Em 2015 assinalam-se os 100
anos do falecimento de Sampaio Bruno e, naturalmente, a NOVA ÁGUIA, ao
contrário da generalidade das revistas culturais, que insistem em ignorar o que
mais importa, dá o devido destaque a essa que foi, sem dúvida, uma das figuras
mais marcantes da Filosofia Lusófona, coligindo cerca de uma dezena de ensaios,
que abordam as mais relevantes facetas da sua vida e obra.
No ano em que igualmente se
assinala o centenário d’Orpheu, que
teve o devido destaque no número anterior, publicamos ainda, neste número, mais
de meia dúzia de textos – começando pela Conferência de Eduardo Lourenço
proferida no Encerramento do Congresso 100
– Orpheu, que decorreu no primeiro semestre deste ano, em Portugal e no
Brasil.
De forma mais breve, mas nem
por isso menos significativa, evocamos igualmente neste número mais de uma
dezena de figuras relevantes da cultura lusófona – dos clássicos Camões e Eça
de Queirós até Alfredo Brochado, Eudoro de Sousa, Herberto Helder (poeta português
falecido, como se sabe, este ano), José Enes, José Pedro Machado, José da Silva
Maia Ferreira (poeta angolano), Miguel Torga (por ocasião dos vinte anos do seu
falecimento) e Rui Knopfli (poeta moçambicano).
Em “Outros Voos”, começamos
com a colaboração sempre presente e honrosa de Adriano Moreira e terminamos com
um interessante apontamento sobre “palíndromos”, do linguista brasileiro Ziro
Roriz. Para além das “Rubricas” habituais, em que, pela mão de João Bigotte
Chorão, Miguel Torga é de novo evocado, temos a secção, igualmente já clássica,
“Bibliáguio”, onde começamos por destacar três obras lançadas, por diferentes
editoras, no primeiro semestre deste ano.
Falamos de O Estranhíssimo Colosso. Uma biografia de
Agostinho da Silva, de António Cândido Franco, uma colossal obra, não
apenas pelo seu número de páginas (mais de setecentas), que ilumina algumas
facetas da vida de Agostinho da Silva até agora menos conhecidas ou
desconhecidas de todo; de O último
Europeu, de Miguel Real, um romance que é, sobretudo, uma reflexão ingente sobre
o presente e o futuro da Europa; e, finalmente, de Meditação sobre a
Saudade, do
filósofo galego Luís Garcia Soto, que republicou agora em Portugal, na Colecção
NOVA ÁGUIA, uma obra vinda à luz em 2012 e galardoada com o prestigiado
Prémio Carvalho Calero.
Finalmente, em “Extravoo”
publicamos uma extensa entrevista a Eduardo Lourenço, conduzida por Luís de
Barreiro Tavares, e um ensaio inédito de José Enes; e, em “Memoriáguio”,
registamos alguns eventos decorridos no primeiro semestre deste ano – desde
logo, as Homenagens realizadas a Gama Caeiro, por António Braz Teixeira, e a
Banha de Andrade, aqui igualmente evocado no número anterior por Pinharanda
Gomes. Em suma, mais um grande número da NOVA ÁGUIA, a anteceder um outro
decerto não menor, onde começaremos por reflectir sobre “A importância das
Diásporas para a Lusofonia”.
Lançamento: 30 de Outubro,
18h, no Palácio da Independência (Lisboa) | 31 de Outubro, 17h, no Ateneu
Comercial do Porto.
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