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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

domingo, 13 de julho de 2025

Guiné-Bissau - Bijagós Património Mundial reforçará turismo e publicidade ao país africano

 O advogado Tiago Banca e o engenheiro agrónomo Sanhá Correia, ambos naturais das ilhas Bijagós, acreditam que o turismo e a publicidade à Guiné-Bissau serão reforçados com o reconhecimento pela UNESCO do arquipélago como Património Mundial Natural. Os dois técnicos reagiram, a pedido da Lusa, ao reconhecimento que deverá ser anunciado amanhã, em Paris, e que ambos afirmam ser “marco importante” na vida dos povos das ilhas Bijagós e do próprio país.


“Com esse reconhecimento o arquipélago passa a ser um forte destino turístico mundial, devido à beleza natural das ilhas, por um lado, e, por outro lado, passa a ter mais divulgação a nível dos media, algo que trará benefícios para o nosso turismo nacional”, defendeu Tiago Banca.

Filho de pais oriundos das ilhas de Bubaque e Canhabaque, Banca só lamenta que o arquipélago ainda esteja confrontado com “tantas dificuldades”, nomeadamente falta de meios de transporte de ligação, de infra-estruturas condignas e água potável.

Tiago Banca vive e trabalha em Bissau, mas regularmente desloca-se às ilhas Bijagós para descansar ou visitar os familiares.

O engenheiro agrónomo, Sanhá João Correia é um activista pela conservação dos recursos naturais e do meio ambiente, que tenta, há largos anos, levar a mensagem da preservação em nome da Organização Não Governamental Tiniguena. Filho de pais originários das ilhas de Canhabaque e Galinhas, Sanhá Correia disse à Lusa que leva a mensagem da conservação a todas as 23 ilhas habitadas do arquipélago dos Bijagós.

Sanhá, como é conhecido, já não sabe ao certo a que ilha pertence, apenas tem consciência de que o reconhecimento da UNESCO vai ajudar a divulgar a mensagem da Tiniguena sobre a importância da conservação em todo o arquipélago. “Sendo um técnico que trabalha nas ilhas Bijagós no âmbito da conservação e desenvolvimento comunitário, essa decisão vai impactar bastante porque vai ajudar a reforçar a capacidade do nosso trabalho, vai também permitir as informações chegarem mais longe”, afirmou.

O engenheiro agrónomo acredita que o reconhecimento da UNESCO vai permitir que se conheça melhor as ilhas Bijagós a nível mundial, mas também fará com que as organizações que trabalham na conservação dos recursos da pesca, por exemplo, tenham mais apoios contra os pescadores clandestinos.

Correia aponta para os pescadores de países vizinhos da Guiné-Bissau que invadem as zonas protegidas, onde a pesca é limitada, com as suas embarcações, isto é, desrespeitando as regras de pesca nesses locais.

Sanhá Correia vive e trabalha nas ilhas, mas regularmente desloca-se a Bissau para comprar víveres e receber orientações da Tiniguena sobre como sensibilizar as populações para a conservação.

As Bijagós são consideradas um tesouro natural e cultural da Guiné-Bissau, ainda pouco conhecidas do turismo internacional. Com ‘resorts’ em algumas das 88 ilhas e ilhéus, a dinâmica turística existente é sustentada, sobretudo, por expatriados de organizações internacionais a trabalhar na Guiné-Bissau. A pesca desportiva é outro atractivo das ilhas, com maior procura de pescadores franceses e de países francófonos.

Além das praias atlânticas, são também chamativos das Bijagós a desova das tartarugas, em Novembro, ou os hipopótamos na biodiversidade dos três parques naturais das ilhas e que são o centro da candidatura a Património Mundial, concretamente Poilão, João Vieira e Orango.

A cultura do povo Bijagó, com o seu modo de vida tribal, em comunhão com a natureza, distingue também as ilhas guineenses e é valorizada na candidatura a Património Mundial.

As ilhas, consideradas um tesouro natural e cultural, fazem parte da lista de 32 sítios de todo o mundo candidatos a Património Mundial, que vão conhecer a decisão da UNESCO esta sexta-feira. A 47ª reunião do Comité do Património Mundial decorre até 16 de Julho, na sede da UNESCO em Paris.

Marinheiros das Bijagós clamam por formação

Santinho e Kaby, dois dos mais experientes marinheiros de botes que ligam a zona continental da Guiné-Bissau às Bijagós, disseram que é preciso formar marinheiros no âmbito do reconhecimento das ilhas como Património Mundial Natural. “É preciso formar marinheiros para, pelo menos, conhecerem a Carta da Navegação para que saibam quais os rios navegáveis da Guiné-Bissau”, observou Santinho, piloto há mais de 20 anos a operar botes do Instituto da Biodiversidade e Áreas Protegidas. Santinho Joaquim da Silva, vulgarmente conhecido por Santinho, e Kaby, aliás, Libânio Natália Lima Lopes, operador das embarcações da Ponta Anchaca, um dos hotéis de referência em Bubaque, antevêem que o reconhecimento pela UNESCO fará aumentar o fluxo de turistas às ilhas Bijagós. “Teremos mais responsabilidade. Precisamos de bons motores, coletes e telefones. Viajar com alguém que nunca andou no mar é complicado, sobretudo quando se apanha com o mau tempo”, observou Kaby. Além de pilotos competentes, Santinho propõe que sejam formados guias turísticos, “conhecedores da realidade das ilhas Bijagós” e desta forma evitar que sejam pessoas de países da sub-região a fazer esse serviço. In “Jornal Tribuna de Macau” – Macau com “Lusa”

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