*É um Lusófono com L grande? Então adira ao MIL: vamos criar a Comunidade Lusófona!*

MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
SEDE: Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa)
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NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI

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Desde 2008"a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".

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Outras obras promovidas pelo MIL: https://millivros.webnode.com/

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

De Timor-Leste, uma notícia para encher a alma lusófona


Nestes últimos tempos, as notícias que nos chegam do espaço lusófono são quase sempre negativas – em particular, dos chamados PALOPs, Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa: em Moçambique, há um clima de regresso à guerra civil; em Angola, apesar da recente libertação de Luaty Beirão e seus companheiros, continua-se muito longe de um verdadeiro Estado de Direito; na Guiné-Bissau, a crise política parece tornar-se crónica; em São Tomé e Príncipe, as últimas eleições presidenciais foram boicotadas pelos candidatos perdedores na primeira volta, etc. Como quase sempre, Cabo Verde tem sido a excepção que confirma a regra.

Volta e meia, porém, há notícias que nos enchem a alma – eis um exemplo recente: «O Conselho de Ministros de Timor-Leste aprovou a doação de dois milhões de euros a Portugal para apoio no combate aos incêndios que atingem o país e ajuda às vítimas, informou o governo timorense. Em comunicado, o governo de Timor-Leste precisa que 1,25 milhões de euros se destinam "a apoiar as autoridades portuguesas no combate aos incêndios" e 750 mil euros "são para socorro directo às populações afectadas". O primeiro-ministro timorense, Rui Maria de Araújo, convocou a reunião extraordinária do Conselho de Ministros, por considerar "alarmante" a situação em Portugal.».

Decerto, haverá quem em Portugal reaja de forma menos positiva a uma notícia como esta – desde logo, alegando que Timor-Leste é um país muito mais carenciado do que Portugal. Outros ficarão até indignados. Como posso testemunhar, há portugueses que não compreendem de todo a afeição que os timorenses continuam a ter por nós, considerando inclusive que isso decorre ainda de uma insuficiente “descolonização das mentes”. Para tais pessoas (que existem, reitero), a forma como, por exemplo, se comemorou em Timor-Leste a recente vitória de Portugal no Europeu de Futebol não só deve não ser valorizada como, inclusive, deve ser condenada, como se, de facto, a forma efusiva como se comemorou em Timor-Leste a recente vitória de Portugal no Europeu de Futebol fosse um sinal da menoridade política dos timorenses.

Escusado será dizer que a nossa visão é por inteiro contrária. Por isso, consideramos que Portugal deve aceitar, sem qualquer sobranceria, a doação timorense – por mais que, de facto, Timor-Leste seja um país muito mais carenciado do que Portugal. Quanto ao mais, são esses sinais que nos fazem fortalecer a convicção de que a lusofonia é muito mais do que um sonho. Como já foi mil vezes defendido, as comunidades políticas só se constituem historicamente se forem, antes de tudo o mais, comunidades de afectos. A comunidade lusófona está ainda muito longe de ser uma comunidade política (como o relativo fracasso da CPLP: Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, vinte anos após a sua criação, bem o atesta). Mas é já, inequivocamente, uma comunidade de afectos. E isso, por si só, é garantia de futuro.

4 comentários:

Jorge da Paz Rodrigues disse...

Muito bem!

Armindo Guimarães disse...

Plenamente de acordo. Parabéns!

Maria Afonso Sancho disse...

Levei para partilhar.
Gratidão é sinal de saúde. <3

Unknown disse...

Viva Timor Leste...