D. Quixote, André Consciência, 2010
Os fados dizem aqui, em Alfama
As cidades que o povo viu, numa ilusão
Igual à do homem que pinta a alcatrão.
Da mesma forma invento, que Alfama
A vi de vela ao vento, içando-se
Para onde a gente crescesse em sonho
Num sonho que participamos.
Depois nos cantos aéreos das fontes
Os heróis seculares da nossa história
Mas que só a minha alma os tem,
Vão sussurrar-me notas de desdém.
Ergo a espada do Quixote, e lá vou
Valente a trote, apontar os fardos
De todos os gigantes de moinhos disfarçados.
André Consciência
1 comentário:
Belo poema.
Abraço!
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