Parece ser uma sina dos nossos governantes: só quando estão prestes a sair é que, finalmente, dão mostras de alguma lucidez. O actual Primeiro-Ministro, José Sócrates, é apenas o último exemplo disso. Com toda a gente a apontar-lhe a porta de saída, descobriu agora que “a lusofonia deve ser a prioridade absoluta da política externa portuguesa". Pelos vistos, foi preciso a Chanceler alemã, Angela Merkel, ter deixado claro que a União Europeia é apenas uma associação de interesses económicos – grande surpresa! – para o Primeiro-Ministro português perceber que as alianças estratégicas devem fundar-se em muito mais do que meros interesses económicos, antes em elos histórico-culturais, pois que são estes que, quando os ventos da economia não sopram de feição, garantem a solidez das alianças estratégicas…
Também nesse aspecto o Doutor Fernando Nobre se distingue – por ter feito da aposta na convergência lusófona um dos principais desígnios da sua candidatura presidencial…
Sem comentários:
Enviar um comentário