“As autoridades de Bruxelas, na consequência dos acontecimentos de 1 de Abril, decidiram adiar a decisão de avançar com a missão de implementação da reforma do sector de defesa e segurança”, afirmou.
“Felizmente, a porta não fica fechada. Ainda que não haja uma missão de implementação, foi autorizada a extensão da missão durante quatro meses para dar tempo às autoridades de Bruxelas para tomarem uma decisão calma e esperar que durante este tempo haja uma solução política para os problemas criados no dia 1 de Abril”, disse o general espanhol, que deixa a Guiné-Bissau no final de Maio.
A Guiné-Bissau voltou a passar momentos de instabilidade a 1 de Abril, quando uma intervenção militar levou à detenção do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, almirante Zamora Induta, e do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior.
O chefe do Governo foi libertado no mesmo dia, mas Zamora Induta continua detido e ainda não foram nomeadas as novas chefias militares.
“Tecnicamente, podemos falar que esta presença de quatro meses vai ser uma presença testemunhal, de maneira a que permita também que pessoas fiquem no terreno para manter informado o Conselho sobre a situação no país”, explicou Juan Esteban Verastegui.
O general adiantou também que a missão ficará reduzida ao vice-chefe da missão, que passará a assumir a chefia, e a três ou quatro conselheiros.
“O chefe da missão será o actual vice-chefe e ficam três ou quatro conselheiros, ainda estamos em dúvida, mas é evidente que é uma situação de serviços mínimos”, afirmou.
Segundo o general espanhol, a União Europeia está à “espera de sinais claros por parte dos políticos da Guiné” para determinar se a missão acaba em Setembro ou se inicia uma nova.
Denominada Missão da União Europeia para reforma do Sector da Segurança na Guiné-Bissau (UERSS), os conselheiros europeus tiveram como principais objectivos contribuir para o desenvolvimento de planos para a reconstrução e redimensionamento das forças armadas e corpos policiais.
A missão europeia "está em linha com a Parceria Estratégica Europa-África", adoptada na última Cimeira UE-África, que se realizou em Lisboa em dezembro de 2007, que "aponta a paz e segurança como área de cooperação".
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