Uma campanha do Programa Mundial de Alimentos, PMA, e o Governo da Guiné-Bissau distribui sementes, hortícolas e fertilizantes até ao final de agosto. A ação faz parte do Projeto de Apoio de Emergência à Segurança Alimentar, Pausa.
A meta do Projeto é alcançar mais de 47 mil produtores em situação vulnerável em Bissau e nas oito regiões administrativas do país.
Cereais e legumes
Pelo menos 44 mil potenciais beneficiários já foram identificados pela parceria envolvendo a agência da ONU e cinco organizações não governamentais no terreno.
Desde finais de julho, cerca de 2,5 mil comunidades receberam sementes de produtos como amendoim, feijão e milho. Os beneficiários têm direito entre 15 a 20 kg de uma das variedades e 12 a 35 quilogramas de fertilizante.
A alta dos preços de alimentos e combustíveis influenciaram a piora da segurança alimentar e nutricional como efeito da Covid-19 e da crise na Ucrânia. O Projeto prevê alargar o acesso a alimentos para famílias vulneráveis.
Desnutrição aguda
O PMA indica que cerca de 96 mil pessoas enfrentam níveis agudos de insegurança alimentar no país. Em média, 28% das crianças dos seis aos 59 meses são debilitadas e 5% das de 6 aos 29 meses acabam perdendo a vida. A Guiné-Bissau é tida como importadora líquida de alimentos
Segundo o estudo, Nutrient Gap realizado pela agência em 2022, mais de dois terços da população não conseguem pagar uma dieta nutritiva saudável de US$ 4 diários para uma família de sete membros.
Horticultoras das regiões de Quinara e Gabu beneficiaram de poços de água, da compra de materiais e medição de perímetros de produção. Mulheres participaram em oficinas de planeamento comunitário sobre empoderamento.
Ações de resposta
Como parte de prevenção e tratamento da desnutrição aguda moderada, 9,3 milhões de toneladas de cereal enriquecido foram colocadas à disposição de 36 centros de saúde em maio. Mais de 520 beneficiários foram alcançados.
O PMA distribuiu arroz adquirido localmente para abastecer 852 cantinas escolares, atingindo perto de 179 mil crianças. Pelo menos 70 técnicos receberam treinamento em gestão integrada de desnutrição aguda, moderada-a-grave e prevenção de desnutrição crónica em Cacheu, Oio, Quinara Tombali.
Ainda no âmbito das atividades nutricionais, nove toneladas métricas de alimentos misturados fortificados foram entregues para ajudar 700 pessoas, 51% das quais são mulheres afetadas por um grande incêndio que atingiu o setor de Canhabaque em fevereiro.
O Projeto de Apoio a Segurança Alimentar coordenado pelo PMA tem duração de um ano. O financiamento é feito pelo Banco Africano de Desenvolvimento com US$ 6,6 milhões.
A distribuição envolve ONG parceiras lideradas por um Comité de Seguimento do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural. ONU News – Nações Unidas
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