Falando aos jornalistas, a propósito da situação da imprensa em Moçambique, na semana em que o órgão regulador comemora o 20º aniversário, o presidente do CSCS, Armindo Ngunga, considerou ter havido “excesso” do uso da liberdade de imprensa desde a introdução da lei.
“O que houve (nos últimos 20 anos) foi a violação sistemática da lei de imprensa”, aliás, “o desconhecimento ditou muitas vezes a sua violação e houve excesso nalguns partes, seja excesso do uso de liberdade de imprensa (por parte dos jornalistas), ou de zelo naqueles que deveriam manter disciplina em relação à matéria”, disse Armindo Ngunga.
“A falta de domínio profundo da lei deve ter propiciado” também o “degelo” na relação entre os jornalistas e o CSCS, porque “em algum momento, os profissionais da comunicação social não quiseram entender quais as contribuições do conselho”.
“Sentimos que há um certo degelo na nossa relação”, fruto da “falta de comunicação” entre os média e o órgão regulador, afirmou o responsável.
“Nós estamos a trabalhar no sentido que se crie uma confiança mútua, porque o conselho define os órgãos de comunicação social como seus parceiros. A nossa insistência é que a nossa relação tem que se fundar nessa base de complementaridade. É preciso que haja relação sã”, entre o CSCS e os média, defendeu.
Criado em Agosto de 1990, um ano antes da entrada em vigor da actual lei de imprensa, compete ao CSCS tomar medidas apropriadas face a situações de violação da lei cometidas pelos órgãos de comunicação social, e decidir sobre reclamações dos cidadãos, relativamente ao desempenho dos média.
Fonte: Notícias Lusófonas
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