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Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)
A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)
Agostinho da Silva
terça-feira, 20 de abril de 2021
23 de Abril: Assembleia Geral do MIL
Já disponíveis: seis volumes das "Obras Escolhidas de Manuel Ferreira Patrício"
segunda-feira, 19 de abril de 2021
Timor-Leste – Portugal ajuda em várias frentes
Portugal tem apoiado aos esforços do Governo de Timor-Leste na sequência das cheias do passado dia 4 de abril, que atingiram os 13 municípios do país, sendo a capital, Díli, a mais afetada...
A atuação da Cooperação Portuguesa consiste num conjunto de intervenções, quer de resposta imediata, quer no apoio mais estruturante, com o objetivo de apoiar a população timorense afetada e ajudar na reconstrução. Em termos de resposta de emergência, foram já mobilizados mais de 100 mil euros.
Neste âmbito, Portugal tem estado a apoiar, através da Embaixada de Portugal em Díli, a população desalojada, correspondendo às necessidades imediatas identificadas pelas entidades locais, nomeadamente da Proteção Civil de Timor-Leste, e em articulação com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Têm sido entregues bens essenciais, nomeadamente alimentares, de higiene, bem como colchões e utensílios de utilização doméstica indispensáveis à sobrevivência das famílias e cuja reposição permitirá o gradual regresso das famílias a suas casas, uma vez terminados os trabalhos de limpeza, diminuindo dessa forma a pressão sobre os espaços de acolhimento improvisados. Em parceria com o PNUD, foi igualmente assegurada a disponibilização de água potável a populações isoladas, na sequência das inundações.
Contribuindo para suprir as dificuldades dos alunos carenciados da Universidade Nacional de Timor Lorosa’e, foram também entregues géneros alimentares.
Tendo em conta o elevado número de crianças que se encontram nos centros de acolhimento, têm igualmente sido entregues livros e materiais ludo- pedagógicos destinados a essas crianças. No âmbito da Ação Conjunta para a Educação em Timor-Leste (ACETL), a UNICEF mobilizou voluntários para a dinamização de atividades de aprendizagem para as crianças nos centros de acolhimento. Está em curso a preparação do programa, que contará com a participação de alguns docentes voluntários de projetos da Cooperação Portuguesa.
Na medida em que as inundações também provocaram a inutilização de algum do Equipamento de Proteção Individual (EPI) – máscaras cirúrgicas, luvas de examinação não estéreis e luvas cirúrgicas – a respetiva reposição assume um carácter premente, face ao aumento do número de infeções por COVID-19 que se tem vindo a registar.
Portugal está a apoiar a reposição de EPI, no âmbito do Plano de Ação na Resposta Sanitária à Pandemia, entre Portugal e os Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste (TL). A aquisição e colocação local de EPI, no montante global de 75 mil EUR, está a ser operacionalizada através da UNICEF, prevendo-se a sua entrega ao Ministério da Saúde a breve trecho.
Numa segunda fase, após o levantamento das necessidades atualmente a ser levado a cabo pelas competentes autoridades em Timor-Leste, e tendo em conta planeamento das prioridades que vier a ser definido, Portugal pretende apoiar um projeto concreto de reabilitação em domínio considerado estruturante.
Nos projetos de cooperação para o desenvolvimento atualmente em implementação foram adaptados planos e metodologias, de modo a, na medida das possibilidades, dar continuidade às atividades de capacitação, ao mesmo tempo que se apoiam os esforços nacionais para a superação destas circunstâncias inesperadas.
Nos domínios da solidariedade social e inclusão, serão antecipados os apoios anualmente contratualizados para uma maior capacidade de resposta das instituições de solidariedade social na linha da frente, na resposta a esta situação de emergência.
A todas estas ações somam-se as iniciativas de voluntariado de cidadãos portugueses anónimos, que se encontram em Timor-Leste, por motivos pessoais ou profissionais, e que, de forma altruísta e empenhada, têm participado em ações de solidariedade, no apoio direto e imediato às populações, seja na recolha de fundos, na doação de bens essenciais e alimentares ou na preparação de refeições a doar. In “Bom dia Europa” - Luxemburgo
Também no jornal Público: "Carta Aberta ao Presidente de Moçambique"
Excelentíssimo
Senhor Presidente de Moçambique
Caríssimo Engº Filipe Nyusi
Como certamente vai sendo
informado, a gravíssima situação vivida no norte de Moçambique tem tido algum
eco mediático em Portugal – ainda que muito distante do eco que deveria ter,
tratando-se de um país irmão. Há ainda, com efeito, uma significativa maioria
de pessoas em Portugal que olha assim para Moçambique, como um país irmão, e
que está genuinamente preocupada com o que está a acontecer.
Temos também acompanhado
algumas negociações diplomáticas, nomeadamente entre Moçambique e Portugal, e
estamos informados da vossa posição de princípio: de que apenas militares
moçambicanos se envolvam, directamente, na resolução do conflito armado em
curso.
Compreendemos essa vossa
posição de princípio: é sempre melindroso, para qualquer país, assumir que os
seus recursos próprios, por si só, não são suficientes. Mas consideramos que,
face à escalada da situação, essa posição de princípio se torna cada vez menos
sustentável. Para mais, Moçambique não seria o primeiro país soberano a
fazê-lo. Nem, a fazê-lo, será decerto o último. O nosso comum país irmão,
Timor-Leste, como sabe, só com ajuda externa conseguiu libertar e pacificar o seu
território.
Compreendemos igualmente a
vossa particular relutância em aceitar o envolvimento directo de militares
portugueses na resolução do conflito armado em curso. Como ex-potência
colonial, esse eventual envolvimento directo poderia, de facto, ser equivocamente
entendido como uma tentação neo-colonial por alguns moçambicanos, por mais que,
como é do vosso conhecimento, não seja, de todo, esse o espírito que anima as
autoridades portuguesas, a começar pelo nosso reeleito Presidente da República,
Marcelo Rebelo de Sousa.
Como já o ouviu de viva voz, o
nosso Comandante Supremo das Forças Armadas assume Moçambique como a sua “segunda
Pátria”. O mesmo acontece, como nós próprios o podemos testemunhar, com muitos
outros portugueses. E em nenhuma circunstância, podemos assegurá-lo, tal assunção
decorre de uma tentação neo-colonial, por mais que exista, nalguns casos, algum
(justo) ressentimento pela forma (caótica) como decorreu a descolonização. Mas
isso, para a significativa maioria que em Portugal olha para Moçambique como um
país irmão, são, realmente, “águas passadas”. Não há ninguém em Portugal, no
seu juízo perfeito, que alimente qualquer tentação neo-colonial.
Se, ainda assim, considerar que o envolvimento directo de militares sob a bandeira portuguesa pode ressuscitar alguns “fantasmas”, tome por favor em consideração a seguinte proposta: aceite uma força militar sob a bandeira da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). Estamos certos de que não será difícil de a constituir rapidamente, sendo que, como também se verificou em Timor-Leste, é essencial que as forças militares no terreno falem a mesma língua que as populações locais. Por tudo isso, esta parece-nos ser pois a solução ideal, que deixamos, respeitosamente, à vossa consideração.
Com as mais fraternas saudações lusófonas,
Renato Epifânio
Presidente
do MIL: Movimento Internacional Lusófono
Declaração MIL sobre a situação na província moçambicana de Cabo Delgado
