Para além da tradicional sessão solene na Assembleia Municipal, grande parte do programa está relacionado Adriano Moreira, que vai emprestar o nome ao Centro Cultural Municipal, após ter baptizado uma praceta nos claustros do mesmo edifício.
A estrutura local da CDU repudia esta decisão, alegando que as homenagens a Adriano Moreira são feitas “à revelia da Comissão das Comemorações do Centenário da República”.
Para José Brinquete, eleito da CDU na Assembleia Municipal de Bragança, “ao contrário do que o senhor presidente da Câmara afirma, Adriano Moreira não é uma figura identitária da região”.
Aliás, acrescenta o comunicado, “enquanto membro destacado do poder não se lhe conhece qualquer esforço no sentido de contribuir para o desenvolvimento da nossa região. Como tantos outros, o que o liga ao Nordeste Transmontano é tão-somente o facto de aqui ter nascido”.
Na óptica CDU, “o que distingue indelevelmente o cidadão Adriano Moreira, é o facto de ter sido membro destacado do regime ditatorial deposto com o 25 de Abril e de ter sido membro de um Governo, onde deteve a pasta do colonialismo e da guerra colonial.
Segundo José Brinquete, Adriano Moreira “nunca se distanciou deste passado político e ainda recentemente se afirmou convicto admirador das “virtudes” políticas de Salazar”.
No Portugal Democrático, alega a coligação “o que volta a marcar o cidadão Adriano Moreira foi o facto de ter sido Presidente de um Partido da extrema direita, que não aprovou a Constituição da República Portuguesa, e se tivesse tido força suficiente voltaria ao 24 de Abril de 1974”.
Polémica à parte, os 100 anos da implantação da República são celebrados na maioria dos concelhos do distrito de Bragança, onde as Câmaras Municipais chamaram a si a organização das iniciativas.
4 comentários:
Parece ser um dos feriados que mais atiça a estupidez e a intolerância.
É do "vinho do Nordeste"
Admira-te... :)
Desculpem lá, mas o vinho é bom.
Enviar um comentário