MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Desde 2008, "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Colecção Nova Águia: https://www.zefiro.pt/category/zefiro-nova-aguia
Outras obras promovidas pelo MIL: https://millivros.webnode.com/
"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)
A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)
Agostinho da Silvadomingo, 23 de outubro de 2022
domingo, 20 de outubro de 2019
segunda-feira, 30 de outubro de 2017
Prefácio de Adriano Moreira à "Via Lusófona II"
sexta-feira, 1 de maio de 2015
domingo, 16 de novembro de 2014
domingo, 1 de setembro de 2013
A função social dos intelectuais na atualidade – abordando a tese ideológica de Vasco Graça Moura
quarta-feira, 26 de junho de 2013
A Águia (revista 1910-1932) como fonte de inspiração da Nova Águia (revista 2008-2013) – nº 11, 1º semestre de 2013
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domingo, 24 de fevereiro de 2013
De Adriano Moreira, para a NOVA ÁGUIA nº 11
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
sábado, 8 de setembro de 2012
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
segunda-feira, 30 de julho de 2012
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Renato Epifânio, Presidente do MIL, durante o discurso justificativo da atribuição da distinção Personalidade Lusófona 2012
Renato Epifânio, Presidente do MIL, no discurso justificativo da distinção
24.02.2012, Sociedade de Geografia de Lisboa



Fotos: Renato Epifânio, Presidente do MIL, durante o discurso justificativo da atribuição da distinção Personalidade Lusófona 2012, Sociedade de Geografia de Lisboa, ©Jesus Carlos/MIL, 24 de Fevereiro de 2012.
Professor Adriano Moreira agradecendo a distinção que lhe foi conferida, de Personalidade Lusófona 2012
24.02.2012, Sociedade de Geografia de Lisboa

Foto: Professor Adriano Moreira agradecendo a distinção que lhe foi conferida, de Personalidade Lusófona 2012, Sociedade de Geografia de Lisboa, ©Jesus Carlos/MIL, 24 de Fevereiro de 2012.
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Movimento Internacional Lusófono - breves considerações

O Movimento Internacional Lusófono é um movimento cultural e cívico com mais de 10.000 aderentes de todo o espaço linguístico português. Constituiu-se juridicamente como organização oficial no dia 15 de Outubro de 2010, embora já existisse anteriormente como um espaço de liberdade das sociedades civis da CPLP. O Movimento é composto estatutariamente por uma Direção, uma Assembleia Geral, um Conselho Fiscal e um Conselho Consultivo que reúne quase cem membros. Existem quase duas dezenas de membros honorários que sendo figuras prestigiadas subscrevem os objetivos do MIL.
O MIL tem promovido sessões culturais, como as que vão acontecer durante este ano na Biblioteca Municipal de Sesimbra, e tem subscrito diversas moções, promovido inúmeros debates públicos, recolhido livros e distinguido Personalidades Lusófonas com um Prémio simbólico no intuito de estreitar as relações afetivas, sociais, culturais, institucionais, políticas e económicas entre os países falantes da Língua Portuguesa. Este ano o MIL vai distinguir o Professor Doutor Adriano Moreira com o Prémio Personalidade Lusófona do ano de 2011 numa cerimónia pública que se realizada na Sociedade de Geografia de Lisboa.
Os fundamentos desta agremiação estão nas raízes históricas lusófonas que temos procurado investigar em vários autores[1], no pensamento generoso e visionário de Agostinho da Silva que sustentava no século XX a necessidade de se constituir uma União Lusófona. Estes alicerces culturais vieram a tornar possível a CPLP em 1996, que no ano passado comemorou os seus 15 anos de vida. O Presidente do MIL, Renato Epifânio, escreveu um livro “A Via Lusófona – um Novo Horizonte para Portugal”[2] que nos apresenta com muita clareza e lucidez esta estratégia que a Pátria deve seguir, tendo feito sobre este livro uma breve recensão no meu blogue: “A VIA LUSÓFONA: UM NOVO HORIZONTE PARA PORTUGAL” - RECENSÃO CRÍTICA DO LIVRO DE RENATO EPIFÂNIO
A CPLP como instituição intergovernamental, o Prémio Camões como um reconhecimento literário a autores que têm enriquecido a Língua Portuguesa, a revista “Nova Águia” como uma publicação que tem abraçado o espírito lusófono nos seus conteúdos e nos locais em que se tem apresentado, a Associação Médica Internacional que tem valorizado a assistência humanitária aos países irmãos, a Universidade da Integração da Lusofonia Afro-Brasileira e a Ciber Rádio Internacional Lusófona têm constituído parceiros insubstituíveis para consolidarem os laços culturais e afetivos de povos que a História tem vindo a aprofundar. Não quero deixar de mencionar a Academia Galega de Língua Portuguesa que foi reconhecida como Observador Consultivo da CPLP, apesar da posição do atual Executivo português.
Contam-se como membros honorários do MIL figuras prestigiadas da Comunidade Lusófona como sejam: Fernando Nobre como seu presidente honorário e Abel de Lacerda Botelho, Adriano Moreira, Amadeu Carvalho Homem, António Braz Teixeira, António Carlos Carvalho, António Gentil Martins, Dalila Pereira da Costa, Elsa Rodrigues dos Santos, Fernando dos Santos Neves, João Ferreira, José Manuel Anes, Lauro Moreira, Manuel Ferreira Patrício, Pinharanda Gomes e Ximenes Belo como sócios honorários que muito prestigiam, pelos seus relevantes serviços públicos, esta nossa Agremiação.
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa constituída por oito países (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) formou-se para estimular a cooperação a diversos níveis e a defesa da Língua e da Cultura Portuguesa que tem sido enriquecida com a criativa genialidade dos autores e dos povos do espaço lusófono que transcende a contingência formal dos Estados como nos ensinou o brilhante filólogo Luís Lindley Cintra.
O MIL conta hoje em dia com um site oficial, um blogue e canal de vídeos que recolhe o testemunho de personalidades e de debates públicos que tem promovido. A sede do MIL localiza-se em Lisboa, mas como membro do Movimento congratulo-me com abertura de um novo núcleo no Porto. Aguardo com grande curiosidade o livro “Convergência lusófona (2008-2012) – As posições do MIL: Movimento Internacional Lusófono”, coordenado por Renato Epifânio.
Nuno Sotto Mayor Ferrão
Publicado originalmente em Crónicas do Professor Ferrão
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
A UNIVERSALIDADE DA IGREJA E A VIVÊNCIA DO MULTICULTURALISMO

