Colocar redes tratadas em portas e janelas provou ser uma alternativa à pulverização residual interna e reduz a dependência de inseticidas químicos.
Redes nas portas e janelas
Algumas famílias consideram a iniciativa, um contributo valioso no controle de vetores da malária. Na localidade de Matuba, no distrito de Chóckwe na província de Gaza, já há relatos do sucesso da implementação da iniciativa.
Stefina Mocuvele, 62 anos, lembra que antes de colocarem as redes nas portas e janelas, na época do surto da malária, os netos estavam sempre doentes. Ela lembra que tinha que percorrer cerca de 10 km para acompanhar o neto de seis anos ao hospital.
O sucesso no controlo da malária em Moçambique conta com a intervenção da comunidade científica que desenvolveu uma nova vacina em 2021. As campanhas direcionadas também contribuem para a redução dos casos da malária.
Desafios e aceitação
Moçambique viu uma queda anual de 11% nos casos a partir de 2020 (mais de 11,3 milhões) para 2021 (10,6 milhões). Apesar dos esforços do governo e parceiros, o país continua entre os quatro primeiros de 11 nações consideradas com maior incidência da malária.
Persistem desafios no uso correto de redes mosqueteiros e a aceitação pela população na pulverização residual interna.
Dados do relatório global da OMS indicam que cerca de 95% dos estimados 228 milhões de casos relacionados à malária e 600 mil mortes registadas em 2021 ocorreram na região africana. O relatório indica que 55% de todos os casos e 50% das mortes em todo o mundo são apenas de seis países da África, incluindo Moçambique. Ouri Pota – Moçambique ONU News
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