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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

domingo, 14 de abril de 2019

Macau - Uma viagem pelo Renascimento no Museu de Arte

Leonardo Da Vinci, Michelangelo, Raphael, Rosso Fiorentino, Ticiano ou Mantegna estão entre os 42 artistas renascentistas representados no Museu de Arte de Macau. A mostra dos desenhos que exploram o processo criativo dos artistas estará patente até 30 de Junho. O MAM vê agora concretizado o desejo de longa data de trabalhar com o “British Museum”, numa ocasião em que celebra 20 anos. A exposição apresenta um cariz inclusivo com várias experiências tácteis para pessoas com dificuldades visuais



São os desenhos de Michelangelo, Raphael e de um dos seguidores de Leonardo Da Vinci – Maestro Della Pala Sforzesca – que abrem a exposição “Desenhos da Renascença Italiana do British Museum”, que se encontra patente no Museu de Arte de Macau (MAM) até 30 de Junho. “São [pintores] os mais poderosos, aqueles que definiram a Renascença italiana”, destacou ontem a curadora da exposição, Sarah Vowles, à Tribuna de Macau.

Do ponto de partida, chega-se depois a cinco mundos distintos – “A Figura Humana”, “O Movimento”, “A Luz”, “Os Trajes e Panejamentos”, “O Mundo Natural” -, que, no seu conjunto, dão origem às “Narrativas”. As seis secções integram 52 desenhos originais de 42 pintores.

A primeira dedica-se ao corpo humano e às diferentes formas de o explorar e representar, sendo “a mais básica, mas a mais importante”, realçou a curadora. Por exemplo, em “O Movimento”, Sarah Vowles realçou o desenho “Hércules e o Centauro”, a que Raphael deu forma pouco depois de chegar a Roma. “Impressionado pelas figuras físicas de Michelangelo”, o pintor acabou por combinar as suas próprias características “com o poder” das técnicas que via nas figuras do outro pintor. Quanto à luz, era utilizada não só como forma de dar volume às figuras, como também se reflecte na espiritualidade das imagens.

No fundo, a viagem pelos seis “mundos” da mostra “permite-nos perceber o brilhante processo de ver jovens artistas, no período do Renascimento, a enfrentarem desafios de crescente complexidade”, disse a curadora. O objectivo é que “as pessoas percebam a importância e primazia dos desenhos destes jovens artistas”.

O desejo dos jovens pintores de quererem representar o mundo tal e qual como os rodeava – a natureza, o corpo humano, o palpável – e, por outro lado, o interesse de séculos pela Antiguidade foram o mote para que surgisse o Renascimento. “Estes dois elementos juntaram-se para criar um terreno invulgar e muito poderoso. Foi assim que nasceu o Renascimento”, acrescentou Sarah Vowles.

A colaboração com o “British Museum” era “um desejo de há muito”, confessou a curadora do MAM, Margarida Saraiva. “Por um lado porque é uma referência a nível mundial, por ter sido o primeiro museu público no mundo, e por outro porque tem a maior colecção de objectos de todo o mundo”, disse. Um desejo que é agora concretizado por ocasião do aniversário dos 20 anos do MAM e em que se cumprem também os 500 anos da morte de Leonardo Da Vinci.

Uma exposição inclusiva

De forma a envolver as pessoas que visitam a exposição “na descoberta dos desenhos”, foram criados objectos que possam permitir ter uma experiência táctil a pessoas com deficiências visuais ou a quem queira ter uma experiência diferente. Do conjunto de obras expostas, 16 foram escolhidas para serem representadas de forma física.

“Queremos que as pessoas possam tocar, que possam experimentar os diferentes sentidos, porque os desenhos são apenas visuais”, explicou o professor Gerald Estadieu, da Faculdade de Indústrias Criativas da Universidade de São José, que orientou o projecto.

“Para cada um desses desenhos, o que tentámos foi traduzi-lo num objecto físico. Com alguns criámos modelos 3D, com outros utilizámos apenas algumas linhas-chave [dos desenhos], mas claro que nunca podemos reproduzir exactamente o que o artista fez”, acrescentou. Apesar disso, a ideia é criar um museu mais inclusivo em que “pessoas com dificuldades visuais possam reagir quando tocam nestes objectos”.

Para Sarah Vowles, que já experimentou alguns dos puzzles criados, a iniciativa não podia ser melhor: “Ver as diferentes formas como o universo pode responder aos desenhos adiciona uma nova dimensão à exposição, portanto acho que é um projecto importante”.

As expectativas para os dois meses de exibição dos desenhos originais são positivas, mas acima de tudo, Margarida Saraiva pretende que a mostra seja uma inspiração não apenas na forma de olhar para a arte. “Espero que possa inspirar [na medida em que] às vezes não vemos as dificuldades que nos rodeiam. A exposição deve ser um momento de inspiração, por isso tentamos que seja para todas as pessoas, com diferentes interesses e desejos”, concluiu a curadora. Catarina Pereira – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”

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