Cabo Verde vai ter "entrada direta na globalização" quando ficar concluído o Centro Tecnológico, integrado num projeto mais ambicioso de tornar o arquipélago num "hub" de telecomunicações.
À semelhança de Silicon Valley, região californiana onde desde 1950 se situa um conjunto de empresas dedicadas à inovação científica e tecnológica, o Centro Tecnológico da Cidade da Praia é uma das peças do "puzzle" para o Cluster das Tecnologias da Informação e Comunicação em Cabo Verde.
O centro fará parte, "talvez ainda em 2013", do Parque Tecnológico inerente ao "cluster" em que o governo cabo-verdiano está a apostar para diversificar a economia local, criar postos de trabalho e gerar riqueza num país sem recursos naturais.
A obra encontra-se em fase avançada de construção, atrás do antigo aeroporto da Cidade da Praia, e é financiada maioritariamente pela China, com uma contribuição de 17 milhões de dólares (13,2 milhões de euros). Portugal participa no financiamento com um empréstimo de oito milhões de euros, para a aquisição dos equipamentos, estando já garantido que Pequim disponibilizará mais 13 milhões de dólares (10,1 milhões de euros) para a conclusão da primeira fase e outros 15 milhões (11,6 milhões de euros) para novos módulos.
"O centro é a coluna vertebral do Parque Tecnológico. Tem duas unidades: um Data Center de alta disponibilidade e um centro operacional. Tem níveis elevadíssimos de segurança e está preparado para prestar serviços de alta fiabilidade e disponibilidade ao Estado e a terceiros", afirmou Jorge Lopes.
O parque tecnológico - "a concretização de uma visão e a entrada direta para a globalização", disse Jorge Lopes - está orçado em 35 milhões de dólares (27,2 milhões de euros), financiados pelo Banco Africano de Investimentos (BAD).
Salientando a "grande atenção" dada aos serviços de energia e refrigeração, "os pontos mais críticos", Jorge Lopes lembrou que as medidas de eficiência energética e os recursos humanos "altamente qualificados" vão permitir criar um complexo para a instalação de empresas nacionais e estrangeiras. "Estamos a ter manifestações de interesse de multinacionais para o Parque Tecnológico, que terá outras valências, como espaços para empresas, qualificação e certificação e colaboração com academias. É uma espécie de Silicon Valley de prestação de serviços para a região, para África e para o Mundo", acrescentou.
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