*É um Lusófono com L grande? Então adira ao MIL: vamos criar a Comunidade Lusófona!*

MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
SEDE: Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa)
NIB: 0036 0283 99100034521 85; NIF: 509 580 432
Caso pretenda aderir ao MIL, envie-nos um e-mail: adesao@movimentolusofono.org (indicar nome e área de residência). Para outros assuntos: info@movimentolusofono.org. Contacto por telefone: 967044286.

NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI

Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).

Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).

Desde 2008"a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".

Colecção Nova Águia: https://www.zefiro.pt/category/zefiro-nova-aguia

Outras obras promovidas pelo MIL: https://millivros.webnode.com/

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Contributo para Um Novo Conceito de Lusofonia

Ao pretender iniciar esta minha análise ao Tema: “Contributo para Um Novo Conceito de Lusofonia” pretendo antes de mais dar um especial realce ao emérito escritor e investigador das questões ligadas à Simbologia; ao Mítico e ao Sagrado, com especial destaque relativamente às suas investigações sobre a História Iniciática de Portugal, estou-me referindo a Victor Manuel Adrião;
 
Victor Manuel Adrião, é um dos mais importantes defensores e divulgadores da Ordem de Mariz que fez parte de uma Ordem Maior e que deve ter tido a sua origem na desaparecida Atlântida. Esta mesma Ordem está igualmente relacionada com as Ordens dos Templários; de Avis e de Cristo!
 
Victor Adrião, nas suas pesquisas desenvolveu um trabalho de análise extremamente interessante sobre o Grau 30º. – Cavaleiro Kadosh, do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria Universal. A doutrina contida no Grau Trigésimo - Cavaleiro Kadosh, converge para dois princípios distintos, o primeiro situa-se na “Escola” e o segundo no “Templo”, o que vem a significar simbolicamente no primeiro o desenvolvimento do conhecimento científico, seguido do conceito do “Templo”, o que representa a procura e desenvolvimento constante das virtudes ou qualidades morais que acompanham a evolução do ser humano.
 
Os princípios consagrados nos conceitos “Escola e Templo”, projetam uma imagem representada por uma dupla escada designada por - “Escada dos Mistérios” e que dispõe de dois sentidos – um ascendente e outro descendente, o primeiro refere-se à “Escola”, onde diferentes conceitos de ordem científica são apresentados e no sentido descendente ali estão consagradas as virtudes ou atributos do espírito humano no seu longo processo de evolução realizado na sua descida ao planeta através da reencarnação e da sua desencarnação e ascensão aos planos superiores espirituais. Dentro dos princípios da Ciência e da Espiritualidade que caracterizam o Grau Filosófico do Cavaleiro Templário Kadosh, procurámos situar a nossa reflexão numa área em que uma dada conceituação filosófica tivesse prefeito enquadramento e esse mesmo enquadramento situou-se precisamente na questão transcendente do Mito do Quinto Império do Padre António Vieira; de Fernando Pessoa ou de Agostinho da Silva que a partir do ano de 1910, no Século XX, deixou de ser um Mito para passar a ser uma doutrina espiritualista, profunda, vasta e eclética, designada por Racionalismo Cristão que está servindo de base fundamental à doutrina por nós, denominada - Doutrina da Cidadania Social, cuja apresentação e desenvolvimento estão feitos no meu segundo livro “Ensaio Sobre a Doutrina do Quinto Império – Uma Nova Perspetiva Social”.
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                       
Inspirados no Grau Maçónico 30º. – Cavaleiro Kadosh, fomos, portanto, conduzidos a uma reflexão profunda sobre o significado prático daquele mesmo Grau Filosófico, o que nos levou a planear um projeto literário que envolvesse uma trilogia sobre o tema - Reflexões Sobre a Doutrina do Quinto Império – projeto literário que se iniciou com o nosso primeiro romance “Operação: Quinto Império”, onde introduzimos alguns novos desenvolvimentos relativamente à Maçonaria Operativa no Século XXI e finalmente no que diz respeito ao Mito do Quinto Império, fomos procurar fundamentos à História Iniciática de Portugal procurando converter aquele numa nova doutrina ideológica tendo por base a espiritualidade e o conhecimento científico e a essa mesma doutrina ideológica passámos a chamar de Doutrina da Cidadania Social!
 
