"Cada povo tem a sua idade divina, período de formação; uma idade heróica, período de aspiração, e uma idade humana, dramática, real."
Teófilo Braga, citado em
Nova Águia, número 6
Estas idades - aqui delineadas por este ilustre republicano - podem ser utilizadas para estratificar o desenvolvimento de Portugal:
Idade Divina: dos heróis da Lusitânia, de Viriato ao 'estrangeiro" Sertorius. Dos mitos da fundação e do combate desigual, mas longo com a grande potência mundial do mundo de então.
Idade Heróica: dos Descobrimentos e da Expansão, de Vasco da Gama a Mouzinho, passando por Afonso de Albuquerque, Duarte Pacheco e tantos outros. Nem sempre providos do melhor dos comandos e quase sempre com escassos meios financeiros e humanos, esta sucessão de heróis abnegados e capazes dos maiores sacrifícios em nome de um desígnio nacional ergueram as bases da vida nacional durante 400 anos.
Idade Humana: Este é o mundo contemporâneo. O mundo em que assistimos a um esvaziamento do mundo espiritual e de uma laicização que removeu o sentido às estruturas que serviram de base a todas as civilizações precedentes. É o mundo do Economicismo, em que o materialismo estéril e egoísta predomina, onde se descrê que exista algo mais além daquilo que é imediatamente palpável ou visível. É também esta a Idade que levou o Homem a um momento económico de ruptura e o clima até à beira da extinção da vida sob a Terra... Finda a qual arriscamo-nos a ter que somar a estas três idade de Teófilo Braga uma quarta, a Idade Pós-Humana...
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