TEOREMA TRANSNACIONALISTA
TESE: Num quadro político futuro, em que toda a geo-estratégia será decidida pelos factores da quantidade de população, do tamanho dos territórios nacionais e do acervo de recursos económicos disponíveis – as alianças entre Estados de pequeno e médio tamanho serão a única possibilidade de sobrevivência destes.
Corolário: Primado do Estado imperial sobre os Estados anárquicos.
ANTÍTESE: O nacionalismo manifestar-se-á como uma velharia do museu da História, a apequenar os Estados que nele se enclausurarem.
Corolário: Primado da nação sobre o Estado.
SÍNTESE: Somente as nações capazes de produzir cidadanias transnacionais conduzirão o rumo da História.
Corolário: Primado da cidadania civilizacional sobre as cidadanias nacionais.
K. N.
Também publicado no blogue Crónicas da Peste.
11 comentários:
Gostei bastante. Só falta o adjectivo: lusófono...
Abraço MIL
Mais tarde...
Ando a aproveitar a «bloguice» para estruturar as ideias - as quais, ultimamente estão a gerar «atalhos»...
Ando a «amassar» o Agostinho, o Gilberto Freyre, o Adriano Moreira, António José de Brito, Matthieu Baumier, Fernando Pessoa, Teixeira de Pascoaes, Eduardo Lourenço, António Telmo, Deepak Lal, António de Spínola e Karl Marx... :)... e mais uns quantos.
Abraço MIL
P. S. Antes que venham os patrioteiros moer-me a cabeça: eu adoro o Marx... foi ele que me salvou de ser comunista... :)
em Síntese:
BRILHANTE!
Se não perdermos a esperança, encontramos sempre uma luz...
Beijinhos. Feliz Natal!
Exacto, totalmente de acordo. E ofereço-me para ajudar no Marx ;)
Abraço!
Um ponto fundamental, a meu ver (espero desenvolver isto): o império opõe-se à indiferenciação, na condição de que se sustente na igualdade.
PS. Dita ou entendida 'de certa forma', esta afirmação (a minha) pode ser lida como puramente fascista (ou, em rigor, totalitária). É precisamente para que o não seja nem o possa ser que o conceito de 'império' anda necessariamente a par do de 'cidadania imperial'. E esta, que parece a parte mais fácil, não o é.
Tens que ler o Deepak Lal...
POSTURA NO FUTURO
“Espaço é poder” - Friedrich Ratzel
O território físico sempre teve grande influência sobre os destinos dos estados… Assim, por exemplo, nações dispondo de espaço compacto – em contraste com as que possuem território alongado ou fragmentado – mantêm fronteiras menores e, assim, ocorrerão menos conflitos com os vizinhos e serão melhores as condições para defesa militar, o desenvolvimento econômico e a unidade interna. Grandes territórios geralmente se traduzem em uma exagerada projeção de poder, porque tais países frequentemente dispõem de mais recursos, população, mobilidade defensiva e melhor liderança.
A maioria das fronteiras é inerentemente instável e se assemelha “à pele de um órgão em crescimento”. A esse respeito, cita Ratzel: “Uma fronteira real de um Estado é sempre o resultado de uma fase de sua evolução”, sublinhando as palavras “de uma fase”.
“O estabelecimento de fronteiras… é um ato de vontade individual ou coletiva” (sublinhando “é um ato de vontade”). Everardo Backheuser
Geopolítica é “uma indicação de soluções políticas condicionadas pelas realidades e necessidades geográficas”. É a aplicação da política no espaço geográfico. Em outro trecho ele escreve: “O território condiciona a vida de um estado e limita suas aspirações… A geografia condiciona, torna difícil, inspira, estimula e finalmente apresenta um desafio. Ela força um grupo humano a reagir às condições geográficas.
Gen.Meira Mattos.
Somente a continuidade de um robusto Plano de Desenvolvimento Econômico e Social, executado com vontade política inquebrantável, nos proporcionará meios, anímicos e materiais, para prosseguir, com êxito, na busca das grandes metas estratégicas.
Idem
“O estabelecimento de fronteiras… é um ato de vontade individual ou coletiva” (sublinhando “é um ato de vontade”). Everardo Backheuser
Meira Mattos conclui este tema apresenta “um quociente de Pressão Demográfica” População do Estado A Qp = População do Estado B
Estas novas teorias: globalização, construtivismo, e transnacionalismo, mas não são do que o ressuscitar dos velhos ideias do iluminismo do sec.XVIII, onde o comercio pasa a ser um factor primordial e que suplanta o pael do estado, tornando-os vazios de tarefas. Nada de novo.
não percebi a sua ideia, rogério.
Enviar um comentário