No trigésimo segundo número da NOVA ÁGUIA, começamos por celebrar a memória viva – e amiga – de Adriano Moreira, recordando a sua tão extensa quanto valiosa colaboração na nossa Revista, em que publicou mais de duas dezenas e meia de textos. Em todos esses textos, avultam as preocupações de sempre de Adriano Moreira – em particular, a sua preocupação com o presente e – sobretudo – o futuro da Lusofonia.
Daí a sua assumida cumplicidade com este projecto – como ele próprio assinalou publicamente, por mais de uma vez, os Congressos da Cidadania Lusófona, promovidos pela NOVA ÁGUIA e pelo MIL (Movimento Internacional Lusófono), há já mais de uma década, são o retomar, no século XXI, dos Congressos das Comunidades de Cultura Portuguesa, que ele próprio organizou nos anos sessenta, tentando então consolidar a Comunidade Lusófona, numa base de Liberdade e de Fraternidade. Um ano após a sua partida, celebramos, pois, mais do que uma figura, um sonho: o nosso sonho comum, ainda por cumprir.
Publicamos ainda neste número da NOVA ÁGUIA os textos apresentados no II Congresso Internacional “Eça de Queiroz, 150 anos”, que se realizou em 2021, igualmente por iniciativa da NOVA ÁGUIA e do MIL – em parceria com outras entidades académicas e culturais. Recorde-se, a este respeito, que no vigésimo oitavo número da nossa Revista haviam já sido publicados os textos apresentados no I Congresso Internacional “Eça de Queiroz, 150 anos”, decorrido em 2019.
De seguida, conforme o prometido, publicamos os textos apresentados na segunda mesa-redonda “Repensar Portugal, à luz de Portugal, Razão e Mistério”, que decorreu em Novembro de 2022, na Fundação António Quadros, já no âmbito das comemorações do centenário de nascimento deste vulto maior da cultura de língua portuguesa, em que a NOVA ÁGUIA participa. Neste número, evocamos igualmente António Marques Bessa, um ano após a sua partida, publicando três textos apresentados numa sessão em sua expressa Homenagem, que decorreu na Sociedade de Geografia de Lisboa, no Auditório Adriano Moreira, em Abril do corrente ano.
Evocamos ainda neste número da NOVA ÁGUIA outros onze vultos da cultura lusófona – nomeadamente, dois centenários (Eugénio de Andrade e Mário Cesariny) e um tri-centenário (Teodoro de Almeida) –, e publicamos mais de uma dúzia de “Outros voos”. Em “Extravoo”, publicamos um inédito de António Telmo (“Os Leonardinos”). Em “Periódicos Eternos”, recordamos a Minerva Lusitana, e, no “Bibliáguio”, damos destaque a mais de meia dúzia de obras, começando por mais um monumental livro de António Braz Teixeira (A reflexão ética luso-brasileira), nos dias de hoje, de forma indisputável, “o maior hermeneuta vivo do nosso universo filosófico e cultural, não só português mas, mais amplamente, lusófono”.
A Direcção da NOVA ÁGUIA
Post Scriptum: Dedicamos este número a António Manuel Couto Viana, que faria igualmente 100 anos em 2023. No próximo ano, iremos aqui recordá-lo, a par de Agostinho da Silva, por ocasião dos 30 anos da sua partida.
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