"É preciso mais investimento e maior difusão da língua portuguesa, sobretudo dentro das comunidades locais e nos meios de comunicação social", disse o secretário de Estado da Educação e da Cultura de Timor-Leste.
Virgílio Smith disse que mais de 50 por cento da população timorense não fala português e pediu apoio dos outros membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para o "grande esforço" que o governo de Timor-Leste está a empreender neste campo.
Segundo Smith, o português deve ser ensinado juntamente com o tétum, a outra língua oficial do país.
Esta opinião é partilhada também pelo vice-ministro da Educação de Moçambique.
"Nós não queremos que as nossas línguas africanas em Moçambique desapareçam, porque elas representam igualmente um património cultural", afirmou Arlindo Gonçalo Chilundo.
O vice ministro moçambicano defendeu ainda a difusão da língua portuguesa não só ao nível internacional e nas diásporas, mas também dentro das fronteiras do seu país.
"Na altura da independência, tínhamos 97 por cento de analfabetos, e o analfabetismo estava associado ao não conhecimento da língua portuguesa.
Nos últimos 35 anos, conseguimos difundir mais o português do que em todo o tempo da presença colonial portuguesa. Mas ainda temos muito que fazer", assinalou.
Segundo Chilundo, 47 por cento dos moçambicanos ainda não estão alfabetizados.
"Gostaríamos de ver, portanto, mais apoio da CPLP em livros para a educação básica, para a alfabetização e para que os cidadãos moçambicanos tenham maior acesso à língua portuguesa", concluiu.
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