Sem esquecer, como consta do Roteiro de Vasco da Gama, que, quando à chegada a Calicute perguntaram de terra “o que vinham lá fazer”, um marinheiro lúcido respondeu que vinham em busca de “cristãos e especiarias”.
Adriano Moreira
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Adriano Moreira: Personalidade Lusófona de 2011

Recordamos os anteriores premiados: Embaixador Lauro Moreira (2009) e Bispo Ximenes Belo (2010).
A sessão pública de entrega do Prémio decorrerá no dia 24 de Fevereiro, na Sociedade de Geografia (Lisboa), às 17h.
MIL: Movimento Internacional Lusófono
http://www.movimentolusofono.org/
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Cabo Verde distingue Adriano Moreira

Ao Ciência Hoje (CH), o professor universitário português revela que se sente honrado com a escolha da instituição. «Sempre mantive o maior interesse por Cabo Verde, visitei todas as ilhas, guardo amigos que muito estimo, participei em iniciativas conhecidas a favor dos interesses do país. Sinto-me honrado por cabo-verdianos académicos me quererem no seu grémio de investigação e ensino”, afirma.
Adriano Moreira tem uma ligação «especial» à Universidade do Mindelo. Trata-se de algo que «resulta do conhecimento que aprofundei dos seus responsáveis e de alguns pareceres de experiência que trocamos», explica. Para além de ainda ensinar e fazer investigação na Universidade Católica de Lisboa e no Instituto de Estudos Superiores Militares, actualmente o octogenário preside o Instituto de Altos Estudos da Academia das Ciências de Lisboa e o Conselho Geral da Universidade Técnica de Lisboa. A 7.ª Edição da «Teoria das Relações Internacionais», uma das suas várias obras, foi publicada há cerca de quinze dias.
Para Albertino Graça a atribuição do 1º título Honoris Causa Cabo-verdiano «representa, desde logo, o sinal da maturidade da Academia em Cabo Verde». Ao CH, o reitor da Universidade do Mindelo explica que depois de uma fase de arranque, em que se poderia falar de infância do ensino universitário cabo-verdiano, iniciou-se agora uma fase de crescimento e de maturidade. «Estamos como que a deixar a adolescência do ensino universitário para entrar na sua idade adulta, que certamente se prolongará por muito tempo», afirma.
Em concreto para a Universidade do Mindelo, o responsável diz que a atribuição do 1º título Honoris Causa significa a capacidade de «reconhecer a grandeza dos outros, daqueles que se destacaram por incontestável mérito próprio». Mas também traduz o «reconhecimento da Universidade por parte daqueles que aceitaram participar nesta distinção». Trata-se de um «momento alto no processo de afirmação e de prestígio internacional da Universidade do Mindelo, designadamente no espaço lusófono», sublinha.
Adriano Moreira foi escolhido para receber a distinção «pelo seu próprio mérito ao cume do prestígio científico, em diversos países, particularmente nos países de língua portuguesa», refere Albertino Graça. Para o reitor, este investigador é um dos «sábios de Portugal, unanimemente reconhecido por pessoas de todas as cores políticas». Mais: «É um autor consagrado, intensivamente estudado pelos alunos de dois cursos diferentes na própria Universidade do Mindelo e em muitas outras universidades». E também «um humanista e um democrata».
O responsável sublinha que foi por iniciativa de Adriano Moreira que foi abolido o Estatuto do Indigenato. «Como explico numa obra a publicar brevemente, foi por sua iniciativa que nos anos 60 foram criadas as duas primeiras universidades na África lusófona», diz.