Essa mesma espiritualidade e conhecimento científico fomos encontrá-los na Doutrina do Racionalismo Cristão, fundada pelos portugueses Luiz de Mattos e Luiz Alves Tomaz em 1910, na Cidade de Santos – Brasil. Luís de Matos, natural de Chaves, foi um ilustre maçom e grau 33º. Tendo sido o fundador e codificador do Racionalismo Cristão. Ao longo da sua vida fez uma aturada investigação sobre as diferentes religiões e movimentos filosóficos que no decorrer dos séculos foram idealizados por entidades, tais como: Krishna, na Índia e Hermes, no Egipto. Estes importantes expoentes do espiritualismo, ambos defendiam o princípio da reencarnação e das vidas sucessivas. Outras personalidades importantes foram igualmente estudadas por Luís de Matos, como por exemplo o fundador do Espiritismo, Alan Kardek. Outros grandes pensadores e filósofos foram também estudados, tais como: - – Buda; Sócrates; Platão; Descartes; tendo de igual forma investigado doutrinas ligadas à Cabala; Hermetismo e Maçonaria e daí conseguir extrair uma síntese para uma nova doutrina que inicialmente foi designada por Espiritismo Racional e Científico Cristão, para mais tarde passar a chamar-se Racionalismo Cristão, tratando-se, portanto de uma doutrina que não pode ser classificada como religião, mas sim uma forma avançada de espiritualismo fundamentado em princípios racionais e científicos, tratando-se na realidade de uma doutrina profunda, vasta e eclética.
 
 O nosso terceiro livro encontra-se ainda numa fase embrionária, contudo, poderemos já adiantar de que se trata de um novo romance que vai dar continuidade ao tema apresentado no nosso primeiro livro – “Operação: Quinto Império”.
                                                                                                                                       
No nosso segundo livro “ Ensaio Sobre a Doutrina do Quinto Império – Uma Nova Perspetiva Social já publicado em fins de 2013 – Chiado Editora. Ao termos escrito esta nossa obra pensámos estar a realizar uma experiência inédita em termos histórico/espiritualistas, ao analisar uma doutrina filosófica, racional e científica e de inspiração cristã, cujas raízes são efetivamente de origem lusitana e consequentemente ligadas à História de Portugal e do Brasil.
 
Não se trata de uma doutrina estrangeira e muito menos importada do Brasil, mas sim de uma doutrina idealizada e fundada por portugueses em terras brasileiras; O Racionalismo Cristão, não sendo de forma alguma uma religião é a consequência de um estudo profundo consubstanciado numa doutrina filosófica e espiritualista, sendo essencialmente portadora de uma base racional e científica.
 
Na verdade, neste nosso trabalho procurámos analisar e aprofundar o mito ligado ao Quinto Império que historicamente notáveis poetas e pensadores lusos procuraram notabilizar, considerando ser sempre uma “demanda do povo português na sua busca do “graal da espiritualidade!”  
                                                                                                                                                          
O Racionalismo Cristão pode ser considerado uma das bases inspiradoras da Lusofonia por se encontrar implementado em quatro países: - Brasil; Portugal; Cabo Verde e Angola! No entanto, esta Doutrina é na sua essência e finalidade espiritista e espiritualista, racional e científica e de inspiração cristã, fundamentalmente humanista e universalista. Ela na realidade não tem o seu exclusivo apenas em dois países – Portugal e o Brasil, mas sim no seu todo pertence efetivamente à Humanidade!
 
Quando nos referimos à “singularidade lusitana” que mostrando-se sob a capa de aparente submissão a Roma Papal, nos vem do rosacrucianismo templário; da fundação e linhagem joanicas dos Fiéis-de-Amor, convergentes na Ordem dos Cavaleiros de Cristo que se transferiu de Portugal para o Brasil e Goa e para outras importantes partes do mundo;
 
Não terá sido por acaso que essa mesma “singularidade lusitana” convertida numa ação de “descolonização religiosa” feita pelo Rei D. Dinis, ao institucionalizar o Culto do Espírito Santo e segundo Rainer Daehnhardt, emérito historiador luso-alemão e autor de importantes obras ligadas à História de Portugal, destacando-se um dos seus livros intitulado – Portugal – A Missão que Falta Cumprir, entendeu como sendo uma ação que foi interferir na colonização religiosa implementada por Roma.
                                                                                                                                                           
Uma primeira questão se põe:- alguma vez foi dada uma explicação sobre a origem do símbolo que na forma de um delta está desenhado na base superior dos edifícios onde estão sediadas as filiais do Racionalismo Cristão? Apresentando regra geral nas respetivas frontarias quatro colunas que numa perspetiva simbólica representam a cruz de Cristo virada para os quatro pontos cardeais da Terra – Norte- Sul; Leste e Oeste, o que nos transmite de imediato a ideia de universalidade! Terá o culto do Espírito Santo alguma ligação direta ou indireta com o Racionalismo Cristão?
 
