Segundo José Ribeiro e Castro (CDS/PP), a iniciativa, apoiada por todos partidos com representantes na Comissão Parlamentar, não tem ainda data marcada.
"Pedi ao secretário de Estado que venha à nossa Comissão o mais depressa que lhe seja possível, para podermos analisar e debater a crise na Guiné-Bissau", disse.
"Desejamos que (a reunião) tenha lugar na próxima semana, na primeira oportunidade de acordo com a disponibilidade e agenda (de João Gomes Cravinho). É uma iniciativa minha, enquanto presidente da Comissão e que tem o apoio de todos os partidos, com cujos coordenadores já tive ocasião de falar", acrescentou.
José Ribeiro e Castro disse ainda ter já contactado o secretário de Estado Gomes Cravinho, a quem expressou o apoio à atuação do Governo português "no contexto desta crise".
"Naturalmente actuando com os canais adequados e no quadro das instituições a que pertencemos: União Europeia, Nações Unidas, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e também em articulação com organizações regionais, como a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental e União Africana, uma linha muito clara de defesa da Constituição e, portanto, uma linha pró-activa de defesa do Estado de Direito na Guiné-Bissau e do pleno respeito das suas autoridades legítimas", frisou.
A Guiné-Bissau voltou na quinta-feira a passar por momentos de instabilidade, quando militares, liderados pelo antigo chefe da Armada, almirante José Américo Bubo Na Tchuto, e pelo número dois do Estado Maior General das Forças Armadas, que se auto-proclamou chefe do EMGFA, major-general António Indjai, detiveram o primeiro ministro, Carlos Gomes Júnior, e o CEMGFA, almirante Zamora Induta.
Carlos Gomes Júnior foi depois libertado, enquanto Zamora Induta continua detido.
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