Adriano Moreira é um «amigo sempre próximo» de Cabo Verde, a «personalidade europeia mais influente que desde há muito tem defendido consistentemente o alargamento da União Europeia ao nosso país», afirma Albertino Graça.
Para além de todas estas razões, o reitor da Universidade do Mindelo tem ainda uma outra: «Na sua infância, ainda enquanto IESIG, a hoje Universidade do Mindelo foi visitada pelo Senhor Professor Doutor Adriano Moreira, em cerimónia pública onde o agora homenageado, sem nada pedir em troca, aceitou associar o enorme prestígio da sua autoridade académica e científica a uma iniciativa académica. Ao fazê-lo emprestou um pouco do seu prestígio a uma instituição de ensino superior ainda a dar os primeiros passos, revelando assim confiar na respectiva afirmação como universidade e como centro de ensino, investigação e cultura superior».
Fonte: Notícias Lusófonas
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
O pensamento de Adriano Moreira de 1961 a 1963 como Ministro

Adriano José Alves Moreira[1] foi nomeado como independente por António de Oliveira Salazar em 1961 para a pasta do Ultramar. Teve neste cargo uma intensa actividade legislativa em que se destacaram o Código do Trabalho Rural, a extinção do Estatuto do Indigenato e o desenvolvimento das estruturas de ensino nos territórios ultramarinos que visitou com uma grande aclamação popular[2]. Em fins de 1962 defendendo a autonomia progressiva das colónias entra em divergência profunda com o Presidente do Conselho de Ministros que não aceita a continuação desta sua estratégia reformista da política ultramarina por achar que isso o colocava em causa, tendo Adriano Moreira, numa destas reuniões desavindas, dito a António de Oliveira Salazar: “Acaba de mudar de ministro”[3].
No contexto da guerra colonial, que se desencadeou em Angola em 1961, Adriano Moreira foi obrigado pela força das circunstâncias históricas e das suas convicções em prol da Defesa dos Direitos Humanos a revogar o Estatuto do Indigenato e a atribuir a cidadania a todos os habitantes do império ultramarino português. Se tivermos em conta que em 1953 com a Carta Orgânica das Províncias Ultramarinas se previa a transitoriedade do Estatuto do Indigenato, que o sistema luso-tropicalista apontava para o sentido da igualdade na troca das relações culturais entre colonizador português e o colonizado e que o agudizar das tensões entre colonos e autóctones impunha uma medida que contribuisse para a pacificação do espírito insubmisso dos naturais dos territórios africanos compreende-se esta decisão política.
Em suma, esta medida pode equiparar-se à resolução do Imperador Caracala no Império Romano em 212 d.C. ao decidir integrar no estatuto de cidadania todos os habitantes livres do império para apaziguar revoltas em algumas províncias mais contestatárias da autoridade romana. Assim, uma vez que já estava consagrado o princípio da tendência do igual tratamento a dar a colonizadores e a colonizados como ideologia do luso-tropicalismo e a lei geral a explicitava impunha-se perante a premência dos acontecimentos de sublevação nas províncias Africanas e da sua sensibilidade em relação aos Direitos Humanos a tomada desta decisão.
Nuno Sotto Mayor Ferrão
Publicado com documentos complementares em Crónicas do Professor Ferrão
[1] O retrato apresentado, do Professor Doutor Adriano Moreira, figura na galeria dos antigos Presidentes da Sociedade de Geografia de Lisboa.
[2] César Oliveira, “Adriano José Alves Moreira”, in Dicionário de História do Estado Novo,vol. II, Lisboa, Editora Bertrand, 1996, pp. 628-629.
[3] Entrevista ao Expresso, 22.01.08.