"Após fracassos sucessivos (...) surgiu finalmente o Plano Real, que representou uma verdadeira revolução positiva para a economia do Brasil: estrangulou a inflação, valorizou a moeda, atraiu crescentes investimentos estrangeiros, aumentou a produtividade, elevou os salários e colocou o Brasil nos rumos adequados que até hoje vem seguindo. A famigerada dívida externa, responsabilizada em grande parte pelos estragos causados, foi renegociada e recomposta."
Lauro Moreira
Sem este trabalho - realizado com tanto sucesso em finais da década de 80 e começos da década de 90 - não seria hoje possível ser a dinâmica e robusta economia mundial que hoje é. Portugal deve saber seguir o exemplo do seu irmão atlântico e fazer assentar a sua recuperação também nestes mesmos dois pilares: a Moeda e a Dívida.
Boa parte dos graves problemas de competitividade das nossas exportações resultam da adoção forçada de uma moeda demasiado forte, decalcada a partir do Marco alemão (com todas as suas especificidades) e que além de ter feito disparar os preços de muitos artigos essenciais no próprio dia da sua adoção em 1 de janeiro de 2006, aumentou drástica os preços das nossas exportações, abrindo espaço à China e aos seus múltiplo Dumpings. Atualmente, e perante a crise da Dívida Soberana dos países do sul da Europa muitos norte-europeus recomendam a expulsão dos PIIGS (Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha)
2 comentários:
Cuidado! No meio está a virtude...
Leia-se bem, o Brasil só entrou nos eixos quando VALORIZOU a sua moeda, até hoje... Embora muitos digam isso constituir um problmea foi assim que ele teve sucesso, até agora...
Embora seja um lusofônico convicto, e acredite que Portugal pudesse prescindir, num bom grau, da Europa, estou persuadido de que, muito provavelmente, se Portugal não estivesse na UE e estivesse sozinho, estaria pior... Entre outras coisas a importação cara significaria inovação lenta. Quer dizer, muito dependeria das políticas adoptadas, mas acho que o descontrolo seria ainda maior, como foi na primeira república...
Para mim há falta confiança e excesso de otimismo nos governantes. Confiança não é acreditar em si e ser otimista, esperar que tudo corra bem. Confiança é preparar as coisas de forma a poder acreditar que os outros irão superar-se quando as coisas correrem mal. "A confiança nasce do uso construtivo do pessimismo"
Hoje no Globo News, ouvi um professor de economia dizendo algo interessante:
"Está provado que nenhuma economia forte sobrevive por longo tempo com uma moeda fraca"
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