A organização Human Rights Watch (HRW), exigiu esta quarta-feira, a libertação dos três defensores dos direitos humanos detidos pelo Governo angolano na sequência do ataque aos futebolistas do Togo.
Além da libertação dos três homens, alegadamente detidos por motivos políticos, a organização não governamental de defesa dos direitos humanos, revelou alguma preocupação com a detenção continuada sem acusação de outras cinco pessoas.
«O governo angolano tem a obrigação de investigar e julgar os autores do ataque contra a selecção do Togo. Mas a detenção de defensores dos direitos humanos em Cabinda sugere que o Governo se está a servir do ataque para atingir os seus críticos pacíficos», afirmou Georgette Gagnon, directora de África da Human Rights Watch. De acordo com fontes credíveis entrevistadas pela Human Rights Watch, a polícia deteve o primeiro homem antes do ataque de 8 de Janeiro contra os futebolistas togoleses, que teve lugar às 15h00, hora local.
As autoridades angolanas detiveram pelo menos oito homens desde o ataque sob suspeita de «crimes contra a segurança do Estado» mas alegaram que apenas dois dos oito suspeitos (João António Puati e Daniel Simba) estiveram directamente envolvidos no ataque. Os outros seis detidos são Andre Zeferino Puati, membro de um grupo da Igreja Católica, Pedro Benjamim Fuca, trabalhador do petróleo, Belchior Lanso Tati, economista e professor universitário, Raul Tati (na foto), padre Católico e professor universitário, Francisco Luemba, Barnabé Paca Peso, engenheiro e antigo activista pelos direitos humanos.
Belchior Lanso Tati, Francisco Luemba e Raul Tati, os três detidos mais conhecidos, foram destacados membros da associação cívica de Cabinda, a Mpalabanda, antes de o Governo angolano a fechar, em 2006.
Sem comentários:
Enviar um comentário