E o Padre António Vieira com o seu Quinto Império? A Cruz e a Rosa são símbolos bem representativos daquele que é o Patrono do Racionalismo Cristão!
De facto, trata-se de um movimento doutrinário que encerrando conhecimentos fundamentais sobre o que seja o espírito humano – a sua origem, natureza e atributos, a razão de ser da sua existência e a sua inserção natural no próprio Universo, compreendendo a finalidade da VIDA INTELIGENTE, demonstrando a existência da VIDA FORA DA MATÉRIA e que a Morte não interrompe a Vida, comprovando assim de que a importância que a ação do Pensamento através do uso do livre arbítrio e que orienta as atividades dos seres humanos e finalmente o porquê da nossa existência como seres vivos e inteligentes que passa pela Evolução através de sucessivas reencarnações neste planeta escola que se chama Terra em conformidade com os insondáveis desígnios da FORÇA CRIADORA (Deus), portanto, trata-se de uma nova doutrina espiritualista, profunda, vasta e eclética!
 
Na abordagem política e sociológica feita ao Racionalismo Cristão, podemos retirar importantes ilações, fazendo projeções sobre as implicações que uma tal doutrina de âmbito espiritualista e espiritista poderá vir a gerar e os resultados refletem-se no desenvolvimento de uma ideologia de inspiração cooperativista, tendo como pilares da sustentação princípios espiritualistas; científicos; económicos e políticos e que passaremos a designar por – Doutrina da Cidadania Social!
 
A Doutrina da Cidadania Social poderá dar origem a um novo tipo de sociedade, onde fatores ligados ao lucro; à propriedade privada e a diferentes circunstâncias associadas aos mesmos irão sofrer profundas alterações e não vão ser as ideologias já por nós apontadas – o marxismo; a social-democracia; o socialismo democrático; o neoliberalismo ou ainda a democracia cristã que irão ter qualquer tipo de expressão ou influência nessa nova sociedade do futuro, onde a democracia participativa terá um peso determinante e expressivo; onde as gerações mais idosas virão a ter uma importância fundamental para o desenvolvimento espiritual e material das novas comunidades do Século XXI.  
                                                                                                                             
Na História a experiência dela surgida ao longo dos séculos vai-nos permitir no início do Século XXI, pensar e admitir uma nova perspetiva social sobre a viabilidade de um novo movimento cívico – o Movimento Cívico Português para a Cooperação – MCPC, fundamentado na História de Portugal e na cultura filosófico/espiritualista do povo português. Tal iniciativa poderia ser comparada a uma tentativa de restaurar a histórica Ordem de Cristo, como uma grande irmandade nacional embora sofrendo importantes alterações e obedecendo a orientações de ordem cívica, democrática, espiritualista e científica básicas e adequadas ao novo estatuto de cidadania social.
 
O conceito de fraternidade começa-se a desenvolver a partir do reinado do Faraó Akhenaton, é pois a partir deste Faraó egípcio que se começa a vislumbrar o sentido da fraternidade, nomeadamente no seio das confrarias de pedreiros e artífices que sustinham e desenvolviam todo o tipo de construções que então existiam na sociedade egípcia.
 
Akhenaton, é o primeiro a fundar e a desenvolver o conceito do deus único, representado pelo disco solar através de uma nova religião onde a dignidade humana começava a dar os seus primeiros passos e com ela o florescer dos princípios da igualdade humana, da solidariedade e sobretudo o cultivo da espiritualidade.
 
As diferentes correntes filosóficas então geradas a partir da religião monoteísta de Akhenaton, nomeadamente as três religiões – Judaísmo; Cristianismo e Islamismo, sempre condenaram e combateram os maus sentimentos dos seres humanos, ameaçando-os através dos tempos com a condenação das suas almas com as penas do Inferno e outras condenações terríveis. O medo tem sido a melhor instrumento das religiões para controlarem as imensas massas dos seus seguidores e fiéis.
  
