas salgadas. A recente tragédia ocorrida na Madeira, onde se perdeu quase por completo o acervo do Museu do Açúcar, devido a inundação, aí está para nos lembrar como não pode haver facilidade e ligeireza neste tipo de decisões.
Enquanto não estiver garantida a segurança geotécnica da instalação do MNA na Cordoaria Nacional e enquanto não forem realizados os adequados estudos de planeamento urbano e circulação viária, importa manter todas as condições de operacionalidade do Museu nos Jerónimos. Neste sentido consideramos incompreensível a alienação pretendida da “torre oca” a curto prazo, até porque uma tal opção iria comprometer definitivamente qualquer hipótese
futura de regressar a planos de remodelação e ampliação do MNA nos Jerónimos, conforme foi a opção consistente de sucessivos Governos, até há dois anos. O MNA merece todo o respeito e não pode ser considerado como mero estorvo num local onde aparentemente se quer fazer um novo Museu.
O poder político não pode actuar ignorando os pareceres técnicos qualificados e agindo contra o sentimento de todos os que amam o património e os museus. Apelamos ao bom senso do Governo, afirmando desde já a nossa disposição para apoiar o GAMNA na adopção de todas as medidas cívicas e legais necessárias para que seja defendida, como merece, a instituição mais
do que centenária fundada pelo Doutor Leite de Vasconcelos, o antigo “museu do homem português” e actual Museu Nacional de Arqueologia.
Lisboa, em 29 de Março de 2010.
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Ciclo "Falar de Livros"
Conferência:
"Ainda a recorrência a um tema religioso/social em CAIM de José Saramago"
Por: António José Borges
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Educação do Estado
Bem, agora já sabe e diz que "Nós reconhecemos que é preciso que um professor que tem geralmente uma turma de vinte e tal alunos possa ter tempo para os corrigir." Corrigir os trabalhos de casa! Ai, Exma. Senhora Ministra, O PROBLEMA COMEÇA COM OS VINTE E TAL ALUNOS, não acha? Quem consegue trabalhar hoje em dia, numa só turma, com vinte e tal alunos tão diferentes da humilde ambição e do respeito pelo mestre, atitudes que deveriam fazer parte dos principais níveis das escalas de valores deles?
Aguardo.
Aqui fica a notícia que não é assim tão má, como soe dizer-se...
António José Borges
«Nacional
Professores precisam de tempo para corrigir trabalhos de casa, diz ministra
Ontem
A ministra da Educação, Isabel Alçada, reconheceu hoje que os professores precisam de tempo para corrigir o trabalho dos alunos, considerando tratar-se de uma tarefa fundamental para a qualidade da aprendizagem.
Questionada pelos jornalistas sobre as matérias em discussão com os sindicatos, nomeadamente os horários de trabalho e as tarefas dos docentes, a ministra afirmou não haver "questões problemáticas" em cima da mesa.
"Estamos a analisar os pontos de vista das organizações (sindicais), como aliás tinha ficado previsto nas outras negociações que levaram ao acordo sobre o estatuto e a avaliação dos professores", disse a governante, à margem da cerimónia de apresentação da publicação "50 Anos de Estatística na Educação", no Instituto Nacional de Estatística, em Lisboa.
Sobre as queixas dos professores - de estarem sobrecarregados com tarefas não lectivas - Isabel Alçada referiu que os professores manifestam por vezes a necessidade de terem tempo para preparar o seu trabalho e corrigir o trabalho dos alunos.
"Na verdade, a correcção dos trabalhos dos alunos é essencial para o progresso e para que cada aluno possa verificar em que estado está, as coisas que ainda não domina e ir mais longe no seu processo de aprendizagem", declarou.
"Nós reconhecemos que é preciso que um professor que tem geralmente uma turma de vinte e tal alunos possa ter tempo para os corrigir. Temos de ver isso no quadro do que é regulamentado e também no quadro daquilo que é a acção das direcções das escolas, das equipas das escolas", admitiu, frisando tratar-se de uma questão em que "não há rigidez na análise".
Segundo a ministra, o ministério tem também em conta "a necessidade de tempo individual, de trabalho individual do professor".
Neste sentido, pode haver alterações "sobretudo na forma como é entendido o horário do professor", indicou.
