Excelentíssimos Senhores,
Enquanto leitor diário do vosso jornal, venho expressar a minha perplexidade por não terem feito qualquer referência ao primeiro grande acto de campanha da candidatura presidencial do Doutor Fernando Nobre – o jantar com quase meio milhar de apoiantes que decorreu no último Sábado, em Lisboa, onde o Doutor Fernando Nobre apresentou o seu mandatário local, Luís Represas, e onde fez um importante discurso, reiterando, por um lado, as traves-mestras da sua candidatura e, por outro, desenvolvendo algumas ideias relativas aos acontecimentos dos últimos tempos (nomeadamente, a da criação de uma “Agência Europeia de Rating”, que, a priori, nos salvaguardaria mais dos ataques especulativos de que temos sido alvo). Foi uma sessão muito participada, que encheu por inteiro o amplo espaço – como foi noticiado pela generalidade dos “media” e como posso eu próprio testemunhar, já que lá estive, a título pessoal e em representação do MIL (Movimento Internacional Lusófono), um movimento cultural e cívico que decidiu apoiar esta candidatura – por duas razões, essencialmente:
- em primeiro lugar, porque, tal como disse o próprio Doutor Fernando Nobre na Apresentação da sua Candidatura, “Portugal precisa de um Presidente que venha verdadeiramente da sociedade civil, que seja independente, que nada precise da política e que conheça bem o país e o mundo”. Para mais, na situação de grave crise estrutural em que vivemos;
- em segundo lugar, porque o Doutor Fernando Nobre tem desde há muito defendido o reforço dos laços entre os países lusófonos – não só no plano cultural, mas também social, económico e político, tendo em vista a criação de uma verdadeira Comunidade Lusófona, no aprofundamento da CPLP: objectivo maior do MIL. A nosso ver, de resto, só essa reorientação estratégica de Portugal poderá dar resposta a essa situação de grave crise estrutural.
A minha perplexidade é tanto maior porquanto, uns dias antes, o vosso jornal deu destaque à notícia da saída de um elemento da comissão da candidatura do Doutor Fernando Nobre.
Face a isso, pergunto: o vosso jornal tem alguma reserva editorial em relação a esta candidatura ou a omissão aqui denunciada foi apenas um lapso?
Desde já grato pela atenção.
Muito cordialmente,
Renato Epifânio
Porta-Voz do MIL: Movimento Internacional Lusófono (www.movimentolusofono.org)
3 comentários:
O Dr. Fernando Nobre, meu ilustre Amigo, sabia bem, quando decidiu aceitar a candidatura à Presidencia que NUNCA NINGUÉM LEVANTOU VÔO QUE O NÃO FIZESSE CONTRA O VENTO...Assim sendo, não serão os pequenos contratempos que impedirão a sua ascenção nas sondagens dia a dia, até à vitória final.
A. Mendes Pinto
Na mouche esta carta, espero que a publiquem.
Também fiquei curioso! Mas já se sabe, apesar de também ler o público regularmente, este jornal tem uma agenda política. Desde o apoio à Guerra do Iraque e ao Durão, passando por episódios mais recentes, o Público tem vindo a descer de nível. Se calhar devia deixar de o ler...
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