A falta de espiritualidade, a ignorância e a imposição do império do medo foram sempre o principal meio com que as classes sociais dominantes utilizaram para melhor dominarem e controlarem as multidões animalizadas, ignaras e inconscientes, originando nos seres humanos mais evoluídos grandes sofrimentos e aqui destaca-se a ação desenvolvida pelos iniciados que portadores de uma maior consciência de si mesmos e do mundo cruel envolvente e através do seu trabalho manual, intelectual e artístico, procuraram na base da união protetora dos princípios da fraternidade, solidariedade, gerados por uma espiritualidade mais avançada deram origem às confrarias de trabalhadores, tais como as organizações de construtores de catedrais que ocorreram na Idade Média.
 
A Terra, no contexto geral dos diferentes mundos que rolam o espaço infinito sideral é um dos muitos mundos físicos classificados como uma escola onde as primeiras classes de espíritos ou almas humanas, partículas da Inteligência Universal (Deus) iniciam a sua aprendizagem, difícil, dura, inconsciente e lenta, apenas dependente numa fase primária da sua capacidade instintiva e animalesca!
 
Para que surgisse o primeiro homo sapiens decorreu mais de um milhão de anos de luta extrema pela sua sobrevivência e continuidade como ser vivo e atuante. Milhares e milhares de reencarnações em corpo físico foram necessárias para que o Homem atingisse a capacidade de dispor de livre-arbítrio, conquista máxima que nós seres humanos alcançámos como avançada expressão de evolução material, intelectual e espiritual.
 
A influência exercida pelo Faraó Akhenaton foi tão grande que se veio a estender aos Essénios e aos Cristãos primitivos e finalmente aos Templários que na realidade foram o ramo administrativo e militar de uma Ordem Secreta que por detrás dos Cavaleiros do Templo agiam sob nomes diferentes, mas mais frequentemente sob a sigla do Ministério do Sinai, os filhos da Luz!
  
As regras a seguir estão aí e todos os dias as temos de cumprir tendo uma boa prática moral no sentido de trabalharmos a “pedra bruta” que são precisamente as nossas fraqueza e defeitos, estudando e raciocinando sobre as questões sérias da vida e sobre a origem da nossa própria existência e a razão por que cá estamos?!
 
 Na verdade devemos tentar compreender o significado simbólico da Circulatura do Quadrado ao invés da Quadratura do Círculo, sendo este precisamente o domínio da matéria sobre o espírito quando a primeira premissa é o domínio do espírito sobre a matéria!
 
Há uma forma de pensamento que nos conduz efetivamente à evidência das realidades da VIDA existentes neste mundo material que se chama planeta Terra! Estamos de facto subordinados às leis da Natura e por essa razão a Ciência tem uma ação determinante na nossa forma de viver! É conhecendo o mecanismo das leis naturais que nós vamos compreender; respeitar e agir em completa harmonia com a vida do espírito e com as realidades do Universo!
 
Há uma Ciência consubstanciada na educação científica da vontade que nasceu em 1910, na Europa em que os respetivos fundadores se foram inspirar nos ensinamentos que a Sabedoria do Antigo Egipto lhes transmitiu quando souberam traduzir os hieróglifos descobertos por si! Essa mesma Ciência nada tem a ver com qualquer tipo de religião ou misticismo, pairando muito acima das coisas comuns do mundo e essa mesma ciência está contida no “Conhecimento Perdido! “
 
A Espiritualidade é um atributo próprio do espírito humano, pois a religião sendo uma criação gerada pela imaginação do Homem, enquanto a Espiritualidade faz parte do próprio desenvolvimento intelectual, emocional e espiritual que caracterizam o crescimento natural do ser humano.
  
O Povo Português com todos os seus defeitos e atrasos, comparativamente com outros povos dispõe de uma certa " Singularidade" que o distingue e que o tem levado a situações inéditas através da História da Humanidade! É a "Singularidade" que nos distingue! A história mítica ligada ao " Encoberto", o Rei D. Sebastião, o Desejado na realidade não é um "mito", mas sim algo determinante na vida e história dos Portugueses! O "Encoberto" existe e ele está "adormecido" no inconsciente coletivo dos Portugueses. Fernando Pessoa, referia-se no seu Poema Mensagem – ". Falta cumprir-se, Portugal." O " Encoberto" não será necessariamente uma pessoa, mas sim algo consistente e objetivo, tal como o " Santo Graal" não é a taça por onde Jesus, o Cristo bebeu o seu último vinho, mas sim algo relacionado com a Espiritualidade, sentimentos elevados e nobres onde paira ainda um "olhar" muito específico sobre um Conhecimento Universal e Único!
 