"Muitas vezes tem-se criado situações em que há muito trabalho na escola, muita ocupação de tempo em reuniões por assuntos que os professores sentem que precisam de analisar em conjunto para chegar a conclusões de equipa e nós tenderemos, no Ministério da Educação, a fazer um aconselhamento e uma regulamentação que seja absolutamente desburocratizadora", garantiu.»
Fonte: Jornal de Notícias online.
sábado, 16 de janeiro de 2010
Cumprindo um dos princípios do MIL, eis mais uma causa que não se pode pôr em causa
Comunicado do Fim Anunciado da Barragem do Tua
“A prosperidade futura do nosso país depende da existência de um sistema ferroviário excelente e em bom estado”
Warren Buffet, 2º homem mais rico do mundo, sobre os Estados Unidos da América, justificando a sua compra no início de Novembro da Burlington Northern and Santa Fe, segunda maior companhia ferroviária do país, num negócio de 34 mil milhões de USD.
“Este país não pode viver sem barragens e ninguém nos pode impedir de as construir”
Orlando Borges, Presidente do Instituto Nacional da Água, sobre o estudo encomendado pela Comissão Europeia que conclui que o Plano Nacional de Barragens do Governo está cheio de erros, viola directivas comunitárias, e não deveria avançar.
“(O sector ferroviário) é um sector que está para ficar, é um sector de futuro. Tem de crescer mais do que os outros transportes, sendo que é mais seguro, mais limpo, energeticamente mais eficiente, e, em muitos casos, mais confortável”
Manuel Seabra Pereira, Professor do Departamento de Engenharia Mecânica do Instituto Superior Técnico, em declarações à “Ciência Hoje” numa visita à Fertagus.
“Claro que uma barragem leva à perda de biodiversidade (…). Eu gosto muito mais da zona de Alqueva agora. (…) Até 2013 está prevista a execução de mais de 500 milhões de euros na defesa da costa. Esta verba (…) permitirá combater a erosão, defender a orla costeira, requalificá-la e valorizá-la”
Dulce Pássaro, Ministra do Ambiente, em declarações ao Jornal de Notícias.
“Restabelecer as estradas, os acessos e caminhos existentes (…) garantindo as equivalências funcionais, designadamente o troço da linha-férrea do Tua que ficará inundado devido à construção da barragem”
Cláusula 10ª do Caderno de Encargos do Concurso para a atribuição de concessão de captação de água no rio Tua, para a produção de energia hidroeléctrica e concepção, construção, exploração e conservação de obra pública da respectiva infra-estrutura hidráulica.
“Como cidadão não sou defensor da construção da barragem. Há outras formas de produzir energia hidroeléctrica e aquele vale fica perdido e a linha fica submersa para sempre”
José Luís Correia, Presidente da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães, em declarações ao Jornal de Notícias.
“A desertificação do Interior Norte é directamente proporcional ao desinvestimento em vias-férreas e comboios”
João Paulo Guerra, jornalista do Diário Económico.
1 – Do Estudo encomendado pela COMISSÃO EUROPEIA
Com a insistência na construção da barragem do Tua, o Governo PS desrespeita um compromisso internacional assumido com a UNESCO, ao descaracterizar parte do Douro Vinhateiro Património da Humanidade, arriscando seriamente a sua despromoção. Mas para além do silêncio da representação portuguesa da UNESCO, encabeçada por Manuel Maria Carrilho, o mesmo que acusou em 1995 o Ministro Mira Amaral de “barbarismo tecnocrático” por defender a construção da barragem de Foz Côa, o Governo chega agora ao cúmulo de encapotar o verdadeiro peso de um estudo independente encomendado pela própria Comissão Europeia. Este conclui categoricamente que o programa nacional de barragens foi mal avaliado quanto aos seus impactes, por barragem e no seu conjunto, sendo a sua prossecução totalmente desaconselhada, sobretudo por impedir que Portugal cumpra outro compromisso internacional: as metas de qualidade da água até 2015. A água, bem essencial perigado devido às alterações climáticas, encontra neste plano um conjunto de reservatórios de água inquinada, cenário evitável se a potência instalada do conjunto de barragens for de apenas 1/3 do que foi proposto, ou seja, reduzindo de uns já inexpressivos 3% para apenas 1% do consumo de energia eléctrica nacional.
