Entre esses "desafios comuns", Xanana Gusmão destacou a necessidade de "rentabilizar as riquezas naturais [de cada um dos países] e diminuir a exploração das mesmas por terceiros" e a difusão dos "objectivos e marcos de referência para, de acordo com as realidades intrínsecas, alcançar o progresso ajustado às sociedades".
Para tal, o governante, que intervinha na sessão de abertura do encontro é também necessário "consciencializar os países desenvolvidos, o G8, das preocupações e necessidades [destes Estados] para assim garantir o [seu] próprio desenvolvimento".
"Através deste Fórum [podemos] passar uma mensagem para a comunidade internacional de que, apesar de sermos Estados frágeis, não estamos sozinhos e vulneráveis, mas antes, pelo contrário, fortalecidos por ideais e objectivos comuns", defendeu Xanana Gusmão.
A reunião dos Estados Frágeis ou, segundo a designação empregue pelos participantes, países "G7+", decorreu em Díli, a capital timorense.
O "G7" integra Timor-Leste, Afeganistão, República Central Africana, República Democrática do Congo, Haiti, Costa do Marfim e Serra Leoa.
Na reunião estiveram presentes apenas representantes da República Democrática do Congo e da Serra Leoa, embora o encontro tenha contado com a presença adicional de representantes do Burundi, Chade, Sudão, Nepal e Ilhas Salomão.
O chefe do Governo timorense incitou ainda os países presentes à "acção", para se coordenarem "mecanismos e sinergias de consulta" e partilharem "experiências, sucessos e insucessos".
Xanana Gusmão considerou ainda que Timor-Leste é "afortunado por fazer parte de uma região do mundo onde está actualmente o motor de arranque da economia a nível mundial" e declarou que, no contexto da actual crise financeira, este é um factor que dá "ânimo" para "impulsionar o próprio crescimento económico".
Também numa alusão a este encontro, o Presidente timorense, José Ramos-Horta, apelou hoje à comunidade internacional para evitar “o caminho mais curto”, os “atalhos” ao tratar de países frágeis em transição pós-conflito e alertou para o estigma que é a pobreza das populações, divulgou a Presidência, em comunicado.
3 comentários:
Caríssimo Renato,
Para além da justa proposta de Xanana Gusmão é importante não deixar cair a proposta do MIL de uma força humanitária de intervenção nos países frágeis como a Guiné-Bissau. Estas medidas são tanto mais importantes quanto no conexto de instabilidade político-militar neste país parece que a "Holding" - West Africa Mining - vai começar a explorar ouro a norte da Guiné-Bissau com o consentimento do Governo de Carlos Júnioe Gomes e, por isso, este deve ser o momento de agir para que se consiga que este recurso seja uma oportunidade desenvolvimento para o país e não mais uma fonte de conflitos.
Um abraço, Nuno Sotto Mayor Ferrão
www.cronicasdoprofessorferrao.blogs.sapo.pt
Caríssimo Nuno
Sem dúvida. Continuaremos atentos...
Abraço MIL
Ora, Nuno, eis uma informação interessante :)
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