"Tínhamos um acordo preliminar já em Janeiro e a apresentação desse programa para consideração do directório é uma decisão que iremos tomar nas semanas vindouras", afirmou o brasileiro Paulo Drummond, chefe da missão do FMI para a Guiné-Bissau.
O conselho de administração do FMI deveria ter reunido no passado dia 2 para debater e aprovar o apoio à Guiné-Bissau, mas a intervenção militar de dia 1 provocou o adiamento da reunião.
Na sequência daquela decisão enviou ao país uma missão para analisar a situação política na Guiné-Bissau.
"Como manifestei, tanto ao senhor Presidente da República, como ao senhor primeiro-ministro, um dos motivos da nossa missão à Guiné-Bissau foi exactamente, num momento de dificuldade, para virmos aqui dar o nosso apoio de forma a que o programa de reformas do Governo continue", disse.
"A missão que concluímos hoje na Guiné-Bissau está bastante encorajada com a determinação do senhor primeiro-ministro, do senhor ministro das Finanças de seguir em diante, levar a cabo a implementação do programa de Governo", referiu.
Paulo Drummond disse também que há "um consenso de que a estabilidade política é uma condição necessária para que o Governo tenha a habilidade, a capacidade, de seguir em diante e implantar o programa das reformas".
O responsável do FMI explicou que o "programa é muito importante porque permitirá ao Governo colocar as finanças públicas numa situação mais sólida e catalisar apoios orçamentais" para o país.
"É um programa também importante porque é o que abrirá caminho para um eventual alívio da dívida, que é um alívio da dívida significativo", acrescentou.
As autoridades guineenses pretendem apoio financeiro para o programa macroeconómico e de reformas estruturais ao abrigo do Instrumento de Crédito Alargado (ECF).
O ECF é um instrumento do FMI destinado aos países com poucos recursos.
Os empréstimos ao abrigo daquele programa têm uma taxa de juro de zero por cento até ao final de 2011 e não superior a 0,5 por cento nos anos seguintes.
Para obter o empréstimo, as autoridades guineenses tiveram que proceder ao saneamento das finanças públicas, tendo a última avaliação do FMI sido "satisfatória".
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