Rainha N'Jinga a M'Bande Ya N'Gola Kiluange Kya Samba, nascida em Cabassa (actual Caculo Cabassa), no ano de 1583 na Matamba e falecida aos 17 de Dezembro de 1663 foi uma Soberana do Reino do N'Gola e da Matamba durante o Século XVII.
Ela, segundo reza a historia de Angola, foi a primeira Soberana da Antiguidade a chefiar uma memorável Embaixada que negociou a assinatura de um Tratado de Paz com o Governador Português em Luanda, João Correia de Sousa no ano de 1621, destinado a interdição da captura de escravos por parte dos Portugueses.
N’Jinga prepara um séquito numeroso e com todos os atributos da sua condição de princesa faz-se anunciar em Luanda.
Os portugueses vão recebê-la como uma verdadeira rainha, com tropas perfiladas e descargas de mosquetes, sendo-lhe dada hospedagem e casa condigna.
No dia marcado para a audiência, N’Jinga, acompanhada do seu séquito, dirige-se à casa do governador. Entrou para a sala onde este ainda se não encontrava e, num relance percebe que na sala só havia uma cadeira e duas almofadas de veludo franjadas a ouro sobre um tapete.
De imediato, a perspicaz N’Jinga percebe que pode ficar em desvantagem. Ficar de pé perante um homem sentado.
Ordena a uma das suas escravas que se dobre e lhe sirva de assento e é assim sentada que vai encarar o governador, de igual para igual.
[...]
Uma última exigência por parte dos angolanos era a devolução dos escravos. Aqui os portugueses não puderam prometer que cumprissem, porque era um negócio que envolvia muita gente, mas mostraram boa vontade para o problema.
À despedida, o governador, reparando que a escrava se mantinha acocorada na posição de assento, perguntou à altiva N’Jinga porque não a manda levantar, ao que a sobranceira guerreira angolana terá respondido: “Já não preciso dela, nunca me sento duas vezes na mesma cadeira!”
[...]
(Sem dúvida, a) Ler Mais...
2 comentários:
No outro dia, na revista do "Público", vinha um panegírico à senhora: parece que era muito sexualmente emancipada...
Muita! Como todo o monarca que governou com poder absoluto!...
P. S. E está um texto sumamente cretino destes publicado por uma embaixada como orgulho angolano!... Incrível.
Ou talvez não. A verdade é que quem governa Angola pouco sabe de África, a historiografia, a antropologia e a geografia quase desapareceram em Angola...
E publica-se esta merda - não tem outro nome - como se fosse quase uma luta contra a escravatura... será isso? Quando o «problema dos escravos» da Rainha N'Jinga era igual ao problema das vacas: negócio.
Etc, o resto da incongruência percebe-se, mas não se pode deixar de frisar que sentados em cima da «cadeira» do povo Angolano estão as novas «rainhas N'Jingas» que por lá andam, e que também para cá andam, a comprar apartamentos de 1 milhão de Euros (e mais), que forram a peles de animais, e nas casas de banho mandam embutir diamantes nas paredes junto aos jacuzzi! (e não li isto no jornal!)
E o seu cartão de crédito são molhos de dollars e de euros enrolados em elásticos!!
Volta, Godfather, estás perdoado!...
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