Como se sabe, Fernando Nobre nasceu em Angola. E contou que muitos dos seus conterrâneos – não só de Angola, mas de todo o Ultramar – seguiam com muito interesse a sua candidatura porque, desde logo, o viam como “um dos seus”. Alguém que, finalmente, poderia superar esse estigma dos “portugueses de segunda”.
Mas “portugueses de segunda” não são apenas aqueles que nasceram no Ultramar. São também aqueles que, tendo nascido no território nacional, não têm as mesmas oportunidades do que “os outros”. Ou porque não têm o apelido certo, ou porque não militam em nenhum partido, etc., etc., etc.
Também desses “portugueses de segunda” Fernando Nobre poderá ser o candidato. Poderá, não – deverá.
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