O Brasil deverá acumular este ano um défice nas suas contas externas de 49 mil milhões de dólares, o maior desde que o indicador começou a ser medido em 1947, informou hoje o Banco Central.
A autoridade monetária salientou num comunicado que aumentou a sua previsão para o défice nas transações correntes, que registam as diferenças entre as exportações e importações de mercadorias e de serviços com o estrangeiro, inicialmente de 40 mil milhões de dólares para 2010.
Confirmada a previsão, será o maior défice em conta corrente do Brasil com o estrangeiro em 63 anos, resultado de um saldo na balança comercial inferior ao inicialmente previsto por causa do crescimento das importações.
A previsão para o saldo positivo da balança comercial foi reduzida de 15 mil milhões de dólares para 10 mil milhões de dólares, com o aumento das importações de 155 mil milhões de dólares para 163 mil milhões de dólares.
A previsão é que as exportações brasileiras cresçam num ritmo menor do que as importações, passando de 170 mil milhões de dólares para 173 mil milhões de dólares, contribuindo para a diminuição do saldo da balança comercial.
A previsão para este ano do défice na conta de serviços, que inclui remessas de lucros e dividendos, pagamento de juros e gasto de brasileiros com viagens internacionais, foi elevada de 58,5 mil milhões de dólares para 62,5 mil milhões de dólares.
Segundo o Banco Central, as remessas de lucros e dividendos das empresas estrangeiras no Brasil vão aumentar de 30 mil milhões de dólares para 32 mil milhões de dólares, em 2010.
A projecção do Governo é de que a economia brasileira crescerá cerca de 5,5 por cento este ano, com a criação recorde de dois milhões de empregos formais.
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