A 1 de Fevereiro de 1908, em Lisboa, o rei de Portugal, D. Carlos I, foi assassinado, juntamente com o seu filho D. Luís Filipe, príncipe herdeiro do trono.
Nascido em Lisboa, a 28 de Setembro de 1863, filho de D. Luís I e de D. Maria Pia de Sabóia, casado em 1886 com D, Maria Amélia de Orleães, filha dos condes de Paris, e eleito rei de Portugal desde 1889.
A sua personalidade era multifacetada. Assim, como cientista, colaborou em investigações oceanográficas, enquanto que, como pintor, conquistou prémios em competições internacionais com as suas aguarelas e pastéis. Durante o reinado de D. Carlos I (1889-1908) normalizaram-se as relações com a Inglaterra e reataram-se as relações com o Brasil. Também se pacificaram os territórios ultramarinos, desde a Guiné a Timor, tendo sido notáveis os feitos de armas em Moçambique e Angola.
A política exterior implementada no reinado de D. Carlos I, fez com que Portugal reconquistasse o seu prestígio europeu com as visitas do rei ao estrangeiro, bem como com as vindas ao nosso país de chefes de estado das maiores potências europeias.
A ousadia crescente dos republicanos, dispostos a conquistar o trono português através das armas, provocando campanhas violentíssimas, culminaram no regicídio de D. Carlos.
No dia 1 de Fevereiro de 1908, quando regressava de uma estadia em Vila Viçosa, o rei D. Carlos I, apesar de ter sido avisado que os Republicanos preparavam uma sublevação, insistiu em sair da estação num coche descoberto, fazendo-se acompanhar da família real.
Dois carbonários, Buiça e Costa, aproximaram-se do coche real e disparam, matando o rei e o príncipe à queima-roupa. No entanto, os dois matadores não sobreviveram ao regicídio, tendo sido eliminados pela guarda real.
A D. Carlos I, sucedeu-lhe o seu filho D. Manuel II, que reinaria apenas dois anos, entre 1908 e 1910, já que a 5 de Outubro deste último ano, o regime republicano passaria a vigorar em Portugal.
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