O " Encoberto " poderá ser uma doutrina espiritualista que explica e nos leva ao conhecimento dos grandes enigmas da VIDA e nos diz finalmente – DONDE VIMOS? QUEM SOMOS? PORQUE EXISTIMOS? E QUAL O NOSSO DESTINO FINAL?
 
  Uma vez chegados até aqui, dispomos finalmente dos elementos necessários que vão permitir a criação de uma ideologia a que achámos por bem chamar – Doutrina da Cidadania Social,” que tem como suportes quatro pilares que são: a Sobriedade; a Solidariedade; a Cooperação e a Espiritualidade.
 
O tema central do nosso segundo livro –“Ensaio Sobre a Doutrina do Quinto Império – Uma Nova Perspetiva Social” uma vez que se trata de um ensaio sobre uma nova ideologia doutrinária de inspiração lusófona e fundamentada em quatro vertentes que passamos a enumerar: a vertente espiritualista; a vertente política; a vertente social e a vertente económica.
 
Infelizmente e observando-se o atual estado das sociedades, tanto no Ocidente como no Oriente, observa-se a lastimável situação dessas mesmas sociedades, imperando em algumas, governos totalitários; noutras e salvo honrosas exceções, vigora uma falsa democracia dominada e dirigida por uma ideologia neoliberal, onde o fator social vai sendo sistematicamente destruído e onde o trabalhador vê cada vez mais reduzidos os seus direitos em favor dos especuladores financeiros, dos empresários gananciosos e exploradores ou ainda a ação perniciosa e tentacular das multinacionais que têm vindo a sugar a riqueza das nações.
 
Neste segundo livro, pretendemos apresentar uma nova ideologia doutrinária, onde é admitido de que efetivamente as gerações mais idosas vão ter uma importância decisiva na formação das novas sociedades do futuro sempre em função da sua espiritualidade, sensibilidade e experiência de vida. Dentro da mesma orientação são traçadas novas dinâmicas na consolidação das defesas das classes trabalhadoras, dotando as suas organizações sindicais com novos instrumentos de combate contra as investidas do neoliberalismo do Século XXI.
 
No nosso livro e na sua vertente espiritualista esta fundamenta-se na tentativa de encontrar o ponto equidistante, diremos geométrico que irá definir o posicionamento entre o fundamentalismo religioso e o racionalismo materialista procurando-se encontrar uma doutrina verdadeiramente humanista, universalista de base racional e científica demonstrando de que a Morte não interrompe a Vida e a Vida existe fora da Matéria.

Naturalmente que na vertente política e na ideologia doutrinária desenvolvida no livro a democracia representativa perde parte da sua importância a favor da democracia participativa, onde o cidadão comum irá assumir maiores responsabilidades cívicas.
 
 
Finalmente quando nos referimos à vertente sócio/económica, procuramos desenvolver uma inovadora ideologia que neutralize por completo a ação nociva do “lucro” estando aquela corporizada numa nova organização laboral onde o trabalho e os rendimentos sejam repartidos de modo a poder-se generalizar um verdadeiro rendimento mínimo de cidadania socialmente equitativo e extensivo a qualquer cidadão!
 
Na verdade, o livro – “Ensaio Sobre a Doutrina do Quinto Império – Uma Nova Perspetiva Social”, pretende abrir caminho para uma desejável solução para a atual crise portuguesa, abrindo novas condições para que muitos milhares de portuguesas e portugueses, nomeadamente os desempregados de longa duração venham a ter uma nova perspetiva para um futuro feliz e progressista!
 
Naturalmente que temos vindo a pensar sobre a melhor forma de analisarmos a sociedade atual, nomeadamente no que nos diz respeito e que está circunscrita à civilização ocidental!
 
Os conceitos de cooperativismo e de cooperação, são efetivamente distintos, mas na realidade complementam-se distribuindo-se noutros novos conceitos ligados ao humanismo; universalismo; evolucionismo; municipalismo e ecologismo; democracia representativa e participativa e nesta nova perspetiva os conceitos de universalismo; humanismo e evolucionismo estão por sua vez relacionados com concepções associadas ao espiritualismo e espiritualidade humanas, tendo como bases a defesa do princípio da Evolução fundamentada na reencarnação ou nas vidas sucessivas, onde e nos planos racional e científico fica provado de que a Morte Não Interrompe a Vida e a Vida Existe Fora da Matéria!
 
