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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
SEDE: Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa)
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NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI

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Desde 2008"a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".

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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

terça-feira, 16 de setembro de 2025

Brasil – Importações da China sustentam 5,2 milhões de empregos

 As importações oriundas da China sustentaram 5,2 milhões de empregos no Brasil em 2024, mais do dobro dos postos ligados às exportações para o país asiático, segundo um estudo divulgado pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC)


O relatório, feito com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil, mostra como o comércio bilateral cresceu quase cinco vezes em duas décadas, afetando não só os fluxos comerciais, mas também emprego, salários e dinâmicas sociais.

Embora os empregos ligados às exportações paguem salários mais altos, o impacto das importações é mais disseminado entre empresas e comunidades brasileiras, aponta o estudo.

Em 2024, a China foi destino de 28% das exportações brasileiras e origem de 24% das importações. Ao longo da última década, o Brasil acumulou um excedente de 276 mil milhões de dólares (235 mil milhões de euros) nas trocas com Pequim – 51% do seu ‘superavit’ comercial global. Em contraste, as trocas com Estados Unidos e União Europeia geraram um défice conjunto de 224 mil milhões de dólares (191 mil milhões de euros).

Esse ‘superavit’, no entanto, está concentrado em poucos setores e empresas: 80% das exportações em 2024 foram soja, minério de ferro e petróleo, e menos de 3000 empresas responderam por essas vendas. “Não importa se são soja ou máquinas. O problema é depender de poucos produtos e poucos mercados”, alertou Túlio Cariello, diretor de pesquisa do CEBC e coautor do estudo, no relatório.

Cariello rejeitou a ideia de que o setor de matérias-primas seja sinal de atraso, sublinhando décadas de inovação na agricultura tropical, extração de petróleo em águas profundas e na refinação de minério.

Enquanto as exportações permanecem concentradas, as importações mostram maior diversidade: mais de 40 mil empresas brasileiras compraram produtos da China em 2024 – quase 15 vezes mais do que aquelas que importaram de outros países sul-americanos.

As importações incluem eletrónica, máquinas, fertilizantes e químicos industriais – bens essenciais para setores como o agronegócio.

Camila Amigo, analista do CEBC, afirmou que o aumento do emprego ligado às importações não reflete uma mudança estratégica, mas sim a dependência de componentes estrangeiros. O desafio é transformar esses empregos em apoio à indústria nacional, disse.

Segundo Amigo, o Brasil pode beneficiar da reorganização das cadeias globais, à medida que fabricantes chineses investem no exterior, posicionando-se como polo industrial regional.

O estudo mostra que o Brasil exporta para a China com uma base empresarial muito mais estreita do que para outros mercados: menos de 3000 empresas venderam para o país asiático em 2024, contra quase 10.000 para os EUA e mais de 11.000 para o Mercosul.

Apesar de o número de categorias exportadas ter aumentado de 673 em 1997 para 2589 em 2024, a pauta continua dominada por produtos primários. Carnes, celulose, café e alguns produtos transformados começaram a ganhar espaço.

Nas importações, o Brasil comprou 6914 categorias de produtos da China em 2024, quase todas industriais: eletrónica, veículos, têxteis, farmacêuticos e componentes dominam a lista.

O emprego também reflecte esse desequilíbrio: entre 2008 e 2022, os postos ligados às importações cresceram 55%, enquanto os ligados às exportações aumentaram 62%, mas a partir de uma base menor.

Para reduzir a dependência, Cariello defendeu a reindustrialização com investimento estrangeiro direto. Amigo destacou, por outro lado, oportunidades ligadas à transição energética, como lítio, cobre e manganês, além de milho e frutas, que começaram a aceder ao mercado chinês.

Os dados de 2024 confirmam o peso da China: 73% da soja, 67% do minério de ferro e 44% do petróleo exportado pelo Brasil tiveram como destino o país asiático, que também comprou metade da carne bovina e do algodão brasileiros.

A crescente presença chinesa também gerou pressão sobre a indústria brasileira: algumas empresas, como siderúrgicas, acabaram vendidas a grupos chineses – um sinal de como comércio e investimento se interligam. “A questão é entender que partes dessas cadeias produtivas fazem sentido para o Brasil e como usá-las para apoiar a reindustrialização”, concluiu Amigo. In “Ponto Final” – Macau com “Lusa”

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