MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia
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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"
Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)
A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)
Agostinho da Silva
7 comentários:
Escreveste mal o teu nome. Com o novo acordo agora é Otávio... sem "c".
Escreveste mal o teu nome. Com o novo acordo agora é Otávio... sem "c".
Dois erros comuns na argumentação contra o acordo ortográfico.
1) A continuidade geográfica
Não tem nada a ver com o caso. Ou se acha que
os Açores e a Madeira deviam ter escritas diferentes? Ninguém duvida que o
português falado nos Açores é pelo menos tão distante do padrão de que o
falado em Luanda. Como portuense me sinto particularmente ofendido. Se
fossem escrever respeitando a minha especificidade, se escreveria "tenhem" e
não "têm", "cumo" e não "como" e muito mais... No entanto, eu alegremnte
desde miúdo, me submeti em prol da uniformidade. Ou as diferenças
linguísticas só são diferenças se tiver água no meio: "argumento ridículo".
2) Se faz a comparação entre USA/UK e Portugal/Brasil. Esquece-se de que
nos USA não existe estritamente língua oficial.
http://en.wikipedia.org/wiki/United_States
Existem línguas de trabalho
definidas pelos Estados. Então como se poderia legislar sobre ela? A
constituição dos USA é extremamente complexa: nem todos os Estados tem o
mesmo tipo de ligação com a união, etc, etc. Por outro lado, na Inglaterra
as diferenças linguísticas internas são muito maiores do que a diferenças
médias entres os USA e UK. Só quem nunca viajou por Inglaterra a sério é
que não se impressionou de ouvir pessoas autócnes a pronunciar à portuguesa
as palavras "money" e "bug".
Claro, as pessoas não se referem ao caso da China onde
línguas completamente distintas têm a mesma escrita; nem da alemanha,
áustria e suíça entre outros, onde as diferenças dialectais são muito mais
díspares e fizeram recentemente um acordo. Isto para não falar do castelhano
e muito mais línguas que conseguiram uniformidade na escrita e vão à nossa
frente...
Eu sou da linha de uma moção de deputados
brasileiros (eu sou português...) que queriam manter o trema (à moda
brasileira mais ou menos) e as consoantes mudas se estas fossem pronunciadas
em alguma derivação do seu radical, para não acontecer como no Brasil onde
as pessoas normais não fazem a mínima ideia de que excepcional vem de
exceção.
Podemos achar o atual acordo não totalmente perfeito, mas atitude correta neste momento é ceder sem conceder com ânimo de recuperar uma maior perfeição futuramente. O não querer aceitar neste momento o atual acordo ortográfico é querer muitos mais malefícios do que benefícios.
Só se entende isso pelo o horror à perda de poder de algumas
pessoas de Lisboa... Pelo menos eu só consigo compreender
assim: "mais vale mandar em pouco do que em nada". Muitos Lisboetas não
compreendem que para um portuense de gema, se a Pátria não puder ser a
Língua Portuguesa então ela é o Porto. O atual Portugal é só uma
contingência histórica transitória e mutável.
A «criatividade» - ou será antes «contorcionismo mental»? - de alguns que teimam em (tentar) defender o indefensável nunca cessa de me surpreender...
"Contorcionismo mental" é defender um sistema que apreenta a conjungação do verbo "intuir" e "arguir" com acentuação completamente diversa, que faz hesitar qualquer um. Claro, cheio de boas e sábias razões, contorcidas no entanto.
«Apreenta»?! «Conjungação»?! Isto também é consequência do AO?
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