Creio que é digno de nota, talvez no rescaldo do sublime Invictus de Clint Eastwood - que demonstra como Nelson Mandela se esforçou para manter reunidos os dois filhos de uma mesma Pátria sob uma mesma bandeira após o fim do Apartheid - que o próprio Jacob Zuma, presidente da África do Sul, interveio garantindo que os assassinos serão severamente punidos. O mesmo Jacob Zuma que desautorizou o presidente da juventude partidária do seu partido e fez ilegalizar o hino por essa adoptado, extremamente racista para com os brancos, ao ponto do refrão apelar ao assassinato da minoria branca sul-africana.
Sucede que o assassinato do líder do Movimento de Resistência Afrikaner (movimento que enverga a famosa camisa castanha e defende a criação de um Estado autónomo, no seio da África do Sul, para a minoria branca) não se deveu a quaisquer razões políticas, deveu-se uma situação quase banal na actual crise: ordenados em atraso.
Exacto, o mítico líder separatista, que sobreviveu a penas de cadeia, tentativas de assassinato e a uma vida de terrorista, durante um curto período de tempo, foi assassinado na sua cama por dois funcionários da sua própria quinta aos quais devia uns quantos ordenados em atraso...
"Por mais razão que julgassem ter, não tinham o direito de lhe tirar a vida", consta do comunicado de repúdio emitido pelo presidente negro da África do Sul.
Permitam-me especular que quem tem funcionários, negros ou não, e não lhes paga, na prática não tem funcionários, tem escravos!
1 comentário:
Só não vejo o que tinha este gajo de 'mítico'... mas enfim, hoje é um mau dia para não perdoar aos imbecis. Possa a sua alma descansar, na paz que em vida negou a todos os homens.
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