A temática do nº 5 da revista “Nova Águia”, ‘Os 100 anos d’ ‘A Águia’ e a situação cultural de hoje’ (1º semestre de 2010), resulta duma abordagem multidisciplinar d’ “A Águia”, no momento em que se comemora o centenário do seu aparecimento (1910-2010). Esta revista reuniu importantes escritores, pensadores e poetas portugueses do início do século XX e tornou-se em 1912 órgão do movimento cívico e cultural da “Renascença Portuguesa”. Foi apresentada uma cópia da capa do número 1, de 1 de Dezembro de 1910, e evocada a premente necessidade de revalorizar o património cultural português no contexto do esboroamento das identidades culturais do nosso mundo Global.
Foram sucintamente enunciadas algumas das múltiplas questões que os colaboradores deste número levantaram e desenvolveram, em particular tendo sido destacadas as seguintes: a origem da revista “A Águia”, a situação cultural portuguesa no contexto mundial, a defesa da educação integral n’ “A Águia”, a relação entre Direitos Humanos e Cultura, as percepções lusófonas de Teixeira de Pascoais, Agostinho da Silva e António Vieira, as diferentes temporalidades e a crise moral de hoje, a poesia como fonte de inspiração do Homem, etc.
Procurou-se também, com base na pluralidade de conteúdos deste número, apresentar alguns paralelismos entre a situação cultural de hoje e a referente ao contexto pós-revolucionário em que a revista “A Águia” nasceu. Enfatizou-se, sobretudo, que a população actual embora alfabetizada sofre de uma profunda iliteracia impeditiva de uma intervenção cívica esclarecida devido ao excesso noticioso da sociedade da informação e à transversal incapacidade de interpretar sinais, enquanto na 1ª República a preocupação incidia em alfabetizar a população para a poder fazer aceder a novos patamares culturais. O professor Nuno Ferrão lembrou, ainda, nesta sessão de lançamento da “Nova Águia” que só com cultura se garantem verdadeiramente as liberdades, as capacidades criativas e a qualidade de vida dos cidadãos.
Nuno Sotto Mayor Ferrão
3 comentários:
Caloroso acolhimento, é o termo
Abraço MIL
Caríssimo Renato,
tens razão o termo talvez não tenha sido o mais acertado.
Um abraço Mil-itante, Nuno Sotto Mayor Ferrão
Ora essa, Nuno. O termo não podia ser mais justo!
Abraço MIL
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