Conhecemo-lo por tratar dos vivos, mas o candidato a presidente de todos os portugueses não se esquece dos mortos. Nem do papel destes na defesa de Portugal. O médico prometeu que, se fosse Presidente da República, faria «todos os esforços» para que o Estado português transladasse os corpos dos militares que morreram em África, se as famílias assim o desejassem.
«Há muitos jovens que deixaram o território nacional. Em todas as aldeias do país temos pessoas que nunca mais voltaram e os seus parentes nunca fizeram o luto dos seus mortos. Por isso, eu sou a favor da transladação dos militares portugueses mortos nas guerras coloniais cujas famílias assim o solicitassem», conta o candidato, citado pela agência Lusa.
Foram poucos os militares mortos que regressaram a Portugal. Foram aqueles que as suas famílias que suportaram os custos da recolha e transladação. Fernando Nobre, acha que é uma questão de «dignidade do Estado» pagar essas despesas. «Acho que honraria o Estado português participar na transladação efectiva dos seus combatentes mortos em defesa da pátria. Era esse o lema e a mensagem que era dada aos jovens militares portugueses e a oficiais que morreram em combate». O médico não combateu na guerra do Ultramar, mas, nascido em Luanda, lembra-se de, em criança, «ter visto chegar os soldados portugueses com algum sentimento de paz e de segurança», o que o influenciou a ter esta posição.
Quem tem que dar o passo é o Governo, mas o presidente da AMI e potencial presidente de Portugal deixa, desde já, a garantia de que irá «sensibilizar» o executivo nesse sentido, se for eleito.
Fonte: TVI 24
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