Estou-me referindo aos concelhos espanhois de Olivença
em apoio do Bourbon, frente ao aspirante austríaco -; porém, obtida a vitória polo Bourbon (Filipe V da Espanha) este negou-se a cumprir o tratado – não tornando esses territórios bem portugueses a Portugal -, comportando-se assim dum jeito muito espanhol. Estão logo os territórios do vale do Xalma - concelhos espanhois de Valverde do Freixo, Sam Martim de Trevejo, e Eljas. Mais ao norte estão os concelhos de Almedilha e Calabor. Todos esses territórios são contíguos de Portugal e afastados geograficamente das falas galegas do português, ainda que a pressão do castelhano e a sua imposição, dá a estas falas uma farda muito galaica http://www.pglingua.org/index.php?option=com_content&view=article&id=1906:o
Um grupo de professores galegos membros do coletivo glu glu, realizaram um interessante filme sobre esta realidade, que pode ser adquirido na Loja on-line imperdível http://imperdivel.net/documentarios/60-entrelinguas.html e que estou seguro vai ser todo um descobrimento para o público português em geral, e para entender de jeito muito mais claro que as falas galegas são parte da sua própria língua.
O documental é acompanhado com outro DVD com dados, inclui uma entrevista - de muito interesse - com um professor da universidade de Vigo – Henrique Costas -, que seguindo as teses espanholas, defende que as falas galegas não são português e por tanto algumas das falas portuguesas da raia leste e pela mesma razão - são galegas - é dizer espanholas (e não portuguesas)
A obra é uma pequena joia que vai servir para os portugueses recuperarmos algum aspecto da complexidade da nossa formação nacional, pois a fronteira do tratado de Alcanhizes não é exatamente uma fronteira linguística.
Só mais uma cousa, se o português destes territórios vive uma dura situação, onde pior está, é no mais recente território roubado de Portugal – Olivença -, onde se empregaram a fundo os espanhois com - jugo e vara - para apagar a nossa língua.
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