Agostinho da Silva, COMPOSTELA, Carta sem prazo a seus amigos. Publicação do autor,. Lisboa. 1971
Voltar a este texto quarenta anos decorridos, a par da imensa alegria e epifania que me são sempre as palavras de Agostinho, como um reencontro com o amigo mais sábio que existe em mim, tem por outro lado, neste tempo de Quaresma, a verificação de que o cenário continua a ser o da crucificação. A par da extrema actualidade, porque, como sempre, continua existindo um clero "regressista", como lhe chama Agostinho, existem também os outros ainda tão empenhados na crucificação do Mesmo: o "Pobre". aquele que deveria ser o "Rei", o centro das preocupações de todos.
Assistimos hoje a uma tremenda luta dos poderes. Mas voltam às ruas as canções que talvez nunca, nos últimos ano, tenham estado tão actuais. Falam de liberdade, alegria e responsabilidade.
Confiemos. Após uma crucificação vem sempre uma ressurreição. Porque a vocação da humanidade é o voo. (Já) só lhe faltam as asas. Que não sejam as de Ícaro. Mais sólidas, mais leves, mais simples. Mais invisíveis. Mais naturais.
2 comentários:
Não será a primeira vez que venho até seu espaço. Lindo mesmo! não só a estética, que é lindissimo, mas também o que nele coloca. Tudo mesmo muito bom! São escritos que saiem da alma e que faz mexer com outras almas!
Tudo de bom lhe desejo e voltarei mais vezes aqui. Seja meu seguidor, serei seu também!
Um beijo e um abração.
Como não podia deixar de ser, o MILhafre gosta de voos de pássaro...
Abraço, Risoleta
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