 A Doutrina da Cidadania Social, vai-se inspirar efetivamente em todos aqueles esquemas ideológicos que a própria Filosofia ao longo da História da Humanidade tem vindo a desenvolver. Aqui e objetivamente teremos de juntar àqueles diferentes conceitos um fator de ordem básica que é precisamente a Ciência representada por todos os seus ramos científico e técnicos e à Ciência deverá ser junta a própria História particularizando ou generalizando os diferentes e imensos eventos ocorridos ao longo da vivência humana neste planeta, devendo ser os mesmos estudados e comparados e daí extraírem-se as devidas ilações para utilização e benefício da Humanidade!
                                                                                                                                   
A forma institucional da Doutrina da Cidadania Social, irá sempre ao encontro de propostas vindas tanto das esquerdas como das direitas do leque alargado do espetro político que visam fundamentalmente o bem-estar e o desenvolvimento de uma dada comunidade regional, nacional ou internacional. Na sua componente ideológica e a par das diferentes propostas apresentadas aquela igualmente defenderá sempre a implementação e desenvolvimento de todas as iniciativas e empreendimentos que visam a prática de uma doutrina cooperativista e cooperante ou seja: o cidadão poder exercer democraticamente a sua ação de cidadania social e onde o Voluntariado assume uma posição de relevância social!                                                                                                                                    
 
Fundamentados nestes mesmos princípios orientadores da Doutrina da Cidadania Social, teremos toda a vantagem em corporizar a sua natureza e estrutura num “Movimento Cívico”, no qual se poderão associar pessoas verdadeiramente interessadas em “cooperar” para a criação de uma nova ordem económica e social que possa vir a ser a pedra basilar de uma sociedade verdadeiramente espiritualista, solidária e empenhada no desenvolvimento de novos valores para o progresso material e espiritual da Humanidade!
 
Objetivamente a Doutrina da Cidadania Social materializada no MCPC - terá como colunas mestras o estudo inspirador e norteador do Racionalismo Cristão; o estudo e prática dos princípios contidos no Zoismo – Educação Científica da Vontade e finalmente no estudo e aprofundamento da doutrina cooperativista que António Sérgio, tão ativamente defendeu! Outras disciplinas, tais como: o municipalismo; a ecologia; as democracias representativa e  participativa, nomeadamente esta última deverá ser objeto de um estudo, aprofundamento e desenvolvimento importantes, pois, obviamente como uma das componentes ideológicas principais do M.C.P.C. será a implementação da “democracia participativa”!
 
Certamente que agora no Século XXI, não vamos converter cada cidadão nacional num monge cavaleiro, sujeito a duras regras de conduta moral e material, mas esse mesmo novo cidadão terá que assumir uma nova postura perante a nova sociedade que se avizinha e essa mesma nova postura terá de passar por uma autodisciplina moral e material; pela defesa dos verdadeiros valores assentes na espiritualidade humana; por uma conduta sóbria quando relacionada com consumismos desregrados; pelo desenvolvimento de um sentido de solidariedade mais forte e sincero; no desenvolvimento do espírito de empreendedorismo e abdicação das riquezas e luxos fáceis que o capitalismo desumano de uma maneira tão insensível e frenética tem vindo a provocar na Humanidade!
                                                                                                                                       
Eis, pois de uma forma simples o novo modelo do cidadão do Quinto Império que embora não assuma a figura do monge cavaleiro que caracterizou a Ordem de Cristo, nos Séculos XIV; XV e XVI, mas sempre assumindo um espírito de missão, podendo ser considerado um Cavaleiro Defensor do Quinto Império, sempre virado para a prática do bem comum e para o progresso da Humanidade no seu sentido mais lato!
 
Assim o futuro militante do M.C.P.C. Terá de se submeter a uma prévia preparação e formação para que possa vir a ser de facto um novo cidadão da nova ordem económica e social que está prestes a despontar!
 
Com este meu “Contributo Para Um Novo Conceito da Lusofonia” pretendendo retirar algumas ilações interessantes sobre as potencialidades que oferece o MCPC – Movimento Cívico Português para a cooperação, que inspirado nos princípios desenvolvidos na Doutrina da Cidadania Social, gerar um novo partido político denominado P.C.I.P. – Partido Cooperativo e Inovador Português, que teria como objetivo a mobilização dos Portugueses para a realização de um Projeto Global que venha a contemplar uma Pátria Universal da Língua Portuguesa que na sua mais viva expressão será a Lusofonia!
 
Jacinto Alves, autor dos livros: "Operação: Quinto Império" - Editora Ecopy/2010 e "Ensaio Sobre a Doutrina do Quinto Império" - Chiado Editora - 2013

Sem comentários: