O director do Centro Nacional de Coordenação de Ação Anti-Minas (CAMI) fez esta revelação no âmbito de uma reunião do conselho nacional de desminagem humanitária que decorre em Bissau, durante o qual será feito um balanço da desminagem no país.
Segundo o responsável do CAMI, em sete anos de desminagem humanitária, “foram limpas minas em mais de quatro milhões de quilómetros quadrados” na Guiné-Bissau, o que corresponde a cerca de um terço do território coberto de minas.
“Estamos no bom caminho, mas ainda falta muita coisa e o país tem poucos recursos para fazer face à desminagem”, afirmou César de Carvalho.
Para já, da aérea limpa de minas foram retiradas 3072 minas anti-pessoal, 661 minas anti-tanque e 152 minas anti-barco, explicou César de Carvalho, sublinhando, contudo, que o país tem “muito mais que isso no seu subsolo”.
“Até Novembro de 2011, grande parte do território estará livre de minas anti-pessoal, mas precisará de mais tempo para cumprir com as determinações da convenção da Ottawa que preconiza a desminagem total dentro de alguns anos”, disse o director do CAMI.
Além de minas, o país está infestado de engenhos e artefactos explosivos espalhados pelo território na sequência de vários conflitos armados desde a independência, frisou César de Carvalho.
Actualmente algumas organizações não-governamentais executam directamente a acçao de desminagem, sob a coordenação do governo (CAMI), mas toda a assistência técnica e financeira é prestada pela comunidade internacional.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF), os EUA, Inglaterra, Suíça, Noruega, Suécia, Alemanha, Canada, Japão e França são os principais financiadores da desminagem na Guiné-Bissau.
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