O maior erro político do Portugal pós 25 de Abril foi ter optado por ser uma sociedade burguesa, sem que reunisse as condições para a ser.
K. N.
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Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)
A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)
Agostinho da Silva
2 comentários:
Há erros inevitáveis. Por isso essa não terá sido uma efectiva "opção". Só raras vezes, de resto, a História, nos dá (relativa) liberdade de escolha...
Sim, se nos reportarmos ao período de 74-79, mas depois persistiu-se em ignorar que faltavam ao País reformas e infra-estruturas fundamentais, nos campos da educação, do emprego e da distribuição da riqueza, para não falarmos do eterno problema da habitação/construção civil (um dos maiores cancros do País) - ao invés optou-se pelo fingimento, deixando Portugal entregue aos vendilhões, que inundaram o nosso quotidiano de «luxos europeus» para os quais só temos a (esforçada) capacidade de os pagar, mas quase nenhum encaixe social para os usufruir de um modo saudável... E agora é o que se vê: basta olhar para a juventude que temos, principalmente a das grandes cinturas sub-urbanas (onde reside muito mais população), que são uma espécie de extensão biológica de telemóveis, computadores e leitores de mp3, com sucesso escolar baixo, quase nenhuma civilidade, politicamente ignorantes e completamente amorfos.
Democracia que não crie a cidadania e uma qualidade de vida equilibrada entre a dimensão social e a espiritual - é democracia a prazo.
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