Socorrendo-me das minhas reflexões e preocupações, expressas no livro Humanidade- Despertar para a Cidadania Global Solidária, gostaria de vos dizer, pessoalmente, o seguinte:
"... a Democracia, que em todas as minhas conferências comparo a uma papoila, não é perene. Ela terá de resistir, de se adaptar às mudanças ou de morrer, transitoriamente, até que o sopro da liberdade lhe volte a dar vida.
A democracia é uma papoila frágil: logo que colhida, morre, mas é uma flor que renasce sempre, mesmo no terreno mais inóspito, entre as pedras dos escombros e do lixo.
É evidente que para mim, nascido em ditadura, e em alerta constante do bufo denunciante,
"Fomos todos nós que permitimos, pela nossa cobardia, sonolência e acomodação, que as fendas fossem minando a democracia representativa, sem dúvida o menos mau de todos os sistemas. Mas esquecemo-nos de que ela exigia cuidados redobrados, como a papoila que é, e que podia e deveria ser perfectível com uma participação cidadã mais exigente, atenta e empenhada".
Fernando Nobre
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Felicito a campanha de Fernando Nobre pela escolha deste surpreendente símbolo, sem dúvida repleto de um simbolismo, quer místico quer político, que muito fará, em termos icónicos, na promoção de uma candidatura, que cada vez mais expressa rumo e sentido.
Portugal é, e sempre foi, múltiplo; é impossível calar uma nação, nos mortos, nos vivos e em tudo o que faz rumor pelos campos, por entre a simplicidade da pedra e das torrentes...
1 comentário:
Feliz escolha a de Fernando Nobre.
A papoila ou os eucaliptos, temperados com mais ou menos couves de Bruxelas - eis a pergunta para os portugueses.
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