Gostaríamos ainda de relembrar, dada a delicadeza da situação, que a zona envolvente à barragem do Tua está identificada no mapa de riscos nacional (consultar PNPOT) como em zona de “perigo de ruptura de barragem”. O tipo mais comum de sismicidade induzida é aquela por reservatório (entenda-se albufeiras), sendo a área envolvente à barragem do Tua identificada com um nível de risco sísmico considerável, já apontado no EIA. Sublinhamos que 8 barragens em todo o mundo já foram responsáveis por outros tantos terramotos de magnitude superior a 5.0 na escala aberta de Richter, sendo consensual entre vários cientistas que a devastação do terramoto de Sichuan (7.9 na escaca aberta de Richter) foi potenciada pela presença da barragem de Zipingpu, com um paredão de 156m de altura (a do Tua terá perto de 100m de altura) numa zona de risco sísmico.
2 – Da violação da EDP em não considerar uma alternativa ferroviária
Mais um autarca deixou claro o seu NÃO à destruição do vale e da Linha do Tua: Carrazeda de Ansiães exige agora uma alternativa ferroviária em caso de submersão da linha. Mas como a prepotência da equipa de Mexia e demais interessados no saque não conhece limites, chegam ao cúmulo de afirmar peremptoriamente que “o projecto não vai contemplar a construção de uma nova linha ferroviária”, indo totalmente contra o que vem estipulado na já manipulada DIA respectiva, e quando já o EIA afirmava que a zona “não facilita o estabelecimento de percursos tradicionais de transporte colectivo rodoviário”.
Além disso, o tão badalado desenvolvimento prometido pela EDP vai revelando a sua verdadeira face: a renda de 3% sobre a produção anual da barragem do Tua (avaliada em 1,5 milhões de euros) não reverterá para as autarquias locais, mas sim para o ICNB, como prémio por deixar destruir a natureza e biodiversidade do vale do Tua. Para além disso, o seu contributo para a população pauta-se por uns insultuosos 38€ de poupança anual naquela que é uma das facturas de electricidade mais caras do país, para além da simpática oferta de 4 lâmpadas economizadoras. Junte-se o facto de o paredão não servir de acesso entre Carrazeda e Alijó, e o resultado são dois autarcas que já não abrem os braços para um caloroso bem-vindo a esta barragem assassina.
Aos engenheiros da EDP e REFER, recomendamos o estudo da via-férrea Himalaica de Darjeeling, Índia, Património da Humanidade desde 1999, inaugurada apenas 6 anos antes da Linha do Tua. Com um engenhoso sistema de espirais e troços em ziguezague, é possível num troço de 86km subir uns estonteantes 2.100m de altitude. A Linha do Tua sobe, em 110km, 715m de altitude, e da estação do Tua para a da Brunheda, em 22km, a ascensão é de 90m. Em comparação, e respectivamente, as pendentes médias são de 2,44%, 0,65% e 0,41%. Se os engenheiros britânicos conseguiram vencer esta pendente improvável para os caminhos-de-ferro com tecnologia do século XIX, não o conseguirão os engenheiros portugueses com tecnologia do século XXI, quando a pendente no caso do troço da Linha do Tua a inundar é cinco vezes menor do que na congénere indiana?
3 – Do Programa do XVIII Governo Constitucional
Como bem atesta este documento, o défice externo do país em 2008 em matéria de energia recaía nuns impressionantes 52% do défice da balança de bens e serviços sobre o consumo de combustíveis fósseis, maioritariamente gastos no transporte rodoviário. Em que medida estas barragens vêm alterar este cenário desastroso permanece um segredo para o comum mortal.
Mais: o executivo PS considera o transporte ferroviário como o “transporte terrestre de excelência, mais rápido, mais cómodo e mais seguro”, pretendem “modernizar e melhorar as condições de segurança e operação de toda a rede convencional, incluindo as linhas de via estreita”, e mesmo “reabrir troços ferroviários onde esta solução seja a mais adequada em termos socioeconómicos” numa gestão “em parceria com os agentes locais”.
