Alguns comentadores considerarão – como consideraram – o Discurso do Doutor Fernando Nobre “pouco político”, mas isso é porque, provavelmente, não têm noção do “impasse total” em que Portugal vive. Se esse “impasse total” é verdadeiro, como consideramos ser, então impõe-se uma visão estratégica para o país, muito acima das costumeiras perspectivas do tacticismo partidário. Estas sim, no momento, é que são muito pouco políticas, dado que não respondem a esse “impasse total” em que vivemos, antes o agravam por dissimulação…
Mais de que um Discurso que responda à espuma das coisas – ou ao jogo de sombras em que se tornou a vida partidária portuguesa –, o que mais importa é um Discurso que mergulhe bem fundo e que, dessa forma, nos abra Horizontes bem altos, vias de superação desse “impasse total” em que vivemos. Vias que serão as novas “caravelas”, Horizontes que serão os novos “Descobrimentos”. Importa que Portugal se redescubra – na sua Cultura, na sua História. Nada de mais político do que essa redescoberta. Pois que só assim Portugal poderá assumir-se de novo como um projecto de futuro, em irmandade com outros países com quem partilhamos essa Cultura e essa História: os outros países lusófonos…
Uma vez mais, no seu Discurso de Sábado, o Doutor Fernando Nobre provou ter essa visão estratégica para Portugal, esse projecto de futuro…
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