Segundo o noticiado em vários órgãos de comunicação social, há uma polémica em curso em torno da atribuição do nome de Fernando Pessoa a uma proposta de um Programa Erasmus para o espaço da Lusofonia, polémica que deriva de algumas posições menos “ortodoxas” (para dizer o mínimo) do autor da “Mensagem” sobre a escravatura. Não entrando nessa polémica, esperamos apenas que, como muitas vezes acontece entre nós, o superficial (o nome) não ponha em causa o fundamental, que é, neste caso, a concretização desta ideia que temos defendido deste sempre. Se o nome de Fernando Pessoa é polémico, propomos então o de Agostinho da Silva, decerto bem mais consensual e, neste caso, mais justo, não tivesse ele reiteradamente defendido em vida o “passaporte lusófono”. Tendo consciência que esse sonho não se poderá ser realizável no imediato, esperamos que neste ano de 2019 se dêem passos concretos nesse sentido. E esta proposta de promover a circulação de estudantes no espaço lusófono (não devendo o programa, a nosso ver, limitar-se aos países da CPLP: Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) será decerto um excelente passo – e uma excelsa forma de homenagear Agostinho da Silva, nos 25 anos do seu falecimento.
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Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)
A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)
Agostinho da Silvasexta-feira, 15 de março de 2019
Também no Jornal Público: "Declaração MIL sobre o Programa Erasmus Lusófono"
Segundo o noticiado em vários órgãos de comunicação social, há uma polémica em curso em torno da atribuição do nome de Fernando Pessoa a uma proposta de um Programa Erasmus para o espaço da Lusofonia, polémica que deriva de algumas posições menos “ortodoxas” (para dizer o mínimo) do autor da “Mensagem” sobre a escravatura. Não entrando nessa polémica, esperamos apenas que, como muitas vezes acontece entre nós, o superficial (o nome) não ponha em causa o fundamental, que é, neste caso, a concretização desta ideia que temos defendido deste sempre. Se o nome de Fernando Pessoa é polémico, propomos então o de Agostinho da Silva, decerto bem mais consensual e, neste caso, mais justo, não tivesse ele reiteradamente defendido em vida o “passaporte lusófono”. Tendo consciência que esse sonho não se poderá ser realizável no imediato, esperamos que neste ano de 2019 se dêem passos concretos nesse sentido. E esta proposta de promover a circulação de estudantes no espaço lusófono (não devendo o programa, a nosso ver, limitar-se aos países da CPLP: Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) será decerto um excelente passo – e uma excelsa forma de homenagear Agostinho da Silva, nos 25 anos do seu falecimento.
8 comentários:
Saudações!
Subscrevo salvo Guiné que deverá ser Guiné-Bissau.
Abraço,
JLQ
Concordo.
também mostro-me favorável, apenas recomendo re-escrever o trecho " o superficial não ponha em causa o fundamental", para que, num mundo polarizado como o hodierno, não haja interpretações que leiam o texto como dizendo que a questão da escravatura seja superficial.
Concordo 100% com a proposta do nome de Agostinho da Silva, bem como com a localização em África.
Luísa Borges
Muito bem - correcções feitas:
1) ficou (ainda mais) claro que "o superficial" tem a ver com o nome e não com a questão da escravatura;
2) acrescentou-se "Bissau" à referência de Agostinho da Silva à Guiné...
Abraço MIL
Renato Epifânio
Concordo no geral com o texto e as correções sugeridas.
Quanto à escravatura ainda bem que acabou mas faz parte do nosso passado. Há que aceitá-la. Como se aceita as maneiras antigas de se vestir ou comportar.
Continuo é farta desta insistência em ver o passado com os valores de hoje e o pouco que dele se conhece, hoje.
No passado viveu-se em mundos diferentes. Só quem lá esteve ou muito estudou acerca dele, o pode entender.
O passado passou e pronto.
Só se consegue viver no presente olhando com confiança o futuro, depois de se ter incluído amorosamente o passado. Neste caso um passado comum.
Como fui naturopata tenho deformação profissional. Quem fica preso ao passado mostra sintomas de prisão de ventre. Acumulação de passado tóxico, que nos envenena e cria ideias de... ;) Isso mesmo em que está a pensar. ;)
Portanto sugiro a quem se chateie e/ou se mostre muito sensível a questões do nosso ou do seu próprio passado, que experimente tomar uma purga, comer arroz integral ou fazer um hidrocolon.
Enfim, limpe a tripa.
Vai ver que até se começa a sentir bem e até talvez consiga ser feliz. ;)
Errata = como se aceitam...
Concordo com a homenagem a Agostinho da Silva, um nome de consenso sem dúvida.
Mariene Hildebrando-Presidente do Mil Brasil
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