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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI

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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

segunda-feira, 29 de março de 2010

Em Cabo Verde...

Português deve ser ensinado em Cabo Verde como língua estrangeira

O escritor Germano Almeida defende que a língua portuguesa deve ser ensinada em Cabo Verde como língua estrangeira para que os cabo-verdianos passem a falar melhor o português.

Em entrevista à Agência Lusa, o escritor cabo-verdiano afirmou que no arquipélago há a ideia de que a população é bilingue, "o que não corresponde à verdade"

"O que vejo em Cabo Verde é uma defesa desmesurada do crioulo, quando o crioulo não está em risco e o crioulo limita-nos, fecha-nos sobre nós próprios", afirmou.

"Preocupa-me mais a questão do português do que o crioulo porque o crioulo não está em perigo. Agora, o português é muito importante para os cabo-verdianos para nos darmos ao luxo de o perder", afirmou.

Germano Almeida explicou que o português é o instrumento que mantém os cabo-verdianos em contacto com os outros países.

"Portugal, Brasil, Angola não precisam de contactar connosco, nós é que precisamos de contactar com eles, então o português para os cabo-verdianos é essencial. Os cabo-verdianos não são bilingues e por isso precisamos começar a ensinar o português como língua estrangeira", prosseguiu.

O escritor recordou que já foi feito no arquipélago uma experiência piloto de ensino do português como língua estrangeira "com excelentes resultados".

Por isso, defende que esta experiência devia ser alargada a todo o ensino, porque, apesar de os cabo-verdianos fazerem-se entender em português, não o falam correctamente.

"Não podemos pensar que o cabo-verdiano fala o português desde criança, porque não fala. Vemos alunos que terminam o décimo segundo ano e falam mal o português. Há professores que também não sabem falar português portanto só podemos concluir que o ensino está a falhar", declarou.

Para o escritor e advogado, a questão de cada país ter uma forma diferente de falar o português não é o mais importante desde que se consiga manter uma escrita comum, para facilitar a comunicação.

"Eu prefiro saber que os oito países que usam o português como língua oficial escrevem mais ou menos da mesma maneira, temos a mesma ortografia. Neste sentido estou de acordo com o acordo ortográfico", finalizou.

O futuro da língua portuguesa está em debate numa conferência internacional em Brasília até 31 de Março, dia que os chefes da diplomacia da CPLP discutem as conclusões produzidas no encontro.

Fonte: Notícias Lusófonas

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