MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Desde 2008, "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Colecção Nova Águia: https://www.zefiro.pt/category/zefiro-nova-aguia
Outras obras promovidas pelo MIL: https://millivros.webnode.com/
"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)
A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)
Agostinho da Silvasexta-feira, 11 de julho de 2025
quinta-feira, 10 de julho de 2025
Novo Livro MIL, de Elter Manuel Carlos, de Cabo Verde...
"Raiz di polon: a dança contemporânea cabo-verdiana como forma de expressão filosófica", de Elter Manuel Carlos
MIL/ DG Edições, 2025, vol. I, 114
pp.
ISBN: 978-989-36224-2-1
ÍNDICE
Prefácio
Reflexões preliminares
Capítulo I. Corpo Dançante e Comunicação. Raiz di Polon na proeza da peça Cidade Velha: Entre heterotopia, Aisthesis e Poiesis
Capítulo II. Raiz di Polon ou Poética do Corpo Dançante em (re)invenção de si: reflexos na educação, história e cultura
Capítulo III. Kodé di Dona: uma Coreografia, um Sentimento que se eleva em Pensamento e Celebração…
Capítulo IV. CV Matrix 25 e CV Matrix 46. Duas Coreografias ou movimentos de um Corpo Dançante encarnado na Cultura, História e Identidade
Capítulo V. Coração de Lava ou a Arte como Experiência de afirmação da Vida: (osc)ilações entre dança, poesia e filosofia
Em jeito de Epílogo
Ainda disponíveis: "Obras Escolhidas de Manuel Ferreira Patrício"
quarta-feira, 9 de julho de 2025
Ainda pode encomendar a sua NOVA ÁGUIA nº 35...
Para encomendar: info@movimentolusofono.org
Colecção Nova Águia: https://www.zefiro.pt/category/filosofia-nova-aguia
Outras obras promovidas pelo MIL: https://millivros.webnode.com/
Agostinho da Silva, primeiro inspirador da CPLP...
terça-feira, 8 de julho de 2025
Cabo Verde - Quer “mais e melhor” investimento chinês
O ministro da Administração Interna de Cabo Verde disse à Lusa que Cabo Verde quer atrair investimento da China, que descreveu como “um dos principais parceiros” no desenvolvimento do país desde a independência. “Neste momento, já temos uma comunidade chinesa em Cabo Verde, essencialmente de pequenos e médios empresários”, afirmou Paulo Rocha.
O ministro disse que o próximo alvo é “atrair mais e melhor investimento [chinês] em diferentes sectores”, para diversificar a economia, muito dependente do turismo. O mar é uma prioridade e o Governo “procura parcerias” para implementar a Zona Económica Especial Marítima de São Vicente, cujo estudo foi feito com o apoio da China, recordou Rocha, durante uma passagem por Macau.
Também em Macau, em Março, o presidente da agência cabo-verdiana para o investimento externo, José Almada Dias, desafiou a empresa estatal chinesa Shaanxi Construction a aproveitar os 20 mil hectares que o país colocou ao serviço do turismo.
Paulo Rocha disse que seria “perfeitamente realista” Cabo Verde querer atrair turistas da China e de outros países asiáticos, sublinhando a presença forte de visitantes chineses na Europa e “ainda mais longe”. “Continuamos a fomentar investimentos neste domínio, crescem o número de hotéis em construção, o número de resorts, particularmente nas duas ilhas mais turísticas, do Sal e da Boavista”, disse.
Rocha defendeu que a China é, “sem dúvida, um parceiro confiável” de Cabo Verde e que tem sido “essencial no processo de desenvolvimento em diferentes setores” ao longo dos 50 anos de independência.
Cabo Verde beneficiou de múltiplos perdões de dívida por parte da China – nomeadamente cerca de 1,18 milhões de euros em 2007 e mais 1,39 milhões em 2016. Nas últimas décadas, a China consolidou a sua presença em Cabo Verde através de investimentos em obras públicas, incluindo o Estádio Nacional e a nova sede da Assembleia Nacional.
“Já nos próximos meses, iremos inaugurar uma importante maternidade na ilha de São Vicente, feita com o apoio do Governo da China, estruturante para toda a região do Barlavento”, realçou o ministro.
A cooperação estende-se à área da educação, com mais de uma dezena de bolsas atribuídas anualmente pelo Governo chinês. Desde 2010, centenas de estudantes cabo-verdianos frequentaram instituições de ensino superior na China. Alguns acabaram por ficar por terras chinesas, incluindo em Macau, e tornaram-se “verdadeiros diplomatas do (…) país, além daquilo que é a diplomacia oficial”, elogiou.
A diáspora cabo-verdiana é uma enorme reserva “em termos de capital humano” e que “contribui muito mais do que com as remessas, [ao] investir no sector produtivo do país”, acrescentou.
Paulo Rocha disse também que o país está a negociar com a China o financiamento do alargamento do sistema de videovigilância Cidade Segura a mais três cidades: Porto Novo, na ilha de Santo Antão, e Assomada e Tarrafal, na ilha de Santiago.
Fórum continuará a fomentar intercâmbio
Paulo Rocha foi um dos presentes na “Palestra alusiva ao 50º Aniversário da Independência Nacional de Cabo Verde”, co-organizada pela Embaixada de Cabo Verde na China e pelo Secretariado Permanente do Fórum de Macau. Subordinada ao tema “Cabo Verde: 50 Anos de Conquistas e Desafios – Papel de Diáspora e a Experiência de Macau”, contou com a participação de diversas personalidades.
