Temos seguido com crescente preocupação o diferendo entre Portugal e Angola a respeito do julgamento de Manuel Vicente, ex-Vice-Presidente de Angola, percebendo as razões dos dois lados, desde logo a do Estado Português: havendo separação absoluta entre os Poderes executivo e judicial, o Governo não pode interferir no livre curso da Justiça.
MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Desde 2008, "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Colecção Nova Águia: https://www.zefiro.pt/category/zefiro-nova-aguia
Outras obras promovidas pelo MIL: https://millivros.webnode.com/
"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"
Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)
A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)
Agostinho da Silvaquarta-feira, 21 de fevereiro de 2018
Entre Portugal e Angola (por extensão, entre toda a CPLP)
Temos seguido com crescente preocupação o diferendo entre Portugal e Angola a respeito do julgamento de Manuel Vicente, ex-Vice-Presidente de Angola, percebendo as razões dos dois lados, desde logo a do Estado Português: havendo separação absoluta entre os Poderes executivo e judicial, o Governo não pode interferir no livre curso da Justiça.
4 comentários:
As democracias não são todas iguais, como bem se sabe.
Assinar acordos e depois não os cumprir é mais uma maneira de dificultar o entendimento entre os países. Não me parece que a separação dos poderes esteja aqui posta em causa. Custa-me um pouco ouvir os portugueses dizer que não podem confiar na justiça angolana, ou na de Moçambique, ou do Brasil... entenda-se que esses países pensam exactamente o mesmo de nós. Os países lusófonos ou funcionam em reciprocidade, respeitando-se mutuamente e cumprindo os acordos que subscrevem entre todos, ou então, nada feito. O discurso do colonizador e colonizado continuará a imperar e os acordos continuarão a ser apenas letra morta e papel envelhecido.
De uma forma clara Portugal deve cumprir os acordos, enviar os processos e abster-se de proferir juízos de valor. O que fizerem com eles, é responsabilidade desses estados que tal como o nosso são soberanos.
cumps
a manso
Artur Manuel Sarmento Manso
Nasceu no Outono de 1964 na aldeia transmontana de Izeda. É licenciado em Filosofia - Ramo Educacional, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (1994). É Mestre (1998) e Doutor (2007) em Educação na área de conhecimento de Filosofia da Educação, pela Universidade do Minho. É professor auxiliar do Departamento de Pedagogia do Instituo de Educação e Psicologia onde desenvolve investigação nas áreas da Ética e da Estética da Educação, bem como do pensamento pedagógico-filosófico português do século XX. A maior parte da sua obra divide-se pelas áreas atrás mencionadas, destacando-se os livros Agostinho da Silva - Aspectos da sua vida, obra e pensamento (2000); Do amor... que não existe - ensaio sobre o amor inútil (2002); Agostinho da Silva. 1906-1994 (2004); Filosofia educacional na obra de Agostinho da Silva (2007); Para uma educação estética (2008) e os artigos científicos de Manuel Laranjeira: notas para uma pedagogia da regeneração nacional (2002); Formação de elites ou educação do povo. Confronto em torno da ideia de universidade e dos objectivos da Universidade Popular do Porto em 1912? (2002); Jaime Cortesão e as Universidades Populares da Renascença Portuguesa (2003); Orlando Vitorino e a (re)organização do ensino em Portugal (2004); Breves notas sobre a teoria estética e artística de Amorim de Carvalho (2004); O projecto de reforma do ensino superior no Movimento da Renovação Democrática (1932) (2005); José Marinho: elementos para uma filosofia da educação (2005); Da necessidade de uma educação estética: contributo para uma nova abordagem existencial (2006); "Duas meditações de pendor especulativo sobre educação e formação profissional" (2006); Nacionalismo e patriotismo no jovem Agostinho da Silva (2007). M. A. Ferreira Deusdado: uma visão particular da mulher e da sua educação na transição do século XIX para o século XX (2007). Escola democrática e sucesso escolar: uma perspectiva crítica? (2007).
Concordo plenamente com o Sr. Artur Manso.
Sem dúvida alguma, V. Exa. descreve com visão clara e inequívoca o que são os pilates das relações dos países que subscrevem acordos e os devem cumprir. Corroboro com suas ideias
Enviar um comentário