Para a competitividade empresarial, aponta-se o sector dos vinhos; para o património, a promoção da requalificação territorial que favoreça as componentes cultural e ambiental, qualidade de vida e ordenamento do território; para o ordenamento do território, e no que ao Litoral diz respeito, faz-se destaque à gestão de riscos e requalificação das praias; para o desenvolvimento regional e coesão territorial/social, dá-se destaque à cooperação transfronteiriça, nomeadamente através do acesso a serviços públicos por parte das populações.
Saindo deste mundo de fantasia, as Linhas do Corgo e do Tâmega agonizam com obras que nos últimos 2 meses avançaram 50 metros, não se aproveitando este momento para discutir as suas reaberturas, a recente interrupção na Linha do Douro levará meses a ser levantada e a reabertura a Barca d’Alva arrasta-se. A barragem do Tua arrasará vinha de classe A de produção de Vinho do Porto, levará à fragmentação territorial e perdas ambientais e culturais, e impedirá mais circulação de inertes para o litoral. O atraso na reabertura e modernização da Linha do Tua, bem como do seu prolongamento a Espanha, impedem a cooperação transfronteiriça. Porque permanece a Linha do Tua encerrada entre a Brunheda e o Cachão, se este troço nunca será inundado? Porque é mais lícito esbanjar 30 milhões de euros na estação de Castanheira do Ribatejo para uma procura irrisória, enquanto se asfixia propositadamente a procura da Linha do Tua?
Ignorar que a Linha do Tua constituirá um eixo estruturante de desenvolvimento de Trás-os-Montes e Alto Douro é um perigoso exercício de miopia estratégica. O seu serviço público às populações, à indústria e ao turismo, num cenário de ligação à Alta Velocidade, voos “low cost”, e ao Douro Vinhateiro, são preciosos para o desenvolvimento regional e nacional. Negá-lo é mais que um erro, é um crime grosseiro, cujos responsáveis têm nome e não serão esquecidos pelas populações.
Não deixamos de reparar noutra estranha incongruência: com as várias concessões atribuídas, o Estado arrecadou 1.300 milhões de euros, que tiveram como único propósito mascarar o défice promovido pelo Governo PS. No entanto, anuncia-se um investimento de 500 milhões de euros na defesa da orla costeira. Em suma, o Estado conseguiu 1.300 milhões de euros, que serviram para disfarçar um défice de um ano, graças a barragens que reterão inertes durante 70 anos, efeito este que será combatido com uma fracção de 500 milhões de euros durante uma legislatura…
Por tudo isto, iremos apresentar durante este mês uma queixa junto da Comissão Europeia por via dos atropelos ao direito comunitário, emanadas da DIA da barragem do Tua. Manifestamos também o nosso regozijo pelo desfecho do caso “Carril Dourado”, onde o Supremo Tribunal de Justiça condenou a empresa O2 de Manuel Godinho ao pagamento de uma indemnização à REFER por furto de carris na Linha do Tua. Lembramos à REFER que esta indemnização deverá ser devolvida à Linha do Tua, na forma de um muito necessário investimento para a sua modernização, como por exemplo para a requalificação de estações para maior conforto para os passageiros.
Em jeito de conclusão, outra coisa não exigimos que não a que diante do muro de Berlim, o presidente Ronald Reagan proferiu a um líder político: Mr. Sócrates, TEAR DOWN THIS WALL.
Movimento Cívico pela Linha do Tua, 15 de Janeiro de 2010
http://www.linhadotua.net/
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Aconteceu faz hoje 34 anos em Timor-leste...
Presumo que foi tudo muito bem planeado. Começou por ser designada de Operação Komodo, com contornos políticos e dissimuladamente ofensiva. Mas o objectivo era a invasão de Timor-Leste.
Nas ilhas indonésias vizinhas de Timor havia, e há, tendências separatistas latentes. Com a revolução de Abril de 1974, findo o período imperialista português, a Indonésia começou por pedir a Portugal que não se retirasse de Timor-Leste, sugerindo a criação de uma zona económica franca, para que a metade oriental do arquipélago beneficiasse com isso e para evitar uma escalada de desestabilização nas ilhas vizinhas. Mas a sua carta fora do baralho já estava a ser preparada.
