Segundo a Agência
Lusa, o responsável máximo da OMC: Organização Mundial do Comércio, o
brasileiro Roberto Azevêdo, considerou que a ideia defendida pelos empresários
lusófonos sobre a criação de um mercado único de livre circulação de bens e
pessoas “seria útil e saudável” – nas suas palavras: “É um movimento que seria
útil e saudável para a integração das economias, porque são economias que já
têm uma conexão importante entre elas, não só pela língua, mas também pela
cultura e pela vertente empresarial, não é à toa que os empresários pedem isso,
é porque há uma relação íntima de cooperação e ligação entre os sistemas
económicos desses países”.
Não podemos deixar
de saudar efusivamente esta Proposta expressa por um dirigente de uma
organização tão importante como é a OMC, que vem ao encontro de tudo aquilo que
o MIL: Movimento Internacional Lusófono tem, de forma coerente e consequente,
defendido desde a sua fundação: o reforço dos laços entre os países e
regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e
político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação
de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
De resto, recordamos que foi Agostinho da Silva quem defendeu, ainda em vida, a
ideia do Passaporte Lusófono e quem assumiu o sonho de “fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa, política, essa,
que tem uma vertente cultural e uma outra, muito importante, económica”.
Temos consciência
que esse sonho não poderá ser realizável no imediato, mas esperamos que neste
novo ano de 2014 se dêem passos bem concretos nesse sentido. Seria a melhor
forma de homenagear Agostinho da Silva, nos 20 anos do seu falecimento. Essa é,
decerto, uma das prioridades da “cooperação lusófona”, precisamente o tema
geral do II Congresso da Cidadania Lusófona, que o MIL, em parceria com a
Sphaera Mundi: Museu do Mundo, irá coordenar, no âmbito da PASC: Plataforma
Activa da Sociedade Civil, evento que irá decorrer, como já foi oportunamente
anunciado, no dia 16 de Abril do corrente ano, na Sociedade de Geografia de
Lisboa. Eis, em suma, o Horizonte do Caminho que em 2014 continuaremos a
trilhar.
MIL: Movimento Internacional
Lusófono
16 comentários:
É mais uma acção que visa, saudavelmente, criar unidade entre os países lusófonos, o que, obviamente, eu apoio.
Eduardo Aroso
Estou naturalmente de acordo, mas devo advertir que tal terá de ser bem pensado e quiçá negociado com a União Europeia, visto nesta existir a livre circulação de pessoas, bens e serviços e tal implicar, através de Portugal, a um "alargamento".
Estou plenamente de acordo com esta Declaração do MIL de apoio à proposta de um Espaço Lusófono de Livre Circulação de Pessoas e Bens, pois a Globalização exige que se faça esta integração económica através de pequenos passos escorados em identidades colectivas como bem viu, de forma precursora, Agostinho da Silva relativamente à geografia humana da Lusofonia.
Nuno Sotto Mayor Ferrão
Penso que o MIL deveria demonstrar também disponibilidade para colaborar no desenvolvimento de uma proposta base para se avançar com o projeto e envolver as organizações implicadas...
Completamente de acordo.
Já sonho com um passaporte Lusofono.
Grande visionário de um mundo fraterno que sempre sonhou e viveu ultrapassando fronteiras, professor Agostinho da Silva será sempre um forte pilar da Lusofonia.
Luisa Timóteo
A lusofonia constrói mesmo assim. Unindo as sinergias em torno de um projecto comum e a todos os níveis, como bem sonhou o nosso Agostinho da Silva. De acordo.
Elter,
Mil Cabo Verde
Como não ser a favor? Imagino que todo membro do MIL, de uma ou de outra forma, será a favor deste ideário.
Aproveito apenas para voltar a lembrar que o "todos os níveis" que consta da declaração não pode esquecer do "acadêmico/educacional", pelo que proponho que o texto passe a ser: "todos os níveis: cultural, social, acadêmico, económico e político".
Um grande abraço a todos,
Sam
Há anos que em qualquer espaço público e privado defendo uma opção estratégica destas. Não importa que neste momento de crise para Portugal seja interessante, porque os ciclos de crescimento económico oscilam. Urge caminhar na busca desse espaço.
A idéia é louvável, e, lógico, concordo com ela , no entanto, Portugal hoje é um Estado membro da comunidade Européia e isto certamente terá implicâncias para que este ideal venha a se concretizar.
Concordo na generalidade com esta magnífica proposta a que o MIL se deve associar. Não esquecendo o cuidado e a atenção com que deve ser gerida a proposta e o alargamento ao nível cultural e académico.
Abraços MIL
Carlos Vieira Reis
Estou plenamente de acordo com a proposta.É sem dúvida um sonho de todos aqueles que de alguma forma sentem os países da lusofonia como um todo.Este sonho poderá se realizar com o empenho de todos.
Mariene Hildebrando
Claramente de acordo!
No entanto, não acredito na possibilidade de compatibilizar o bloco lusófono com a MERCOSUL e UE, etc.
O tempo mostrará, sobretudo a nível geopolítico, e não econômico, que a pertença a estes blocos é ainda mais prejudicial do que a não pertença ao bloco lusófono.
Às vezes, as pessoas falam como se tivessem o tempo pela frente sem percalços e instabilidades, como se nunca mais fosse haver guerras e conflitos graves.
Dizem-se otimistas! Mas quando é para fazer o bloco lusófono é só "prudência"...
O desenvolvimento de um espaço político lusófono justifica-se para muitos e diferentes objectivos. Para quem viva em Portugal, ou noutro país lusófono, mais oportunidades de falar em português é muito importante, sobretudo quando até no Brasil e em Portugal as universidades reclamam dos seus professores que façam carreiras em inglês. Mas por si só, o espaço lusófono não é mobilizador: dever-se-ia acrescentar democracia e liberdade a esse projecto. Comércio? Modernização? Talvez. Isto é, na condição de isso significar melhorias para a vida dos povos que a democracia e a liberdade permitem e de que são sinais. Será pedir muito?
Não poderia estar mais de acordo com este projecto lusófono. Só não sei que escolhos poderão residir no facto de Portugal pertencer, hoje, à UE e os outros países, como o Brasil, ao MERCOSUL, Etc.
O sonho de AGOSTINHO DA SILVA parece congregar cada vez mais adeptos. Oxalá se torne realidade ainda no tempo das nossas vidas.
VIRGÍLIO CARVALHO.
Para um futuro próximo, eu concordo. Mas de imediato, eu acho que os países não estão preparados, principalmente o meu, o Brasil. A proposta deve ser enviada o quanto antes aos governantes e legisladores de cada país lusófono para que iniciem a preparação o quanto antes possível.
Concordo, mas não para já. Entendo que os países devem se preparar muito bem antes.
Leia-se, com todo o interessse para esta temática, o último livro do Prof. ADRIANO MOREIRA, significativamente intitulado «Memórias do Outono Ocidental. Um século sem bússola», Livraria Almedina, Novembro de 2 013, no qual, entre tantos outros temas, se refere a importância que tem para Portugal a segurança do Atlântico, Norte e Sul, bem como do próprio Mediterrâneo, e a maritimidade da CPLP.
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