O Governo angolano investiu 16,3 mil milhões de kwanzas (mais de 30 milhões de euros) para a produção, na África do Sul, de 37,7 milhões de manuais escolares para o ensino primário, cuja distribuição já está a decorrer.
A informação foi transmitida pelo secretário de Estado para o Ensino Pré-escolar angolano, Pacheco Francisco, referindo que 33% do material já se encontra no país, justificando a demora na produção e distribuição por “disponibilização tardia da verba”.
“A disponibilização financeira foi apenas em Janeiro e assim aconteceu a produção e, somente em finais de Janeiro começámos a fazer a recepção do material”, afirmou em conferência de imprensa, em Luanda.
Segundo o governante, toda a produção do material didáctico para dar resposta às necessidades dos 6,8 milhões de alunos do ensino primário e outros do ensino especial, foi feita na África do Sul, estando montados dois centros logísticos no país.
Luanda e Benguela são as duas províncias onde estão a funcionar os centros logísticos de distribuição do material escolar, sendo que, assegurou o secretário de Estado angolano, foram constituídas equipas para fiscalizar a chegada e distribuição do mesmo.
As aulas para o ano escolar 2020, em Angola, tiveram início a 5 de Fevereiro e decorrem até à primeira quinzena de Dezembro.
Pacheco Francisco deu conta igualmente que seis das 18 províncias angolanas, nomeadamente Bengo, Lunda Norte, Moxico, Cuando-Cubango, Cuanza Norte e Namibe, ainda não foram contempladas.
“Mas nos próximos dias devem já começar a receber”, admitiu o responsável, alertando que as províncias já contempladas “devem elaborar planos de distribuição” e “não armazenar o material”.
Falando em conferência de imprensa, na sede do Ministério da Educação em Luanda, sobre o processo de distribuição dos manuais escolares, o governante garantiu, por outro lado, que os restantes 67% do material devem chegar ao país no princípio de Março próximo.
Pelo menos 2,5 milhões de novos alunos vão frequentar o ano escolar de 2020, em Angola.
O país conta com mais de 28 milhões de habitantes, milhares de crianças continuam fora do sistema de ensino e outras ainda estudam em condições precárias. In “O Século de Joanesburgo” – África do Sul
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