Terminou como Operação Nenúfar (em indonésio: Operasi Seroja). Justificaram a sua vinda dizendo que os timorenses lhes tinham pedido ajuda, que o objectivo era combater os comunistas, que a operação era, sobretudo, obra de voluntários anticomunistas apoiantes da UDT e da APODETI e, portanto, vinham em auxílio do povo.
Cumpre-nos recordar, pois nunca é demais repetir, que a 7 de Dezembro de 1975, com o beneplácito de um país chamado Estados Unidos da América, a Indonésia invadiu Timor-Leste – onde, em desespero de causa, a FRETILIN acabara de proclamar unilateralmente a independência. Algum tempo depois surge o movimento FALINTIL (Forças Armadas de Libertação Nacional de Timor-Leste).
(...)»
Borges, António José, "Timor - As Rugas da Beleza", Garça Editores, 2006, pp. 83-84
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Porque neste país de nome Portugal temos de ser nós a buscar a informação toda, uma vez que raramente nos é fornecida devidamente
http://dre.pt/pdf1sdip/2009/07/13400/0446704467.pdf
domingo, 22 de novembro de 2009
Perspectivas da Filosofia em Portugal: acho muito bem, para o bem de todos...
Neste sentido, um bem-haja à filosofia e aos que a mantêm como fonte de entendimento da vida e do mistério também. Nesta linha, revistas como a Nova Águia são mais um precioso fulgor para o pássaro do saber que nos define a ausência dos limites do voo.
«Filosofia: SPF espera que a disciplina volte a ser valorizada
Lusa / EDUCARE 2009-11-18
O presidente da Sociedade Portuguesa de Filosofia, Ricardo Santos, lamenta os "golpes sofridos" por esta disciplina nos últimos anos e manifesta esperança de que a nova equipa do Ministério da Educação volte a valorizá-la.
"Internacionalmente, a Filosofia está em grande expansão. Em Portugal não é tão visível", afirmou Ricardo Santos, para quem a disciplina no Ensino Secundário sofreu "golpes sérios de desvalorização, com a eliminação do exame geral", tendo "quase desaparecido do 12.º ano", o que acaba por ter reflexos no Ensino Superior. Porém, a universidade continua a ser "o lugar privilegiado da Filosofia", admitiu.
"A vertente que mais se desenvolveu nos últimos anos foi a investigação, graças ao apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Há aqui um salto, tanto em quantidade como em qualidade", reconheceu.
A Filosofia para crianças, acrescentou, "está em crescendo", com muita procura no ensino privado como disciplina de enriquecimento extra curricular.
"Também tem havido considerável procura de cursos livres para adultos", mas ainda assim o responsável lamenta que os portugueses desconheçam os filósofos nacionais.
Apesar de as revistas e livros de Filosofia se irem multiplicando, "falta traduzir muita coisa e era preciso mais gente a escrever divulgação", defendeu.
Na véspera do Dia Mundial de Filosofia, que se assinala quinta-feira, Ricardo Santos defendeu que esta tem "um contributo importante" para dar nas diversas áreas da sociedade.
Gostava que houvesse mais parcerias e maior intervenção dos filósofos no espaço público: "São coisas que têm acontecido, mas devem ser reforçadas".
"Em Portugal, a imagem corrente do que é um filósofo está distorcida. Os filósofos profissionais portugueses não são conhecidos da população", lamentou.
Apesar de desejar ver a Filosofia acarinhada institucionalmente, Ricardo Santos afirma-se apologista dos pequenos passos. "O que há a fazer para melhorar as condições terá de ser feito todos os dias no espaço de trabalho de cada um."
A Filosofia, recordou, é "um contributo essencial para ajudar as pessoas a pensar melhor", logo para uma sociedade melhor, embora os resultados não tenham visibilidade imediata.
"É um ganho operacional na nossa própria capacidade intelectual", resumiu, lamentando que se tenha "desinvestido" na disciplina.
"O que precisávamos agora é que o Ministério da Educação revertesse aquilo que foi o movimento de desvalorização da disciplina e que vai no sentido oposto ao que se passa noutros países", lamentou, manifestando esperança na equipa liderada por Isabel Alçada, porque "muito depende disso".
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