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13 - A vontade e a razão de cada membro de uma sociedade é a ordem e a harmonia da mesma, por estado natural e humano das relações de funcionamento.
14 - A cultura, as tradições, são feitas passar essencialmente (sublinhe-se o essencialmente) pelo bem-poético, e assim tem sido ao longo dos tempos por mais mãos à palmatória que tenham existido. O “capital” desse bem é a inspiração.
15 - Parte da liberdade está em saber tomar decisões conscientemente (a outra em saber toma-las inconscientemente, mas esse é assunto para outro contexto), para tal, é necessária informação e inteligência. Para adquirir, com naturalidade, informação, é requerimento uma mente aberta, vulnerável, enquanto que para adquirir inteligência um raciocínio forte, uma boa resolução das equações relacionadas com os limites e uma limpidez incorruptível posta em prática (sublinhe-se a prática).
16 - A educação do homem íntegro e inteiro provém da liberdade, a liberdade do homem escravo provém da educação imposta. Ninguém se atreveria a dizer que o macaco amestrado é o mais livre dos macacos.
17 - A cultura provém das liberdades, e toda a educação sã se baseia nesse ideal, porque a vida e a liberdade se fundamentam na mesma alma. Uma cultura proveniente das opressões (a opressão não a igualizo a esse bem que é a disciplina) é uma cultura indesejada.
18 - Esta educação científica e moral não é, realmente, uma educação, mas um misto de instrução e domesticação.
19 – A isto liga-se, no outro lado da mesma moeda, que, até o mais profundo afecto do homem social, a família, se baseia na projecção mais superficial do homem em geral, o dinheiro.
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André Consciência
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