Como era previsível, os seus amigos saíram logo em sua defesa, condenando em absoluto esta acção, nalguns casos sob a capa do mais hipócrita pacifismo – pois que um pacifismo bem coberto de sangue, neste caso das muitas vítimas de Kadhafi. Muitos dos mesmos que também condenaram a nossa proposta de uma Força Lusófona de Manutenção de Paz, para responder às situações de caos vividas em Timor-Leste e na Guiné-Bissau…
Não sei se a Líbia, enquanto tal, terá futuro – todos sabemos da sua complexidade tribal e cultural, que porventura levará, mais cedo ou mais tarde, à desagregação do país, talvez até abrindo a porta a outras guerras. Mas era preciso fazer alguma coisa. Agora. Por mais que isso irrite os amigos de Kadhafi – em Portugal e no Mundo. Escusado será referir os seus nomes ou em que espectro político se situam em geral. São como, como seria de esperar, pessoas que falam muito na defesa dos Direitos Humanos…
2 comentários:
É raro discordar do Renato, mas desta vez tem mesmo que ser.
Atenção que quem está a pregar o evangelho dos Direitos Humanos desta vez é o nobel da paz que tem ocupados uns quantos países e gere uma prisão ilegal em Guantanamo, o francês que foi eleito com o dinheiro do Khadafi e o Cameron porque lhe apeteceu.
Infelizmente gente que prezo, à Direita, tem a mesma opinião que o Renato (o Mendo Henriques e o Adelino Maltez, por exemplo), felizmente também os há da mesma opinião que eu (Quartin Graça e Miguel Castelo Branco).
Outra guerra da treta para obter mais petróleo. Não fosse da treta, existem pelo menos uma dezena de outros países que merecem um tratamento deste tipo tanto em África como na Ásia.
É verdade "que existem pelo menos uma dezena de outros países que merecem um tratamento deste tipo tanto em África como na Ásia". Mas esse é o tipo de argumento que só nos pode levar à inacção. Sabemos que só esta é "justa", porque não toma partido. Ao invés, a acção é sempre "injusta". É o mundo em que vivemos. Como diria o outro, é a vida...
Enviar um comentário