O secretário-geral do Fórum de Macau, Ji Xianzheng, disse que o organismo continuará “a tirar o melhor proveito do papel de Macau enquanto plataforma sino-lusófona, contribuindo para fomentar o intercâmbio e a cooperação em diferentes domínios entre a China e Cabo Verde”.
Por sua vez, o embaixador de Cabo Verde na China, Arlindo Nascimento do Rosário, afirmou que o momento “não significa apenas uma data histórica para o seu país, mas também uma oportunidade para Cabo Verde mostrar ao mundo a força de uma nação que, apesar das dificuldades, persevera, reinventa-se e prospera”. “O Governo de Cabo Verde valoriza a relação com a China, especialmente com a RAEM, e a nossa diáspora. Macau ocupa um lugar especial no coração do povo cabo-verdiano, a diáspora cabo-verdiana em Macau e as suas associações não só fortalecem os laços de amizade entre os povos, como também promovem a integração social e económica da comunidade cabo-verdiana na RAEM”, prosseguiu.
Já Helena de Senna Fernandes, directora dos Serviços de Turismo, que esteve em representação do Secretário para a Economia e Finanças, referiu que “Macau e Cabo Verde são territórios aliados, desde sempre, por laços históricos, prosseguindo unidos pela vontade de se aliarem para trabalhar em prol da criação de mais e diversas oportunidades de desenvolvimento para as suas gentes e economias”.
O ministro Paulo Rocha, por seu turno, manifestou “gratidão” ao Governo da RAEM pelo “contributo valioso” que tem dado na aproximação entre a China e os países lusófonos, designadamente por via dos mecanismos do Fórum de Macau. In “Jornal Tribuna de Macau” – Macau com “Lusa”
segunda-feira, 7 de julho de 2025
Novo Livro MIL: de António Braz Teixeira (nos seus 89 anos): "O sentido das formas: páginas de estética luso-brasileira"
I
As leituras
paracléticas dos Painéis
Sobre o
expressionismo em Portugal
II
As ideias
estéticas de Custódio José Vieira
A estética
pantiteísta de Cunha Seixas
A estética naturalista em Portugal
Raul Lino, uma
arte de ser português
Aproximação da
reflexão estética de José Marinho
Em torno do
pensamento estético de Álvaro Ribeiro
A
estética da expressão de José Régio
A estética de
Amorim de Carvalho
A
estética metafísica de Vergílio Ferreira
O pensamento
estético de Eduardo Lourenço
A estética
existencial de António Quadros
A estética da
saudade em Afonso Botelho
Estética e
poética na filosofia de Orlando Vitorino
A
estética simbólica de Lima de Freitas
Sobre a estética
fenomenológica de Eduardo Abranches de Soveral
III
A estética na
“Escola de São Paulo”
Aspectos da
reflexão estética na Nova Escola do Recife
domingo, 6 de julho de 2025
Miguel Real, sobre as "Visões de Agostinho da Silva: de Portugal à Lusofonia", edição revista e aumentada...
ISBN: 978-972-8958-26-8
Para encomendar: info@movimentolusofono.org
Colecção Nova Águia: https://www.zefiro.pt/category/filosofia-nova-aguia
Outras obras promovidas pelo MIL: https://millivros.webnode.com/
sábado, 5 de julho de 2025
Cinquenta anos depois, é tempo, de facto, de pedir desculpas
Cinquenta anos depois da nossa
descolonização dita “exemplar”, é de facto, tempo, mais do que tempo, de pedir
enfim desculpas – como tanto têm reclamado os detractores da nossa história.
Por uma vez, esses detractores,
em cada vez maior número, têm razão: temos a obrigação de pedir desculpas por
uma descolonização tão “exemplarmente má”.
E não estamos a falar em
particular dos chamados, mal chamados, “retornados” – muitos deles nascidos em
África e que, de um momento para o outro, se viram obrigados, em muitos casos
apenas por terem um tom de pele mais claro, a regressar a um país que mal ou
nada conheciam.
Sabemos que muitos deles não
gostarão de ouvir o que se segue, mas di-lo-emos na mesma: se o seu sacrifício
fosse o sacrifício necessário para que os países donde vieram prosperassem,
então poderíamos, no limite, considerar que esse tinha sido um sacrifício
“aceitável”, por mais que “tragicamente aceitável”.
Na verdade, porém, não foi nada
disso que se passou. Com a expulsão dos chamados, mal chamados, “retornados”,
esses países ficaram altamente depauperados a nível de mão-de-obra qualificada,
o que desde logo inviabilizou qualquer miragem de real prosperidade. Para além
disso, a prometida “libertação” nem chegou a ser sequer uma miragem. Basta
dizer que, sem excepção, todos os novos regimes políticos que então emergiram
foram regimes de partido único.
Cinquenta anos depois de todo
esse processo, é de facto, tempo, mais do que tempo, de pedir enfim desculpas.
Nós pedimos: a todos os chamados, mal chamados, “retornados” e, sobretudo, a
todos os povos irmãos lusófonos, cuja prometida “libertação” foi realmente uma
farsa, como, cinquenta anos depois, ainda é visível. Aluda-se apenas, para o atestar,
ao que se tem passado, nestes últimos tempos, em Moçambique.
Renato Epifânio